sábado, 31 de maio de 2008

Sobre o marketing do eufemismo...

Esse blog não é um diário mas, vá lá, cabe uma exceção. Hoje, durante uma ida a uma clínica de estética na Barra, batia um animado papo enquanto esperava minha vez de ser atendido. Lá, o mecanismo é o seguinte: antes de qualquer serviço realizado, o cliente precisa "fazer o acerto financeiro". Já sabia do tal mandamento.
No meio do papo, uma das funcionárias da clínica se aproximou e me chamou. Simpática, sorridente e muito educada, ela resolveu me lembrar da regra: "Antes de ir lá pro consultório, o senhor vai até a salinha, pra adquirir"...
De primeira, juro que não entendi. Ergui as sobrancelhas e a moça repetiu, com o mesmo sorriso congelado na face:
"Então, o senhor antes passa ali na salinha pra adquirir"...
Só depois do replay que eu me toquei. Adquirir, no jargão do tal consultório, virou sinônimo de um outro verbo...
"Você tá querendo dizer que eu tenho que pagar antes, né?", perguntei, mesmo já sabendo da resposta, só pra ser chato.
Constrangida, a simpática atendente concordou. E, um tanto constrangida, revelou: "Não posso falar assim, pois chamam a minha atenção".
Fala sério! Qual o problema de dizer que eu tenho que pagar por algo que eu me dispus a fazer? Se peguei o carro, saí de casa e fui até lá, é porque eu sabia que ia pagar. Agora, trocar o verbo por um "adquirir" me parece uma tremenda forçação de barra pra parecer menos invasivo e indelicado. Um cuidado desnecessário, que cheira a falsidade...
E você, leitor? Em tempos de eufemismo na moda, o que mais te irrita no gênero "mundo em tons pastéis"? Falaê!

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Cidinha colocou a Alerj sob suspeita...

Deputados resolveram mandar libertar o colega de casa, Álvaro Lins, que havia sido preso pela PF. E a também deputada Cidinha Campos fez sérias acusações a boa parte dos legisladores do Rio de Janeiro. E agora?

Toda essa história da prisão do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro é, por si só, escabrosa. Descobrir que a cúpula de uma das instituições responsáveis por garantir a segurança do cidadão poderia estar envolvida com quadrilhas é assustador. É quase um sinal máximo de que as coisas são muito piores do que imaginamos. Infelizmente!
Mesmo assim, a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro resolveu decretar a revogação da prisão do deputado Álvaro Lins, apontado pela Polícia Federal com um dos principais nomes da tal quadrilha e preso em flagrante.
Não sou jurista e, portanto, não me cabe julgar o mérito da prisão, bem como o da tal revogação.
Agora, como eleitor, fiquei chocado com a notícia sobre o discurso da deputada Cidinha Campos, do PDT, durante a sessão em que a revogação foi votada. Contrária à iniciativa que restaurou a liberdade do ex-chefe da Polícia Civil, Cidinha disparou um petardo: “Na hora de defender deputado vão buscar na Constituição Federal amparo para defendê-lo. Isso é porque 40% dessa Casa são envolvidos com a marginalidade, o tráfico, grupos de extermínio, extorsão e milícias”.
Pergunto: o que se faz diante de uma acusação tão grave quanto essa? Não dá pra ignorar e fingir que nunca houve o discurso de Cidinha. Não dá pra olhar com respeito para a sede do legislativo estadual depois de uma suspeita tão grave ser levantada por uma integrante da casa. E não dá, acima de tudo, para acreditar na idoneidade de deputados que sequer se preocuparam em dementir,veementemente, as duras afirmações da colega pedetista.
Como cidadãos, todos devemos cobrar por respostas. E isso é o mínimo que os senhores deputados nos devem...

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Da série: "a luz no fim do túnel é um trem vindo pra cá..." 6

Ordem do tráfico faz tudo ficar azul em favela carioca...

Quando traficantes começam a se meter com decoração, paisagismo e afins, o que mais pode faltar, meu Deus?
Simplesmente impressionante essa notícia! A mais completa prova - se é que ainda precisávamos de alguma - de que há muitas comunidades nas mãos do crime organizado...
Triste fim...

Uma vitória de todos nós...

Importantíssima a aprovação das pesquisas com células-tronco embrionárias no Brasil! Essa é uma daquelas notícias que nos enchem de esperança e de vontade de acreditar que dias melhores podem estar no horizonte.
Agora, devo dizer que um aspecto de toda essa polêmica me chamou muito a atenção: ver os ministros do STF reunidos discutindo algo que pode trazer benefícios para toda a sociedade me deu um certo orgulho desse país louco que é o nosso. Sim, porque aqueles senhores de toga, usualmente, aparecem nos noticiários discutindo casos que envolvem corrupção, falta de ética e/ou decoro, e mais aquele monte de coisas das quais já estamos cansados. E hoje, felizmente, foi um dia diferente.
Tomara que muitos outros, como esse, estejam por vir...

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Mais uma da Ana Maria Braga...

Convidado para falar sobre o polêmico beijo entre homens da novela das oito, Lugui Palhares acabou ouvindo elogios por seu estrabismo, descoberto "no ar" pela apresentadora do "Mais Você"


Hoje eu fui acordado por um sms! "Se puder, assista a Ana Maria Braga", dizia meu amigo Gustavo Tito, leitor recém-promovido ao posto de comentarista assíduo aqui do B@belturbo. Gustavo sabe da minha admiração pela loiruda. Mas eu tinha outros compromissos e não pude conferir o programa...
Eis que, agora, entrei no site pra ver o que rolou por lá. E entendi a razão do torpedo enviado por meu leitor. Pra badalar aquela chatice do beijo gay que ninguém sabe se vai rolar, Ana Maria Braga recebeu o ator Lugui Palhares, que interpreta o Carlão da novela das oito. Antes da entrevista, a apresentadora fez uma breve retrospectiva sobre a presença de personagens homossexuais nas novelas e sobre o ainda inédito beijo entre iguais na televisão brasileira. Depois da exibição de algumas cenas, Ana chamou Lugui.
Ele entrou, sorriu, sentou-se à mesa pra tomar o café-da-manhã com a apresentadora e Ana Maria, sem pestanejar, sapecou: "Ah, você é estrábico?"
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Morri de rir! Sério, minha gente! Alguém mais poderia mandar uma bola-fora dessas na telinha sem parecer grosseira? Não! Só Ana Maria Braga, que recebeu um constrangido "Meu Deus!" do ator como resposta e arrematou: "Olha pra mim! Olha que bonito! Eu acho lindo!!!"
A cara de constrangimento do Lugui é de dar pena!
Gustavo, meu amigo, muito obrigado por me proporcionar esse momento de pura diversão nesse final de noite, ok?
E se você também quiser conferir, o vídeo está aqui. Aliás, candidatíssimo ao próximo TOP 5 do "CQC"...

Os mistérios de Débora: último capítulo!!!

Que "Duas Caras" que nada! A novela campeã de audiência aqui no B@belturbo se chama "Os mistérios de Débora". E você que acompanhou essa folhetim interativo tecido em posts e comentários aqui do blog, prepare-se: chegou a hora do desfecho!
No final do episódio anterior, escrevi que pensava em lançar uma campanha para localizar Débora Limonge M. Ramires, a protagonista (involuntária) dessa história que, lá no comecinho, era protagonizada por três louquíssimas celebridades: Paris Hilton, Britney Spears e Lindsay Lohan.
Ainda no capítulo anterior, fiz um apelo para que os espiões deixassem Débora viver em paz. Tratava-se de um texto cheio de ironia - uma das minhas marcas, afinal. Só que ironia requer interpretação ou, do contrário, a piada não é compreendida. E foi o que aconteceu...
Nos comentários, amigos de Débora me criticaram por, entre outras coisas, "fazer comentários e divulgar histórias sem fundamentos". Também me acusaram de ir contra o "jornalismo profissional" e, por fim, uma moça chegou a insinuar que o post deveria ser retirado do ar.
Num dos comentários, o e-mail da protagonista dessa controversa história surgiu. E eu escrevi pra ela. Escrevi para que ela soubesse do que estava acontecendo aqui no blog. Escrevi porque me achei no dever de comunicar a alguém que sua vida estava sendo alvo de debate (ou fofoca, ou especulação), sem que eu sequer a conhecesse; e sem que eu sequer tivesse sugerido um debate dessa natureza.
Escrevi para colocar o B@belturbo à disposição para qualquer comentário que Débora, eventualmente, pudesse querer fazer.
Por fim, escrevi porque achei que seria justo com ela e com a minha consciência de cidadão. E de "jornalista profissional".
Hoje, Débora me respondeu. Disse que já sabia da história e, muito cordialmente, explicou uma a uma as origens dos boatos e/ou comentários que acabaram parando aqui no blog sem que eu entendesse a razão. Disse, entre outras coisas, que conhece, sim, os dois rapazes famosos citados nos comentários anteriores. E que se orgulha de sua trajetória de vida, pautada em trabalho e em dedicação a um trabalho voluntário numa creche.
Débora me disse que escreve poesias. E eu entendi, na hora, que é essa habilidade com as palavras que fez com que ela compreendesse e captasse a grande ironia que eu quis fazer com essa história toda que, sabe-se lá o motivo, acabou nos envolvendo. O post original, sobre as três loiras famosas e escandalosas, já era uma crítica ao jornalismo de celebridades, que banaliza e vulgariza fatos corriqueiros para vendê-los como notícias interessantes. Diante do que acabou acontecendo nos comentários do post, envolvendo o nome de Débora, fiquei ainda mais impressionado com o alcance que essa história toda pode ter; com os rumos que nossa sociedade toma em relação, por exemplo, à privacidade.
Débora me entendeu. Leu os posts e elogiou - os textos e o blog. Foi uma querida e, me chamando de "querido", mostrou ter entendido o "espírito da coisa". Foi educada, simpática, gentil. Deu uma lição de simplicidade e de bom humor, algo que parece ter faltado aos amigos dela na hora em que resolveram comentar aqui no blog...
Débora, querida, um grande beijo pra você! Que Deus te proteja sempre e que você siga enchendo o mundo com a sua poesia, viu?
É isso! Termina aqui essa louca história! Os posts originais ficarão onde estão porque entendo - e Débora concorda - que eles, em momento algum, foram ofensivos ou depreciativos. E, sobretudo, porque eles são o registro mais fiel desse encontro virtual com a estrela da maior polêmica que já ganhou espaço nas páginas desse humilde blog.
E, como em toda boa novela, falta uma palavrinha nessa história:
FIM

terça-feira, 27 de maio de 2008

Na penumbra...

Abraçaram-se pela primeira vez. Beijaram-se com a sede de quem sorve o último gole de um copo d'água depois de uma longa caminhada pelo deserto.
Ali, no escuro do quarto, puderam-se ver com mais clareza. E viram claramente os caminhos que aquela relação poderia percorrer.
Sobre a cama iluminada por um ou outro reflexo de uma luz que, persistente, entrava pelas frestas de portas e janelas, amaram-se pela primeira vez. Provaram um do outro e sentiram o gosto de serem, enfim, apenas um. Entregaram-se ao desejo há tempos represado, às vontades cultivadas ao longo de meses e meses de muita conversa e pouca ação.
Ali, na penumbra, agiram. E também falaram. E gostaram do que falaram e ouviram.
E era apenas o começo...

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Pra não dizerem que só elogio...

Acho que nem preciso mais me declarar fã do "CQC", dada a quantidade de posts que já dediquei ao programa. Mas hoje, encontrei uma falha por lá. É que com um programa tão bem feito, bem editado, bem dirigido e tão feliz na escolha das equipes de reportagem e dos apresentadores, e lamentável que os nomes dos integrantes dessa vitoriose trupe de humoristas - que atuam diante e atrás das câmeras - passem em velocidade tão alta nos créditos de encerramento. É impossível ver, por exemplo, quem dirige e produz o programa. Uma pena, porque os nomes desses profissionais também merecem vir colados a um monte de elogios...
No mais, novamente Tas e sua equipe estiveram impecáveis na edição de hoje...

E dá-lhe Patrícia!!!

O sucesso de Patrícia Poeta no "Fantástico" é incontestável! Notas e mais notas elogiosas em sites, jornais, colunas especializadas em televisão e etc...
Curioso é que esse sucesso todo tem sido notado aqui, no B@belturbo. É sério e não é nada pretensioso! Desde que a morena passou a dividir o comando do "Show da Vida" com Zeca Camargo, não há uma única segunda-feira em que o post sobre a estréia dela no programa não apareça na lista dos mais lidos deste simpático e humilde blog. Algo facilmente compreensível: essa "paixão coletiva" por Patrícia Poeta faz muitos internautas buscarem informações sobre a moça na rede e, assim, muitos acabam chegando aqui.
Sim, foi só uma constatação. Feliz constatação, porque, num tempo em que tanta gente se mostra disposta a tudo pra chegar ao sucesso, é muito bom ver alguém chegar lá por mérito. E ver na glória (que não é a Maria) um fruto de seu trabalho...
E dá-lhe, Patrícia!!!

domingo, 25 de maio de 2008

Sobre "O melhor amigo da noiva"...

Entrosamento entre os atores é um dos principais trunfos de "O melhor amigo da noiva", que tem texto inspirado, bela fotografia, e ótimos coadjuvantes em cena...


Bom, quem tiver vindo por aqui com certa freqüência vai perceber que sim, deixando de lado todas as preferências machistas, esse humilde blogueiro que vos escreve é um adepto das comédias românticas...
Hoje, conferi "O melhor amigo da noiva". Gostei bastante do todo, há boas interpretações e o texto é inspirado, embora a idéia original lembre bastante a de "O casamento do meu melhor amigo", um dos meus preferidos no gênero. Em "O melhor amigo...", cabe a Patrick Dempsey o papel título. Ele é Tom, um mulherengo, cheio de regras que só servem para protegê-lo de um temido amor.
Sua melhor amiga, a noiva do título, é Hannah, vivida pela linda Michelle Monaghan. Juntos, os dois vivem uma grande cumplicidade - reforçada pela absurda "química" existente entre os atores. A amizade dos protagonistas muda de nome - e de sentido - quando a mocinha viaja a trabalho para a Escócia por seis semanas. Cheio de saudades, Tom se descobre apaixonado pela melhor amiga e decide se declarar quando ela voltar de viagem.
Mas ela volta noiva. E com um escocês a tiracolo...
E ainda convida o amigo para ser sua "dama de honra" - que, na tradução, acabou virando madrinha. E, então, caberão a ele todos os detalhes para a realização da cerimônia que vai entregar seu grande amor a outro.
Apesar de romântico, o filme tem muitos - e muito bons - momentos de comédia; algo que eu acho fundamental para não transformar histórias como essa em mais um "filminho água-com-açúcar".
Recomendo aos apreciadores do gênero...
E, cá entre nós, algo que me ficou rondando a mente desde que saí da sala de cinema: vocês já notaram que o cinema brasileiro não produz filmes desse tipo? Não sei se é impressão minha, mas há uma forte tendência a se produzir filmes com teor documental, mostrando apenas a miséria, a violência e a periferia. Acho ótimo que sejam produzidas coisas assim. Mas seria ainda mais bacana ver na nossa tela e na nossa língua, romances com a cara do Brasil.
O que vocês acham?

Os mistérios de Débora

É, parece mesmo título de novela mexicana...mas vou explicar:
Acho que já contei aqui a história de um post sobre estrelas internacionais que vivem se metendo em confusões e que, sabe-se lá o porquê, acabou rendendo o maior número de comentários aqui do B@belturbo. Seria ótimo, eu ficaria feliz da vida, não fosse o fato de os comentários serem relacionados a uma brasileira, de São Paulo, que eu, humildemente, não faço idéia de quem seja!
Hoje mesmo, mais um comentário apareceu lá. Outro sobre a vida da tal moça. Disse o comentarista da vez que ela estaria namorando o Flávio Mendonça, um daqueles gêmeos que um dia fizeram sucesso na tela da Band...
Diante de tanta repercussão, pensei em lançar aqui uma campanha. Quero entender quem é Débora Limonge M. Ramires, a moça citada nos comentários do post original. Dizem que ela é socialite, amiga de gente imporante, dona de um empreendimento milionário. Também dizem que tem duas lojas, que é dentista e que mora em Alphaville. Mas há controvérias, pois há uma segunda versão segundo a qual a misteriosa protagonista dessa história que se desenrola nos comentários do meu blog moraria em Sorocaba.
Um dia, disseram que ela tava namorando o Dado Dolabella. Mas achei que esse comentário tem um quê de sacanagem...
Há mais informações: a nossa musa misteriosa teria uma Ferrari vermelha.E, por fim, o mais recente comentário, de alguém que diz ter visto a moça namorando o tal gêmeo num local chamado Pacha. Ah, o comentarista, que assinou como edusurf26, diz ainda que tirou fotos do namoro do casal. Coisa de fofoqueiro profissional!
Enfim, Débora, se você aparecer por aqui, saiba que tem muita gente de olho na sua vida, viu? Pensei até em tentar te localizar pra tentar fazer uma entrevista, já que passei a acompanhar a sua vida quase como uma novela...
E vocês, espiões, deixem a moça em paz! Ou, ao menos, contem direito a história. Porque falar de uma pessoa assim, num post dedicado a Britney, Lindsey e Paris é meio louco. Aliás, tão louco quanto as próprias...

sábado, 24 de maio de 2008

"Vou deixar a rua me levar..."



Pra mim, a mais bonita canção feita por Ana Carolina...

Pegadinhas derrubam o "Estrelas"...

De extremo mau gosto a pegadinha exibida no "Estrelas" de hoje. A idéia da "brincadeira" era pegar o ex-BBB Alexandre. Para conseguir a façanha, a produção do programa resolveu simular um problema com o crédito do rapaz. Na hora de pagar uma refeição num restaurante, o rapaz tentou usar o cartão de crédito, os cheques e um ator, friamente, disse que o nome dele estava negativado.
Depois, Angélica apareceu e anunciou que o ex-brother tinha "dançado no Estrelas" e, pior, que a pegadinha teria sido realizada com a ciência da namorada de Alexandre, Juliana. Lamentável...
Em abril, escrevi um comentário sobre uma notícia, publicada na época, que informava que Angélica teria se recusado a gravar as tais pegadinhas. Comemorei a iniciativa da loira e, hoje, vejo que ela foi vencida por outros argumentos. Infelizmente! As tais peças pregadas nos convidados em nada combinam com o estilo de Angélica e com o clima do programa.
Bola totalmente fora!

Chegou a era do "homem primata"!!!

Os Titãs já tinham cantado essa faz quase uns 20 anos, ou mais, sei lá! Fato é que se incontestavelmente vivemos a época do capitalismo selvagem, não me parece nenhum equívoco afirmar que essa também é, infelizmente, a era do homem primata. A era daqueles que fazem, sem a menor vergonha, absurdos que, antigamente, creditávamos apenas aos irracionais.
Já vinha desconfiando dessa involução há algum tempo, mas a constatação veio agorinha, quando li, no G1, a notícia sobre o homem que foi agredido, na frente dos filhos, com um golpe de barra de ferro na cabeça. O motivo (meu Deus, há motivo pra isso???!!!): a vítima reclamou quando, ao atravessar a rua, quase foi atropelado pelo primata da vez, que, não satisfeito, engatou a marcha-ré para tentar atropelar os pedestres e, ainda por cima, atacou o pai da família com a barra de ferro.
O "Jornal Hoje" acabou de mostrar a matéria e fiquei chocado, imaginando o desespero das crianças de 13 e 14 anos tentando de tudo para salvar a vida do pai, que perdeu a consciência logo após a agressão. A foto do criminoso também foi mostrada na reportagem e senti um nojo absurdo por ser da mesma espécie de um idiota desse tipo. E fico pensando no que leva alguém a cometer uma insanidade, uma covardia dessa natureza. Não há resposta! Só pode ser coisa de um irracional! Coisa de primata!
E os macacos que me perdoem...

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Um filme de amor com a estrela de "Kill Bill"...

"Terapia do Amor é uma boa comédia romântica estrelada por Uma Thurman


Sem planos para a noite de sexta, resolvi explorar o line up da tv por assinatura. E, apaixonado que sou por Uma Thurman, fiquei ligado no Telecine Light para acompanhar as aventuras de minha musa em "Terapia do Amor". De lambuja, o filme ainda me ofereceu mais uma deliciosa interpretação da sempre genial Meryl Streep.
Na história, Thurman é uma mulher recém-separada e acaba se envolvendo com um homem 14 anos mais novo, vivido por Bryan Greenberg. O que ela não sabe é que o jovem é filho de Maryl Streep, sua analista. Como se não bastasse o conflito na relação paciente-analista, ainda pesa o fato de a personagem de Uma Thurman não ser judia como a família do jovem pretendente.
A história é leve e envolvente. Tem um roteiro muito bem sacado e algumas tiradas impagáveis, como na cena em que o garotão conta como a avó judia recebeu o fato de, no passado, ele ter namorado uma menina negra.
Outro destaque é a trilha sonora! Dá vontade de sair correndo pra procurar uma loja e comprar, impressionante!
Quem assistir ainda vai se deparar com alguns "toques" sobre como a vida nos prepara (?!?!) para o amor. Bem bacana mesmo!
Sim, eu recomendo!

Na Band, "Atualíssima" fica mais atual com Hermann

É sempre bacana perceber - e reconhecer - o esforço de quem não se acomoda numa fórmula batida e resolve enveredar bom caminhos diferentes. É exatamente isso que Rosana Hermann vem fazendo desde que assumiu o "Atualíssima", da Band. Antes repleta de merchandisings e fofocas de Leão Lobo, a atração vespertina - que pude conferir graças ao feriadão - tem assumido um tom mais moderno e mais respeitoso em relação à (inteligência da) audiência.
Uma das novidades é um bloco de notícias, hard news mesmo, que faz cair por terra a idéia de que o público feminino só se interessa por saber da vida dos famosos. A diversidade de pautas apresentadas também sugerem uma maior afinidade com o público femino. Nota-se, também, um maior rigor com o texto do programa, outra marca do trabalho de Rosana. E, mesmo quando uma reportagem aborda o universo das celebridades, há um cuidado para evitar os clichês tão difundidos nas matérias desse gênero.
É claro que há, ainda, muitas inserções de merchandising no meio do programa - muitas, inclusive, da mais nova "praga" das emissoras de TV: o tal do "leilão ao contrário". Mas, mesmo assim, é bom perceber que o up date fez bem ao "Atualíssima".

Ah, se essa moda pega...

Li na Folha Online uma matéria que me preocupou muitíssimo: Lou Pearlman, empresário criador de grupos musicais como 'N Sinc e Backstreet Boys foi condenado a 25 anos de prisão.
Li só a chamada na Ilustrada e foi inevitável pensar em como seria o mundo se os responsáveis por toda música de quinta categoria acabassem na prisão. Já pensou no sofrimento dos programadores das emissoras de rádio populares aqui do Brasil? Ia ser uma batalha árdua encontrar algo bacana pra tocar sem que isso acabasse rendendo um passaporte pra ver o sol nascer quadrado...
Sim, foi uma piada apenas. O empresário - que já era culpado pelo surgimento dessas duas bandinhas já citadas - foi considerado culpado por crimes de lavagem de dinheiro, conspiração e falso pedido de falência.
E você? Se pudesse, quem tiraria das emissoras de rádio e mandaria para a prisão, hein?

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Sobre a quarta aventura de Indiana Jones...

Steven Spielberg posa com parte do elenco do filme: muita adrenalina, humor, lealdade ao visual das três primeiras produções da série... e um final que divide opiniões são os principais destaques do quarto filme estrelado pelo arqueólogo mais famoso do cinema americano...


Fui ao cinema tomado por uma certa saudade dos meus tempos de moleque, quando me acabava vendo as peripércias do arqueólogo mais safo de Hollywood. Dezenove anos depois da última aparição do herói de chicote e chapéu na telona, já era mesmo chegada a hora de Indy voltar a brilhar...
E é exatamente isso que Harrison Ford faz ao viver, pela quarta vez, o emblemático herói. Dono de uma agilidade incontestável, e de uma forma física capaz de fazer muito rato de academia morrer de inveja, Ford reencontra Indiana Jones com o mesmo frescor, o mesmo tipo de humor e a mesma irretocável interpretação dos três filmes anteriores. E lá se vão 19 anos desde que o ator deu vida ao personagem pela última vez, em "Indiana Jones e a Última Cruzada".
Steven Spielberg e George Lucas, respectivamente diretor e produtor do filme, fizeram uma acertada opção ao economizar em efeitos de última geração, o que confere à produção uma estética muito próxima a dos filmes anteriores da série. E se houve cuidado com a linguagem visual do longa, também se nota uma preocupação em fazer com que o roteiro dessa volta de Indy estivesse à altura do ritmo frenético dos três primeiros episódios da franquia. E os amantes de aventura podem apostar que não faltam perseguições implacáveis, saídas mirabolantes, lutas incríveis e muita, muita emoção!
Além de Harrison Ford, também merece destaque o trabalho de Shia LaBeouf, que encara muito bem o desafio de acompanhar o veterano Jones em seqüências de pura adrenalina.
Gostei do filme, gostei de matar as saudades. Mas acho o desfecho algo bastante "viajandão". E notei, na saída da sala, que os "velhos" seguidores de Indy têm sérias restrições ao tom sci-fi que domina o fim da produção. A aventura, incrível, acaba de uma forma igualmente incrível, mas no sentido de ser algo em que não se pode crer. Mas, vá lá: em que se pode crer num filme estrelado por Indiana Jones?

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Leila Lopes fala ao Jô de seu "filme diferente"...

Juro que não queria voltar ao tema Leila Lopes aqui, em nome da pluralidade de temas dessa B@bel em forma de blog, mas...eis que me deparo com a morena no "Programa do Jô". E bateu a vontade de vir até aqui para tecer algumas considerações...
1) Alguém ainda acredita nessas celebridades que dizem que resolveram fazer um pornozão porque "a proposta era fazer algo diferente"???
2) Alguém acredita que, de fato, vá ver "algo diferente" na tela???
3) O que Leila Lopes colocou nos lábios, meu Deus? Sério, não me refiro à bazuca do seu colega de elenco. A boca da moça tá esquisitíssima...
No mais, foi um ótimo papo! Jô fez humor sem forçar a barra, sem desrespeitar a convidada. E a atriz, interessada em se mostrar feliz - e em vender seu peixe - também soube embarcar no espírito da atração, sempre pautada pelo bom humor.

Ossos do ofício...

Quarta-feira, véspera de feriadão, não tem jeito: vira sexta! Todo mundo no trabalho com a cabeça na viagem, na praia, nos filmes alugados...enfim, todos com a cabeça no lazer que vai tomar conta dos próximos dias...
Quarta-feira, véspera de feriadão. Lá fomos nós para uma gravação importante para uma das próximas séries do "Salto". O entrevistado era Eduardo Coutinho, um dos maiores e mais elogiados documentaristas do cinema nacional. São dele, por exemplo, "Edifício Master", "Cabra marcado pra morrer" e - o recentíssimo - "Jogo de Cena".
A gravação foi marcada para o Largo de São Francisco, no Centro do Rio. Sete da noite, lá estávamos nós e Coutinho, simpático e com discurso envolvente sobre os tipos de documentário e suas características principais.
No meio da segunda resposta - fiz nove perguntas - começamos a ouvir algo muito estranho. Um som meio estridente, uma voz desafinada cantando (?!?!) versos sertanejos, presumo. "Uma deusa / uma louca, uma feiticeiras / Ela é demais", bradava o amador armado com um microfone.
Sim, meus caros! Um videokê parou a gravação!
Nessas horas, os segundos passam lentamente até que você pense numa saída para resolver a situação. Olhei para trás e cravei os olhos em Ana, a produtora.
Um parênteses: os produtores são personagens fundamentais na televisão! Sempre! E não foi diferente...
Ana sacou a árdua missão que tinha pela frente. E lá foi ela, baixinha e de fala mansa, descer do prédio e caminhar até o bar, lotado de pseudos-cantores, muitos já bem calibrados para, com toda a educação, tentar convencê-los a baixar um pouco o volume do "show".
Enquanto isso, resolvi mudar o set e gravar numa sala mais afastada, pra evitar que, em caso de um (dispensável) bis, nossa gravação fosse novamente inviabilizada...
Ana voltou, depois de convencer o gerente do boteco-show, terminamos de ajustar a luz e gravamos o restante da entrevista.
Depois, de volta à redação, sozinhos, eu e Ana rimos da situação toda. E concluímos, meio decepcionados, que quem assiste televisão não faz a menor idéia da trabalheira que dá pra levar uma matéria de três minutos ao ar...
Ah, claro: a entrevista foi ótima! E vai ao ar no fim de junho, dentro de uma série sobre Documentários. Quer saber mais? Clique aqui!

terça-feira, 20 de maio de 2008

Comédia nossa de cada dia...

No fim da tarde, silêncio no escritório. Todos estavam cansados depois de um dia de expediente puxado. Na hora do logoff nos computadores, amigos se agrupam em volta de uma mesa e começam a jogar uma inocente conversa fora. Formam um círculo e apenas uma prefere continuar em sua estação de trabalho.
De pé, em meio ao papo furado, os demais notaram que a moça sentada de fronte ao computador chorava ao ler um e-mail. Não era uma mensagem qualquer: era daquelas com fundo musical. E também não era um choro corriqueiro: a moça tinha a face banhada por lágrimas e a pele, outrora muito clara, dera lugar a um tom de cor-de-rosa muito comum a todos aqueles que sofrem calados...
Os conversadores, compadecidos, ensaiaram um tímido consolo à amiga: "Não fica assim, vem pra cá...".
Inútil tentativa. Tristonha, ela seguiu a chorar...
Até que uma das integrantes da turma da conversa-mole - a mais desligada de todos e a única posicionada de costas para a amiga tristinha - resolveu dar um (infeliz) conselho, sem sequer olhar para a cena às suas costas:
- É, vem pra cá! Fica vendo esses e-mails, daqui a pouco vai cair no choro!
A chorosa amiga não ouviu o tal conselho. Mas os demais, todos de frente para a moça com lágrimas pendendo dos olhos, não resistiram: diante do non-sense da situação, fizeram ecoar uma gargalhada coletiva que acabou por intimidar o tímido pranto da moça triste...

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Craques do humor tornam imbatível o time do CQC...

Rafael Cortez: elogios às presidentes da Argentina e do Chile e perguntas ácidas para os demais chefes de Estado presentes em encontro realizado em Lima, no Peru

Já está virando lugar-comum por aqui, mas não dá pra não comentar o "CQC" da noite de hoje. Simplesmente impagável a matéria de Rafael Cortez na 5ª Cúpula da América Latina, Caribe e União Européia. Rafael teve o trabalho de viajar até Lima para gravar a reportagem, mas foi recompensado com entrevistas exclusivas - e engraçadíssimas - dos principais líderes da região. Todos foram alvo do humor inteligente e rápido de Cortez, de Lula a Hugo Chávez, passando por Cristina Kirchner - a mais íntima da atração, surgida na sua Argentina - e Michelle Bachelet, do Chile. Chamadas de "boníssimas" - algo como "gostosa" - as presidentes sorriram e deram um show de diplomacia.
Rafael Cortez protagonizou alguns dos mais engraçados momentos da atração da Band. Além da matéria com os principais nomes da cúpula, teve a sorte de encontrar Paulo Maluf na inauguração da mais nova ponte da cidade de São Paulo. E entrevista com Paulo Maluf, convenhamos, até quando é séria parece cômica...
Enfim, se antes pairavam dúvidas sobre as semelhanças entre o "CQC" e o "Pânico", creio que elas já se desfizeram. Enquanto a moçada capitaneada por Emílio Surita vive demonstrando um humor irregular e cheio de exageros, a turma comandada por Marcelo Tas é, hoje, algo como um "Dream Team" do jornalismo de humor da televisão brasileira.

A lua q eu t dei...*

Acho que todos os poetas, todos os compositores e todos os tipos de talentos já se renderam à beleza imponente da lua cheia. Musa inspiradora de gerações e mais gerações de românticos, hoje ela surgiu na janela da redação. Majestosa, amarela e clara; disposta a fazer especial a noite que seria apenas mais uma...
Peguei o celular e tirei uma foto. E cá está a imagem que fez melhor e mais bela a noite de hoje:


*Sim, o post foi batizado com o nome de uma música de uma baiana que eu adoro...

domingo, 18 de maio de 2008

Sobre a boboca polêmica do beijo gay...

Faz pelo menos umas quatro novelas das oito que, quando o fim da trama se aproxima, começa a mais chata das polêmicas: vai ter ou não um beijo gay?
A história começou com "América". Na novela de Glória Perez, a cena chegou a ser gravada e, horas antes de ir ao ar, a Globo optou por não mostrá-la. Isso depois de a seqüência ter sido amplamente divulgada pela imprensa.
Mais recentemente, "Paraíso Tropical" também tinha lá seu casal de homens. Mas, dessa vez, a polêmica partiu da mídia e os autores nunca demonstraram interesse em mostrar a carícia em horário nobre. E o "fim" apareceu na tela sem que os personagens de Carlos Casagrande e Sérgio Abreu se beijassem.
Agora, chega a vez de "Duas Caras". E Aguinaldo Silva já anunciou: escreveu a cena do beijo entre Bernardinho e Carlão. Desde então não há um único dia em que as colunas sobre televisão não publiquem uma, duas notas especulando sobre a exibição ou não da seqüência. Um saco!
De uns tempos pra cá, toda novela que se preze tem que ter um par gay. Dizem que é a era do politicamente correto. Só que esse suposto avanço esbarra nessa falta de tato na hora de lidar com a questão de um beijo. Na mídia, lemos que a emissora tem medo de chocar o público. Chocar? Quer dizer que os homossexuais podem ser alvo de chacota no "Casseta e Planeta", no "Zorra Total"; podem ser exibidos como caricaturas em vários programas - dentre eles, algumas novelas - e não podem ter uma conduta normal, de casal que são? Cá pra nós: o que o público pensa que Bernardinho e Carlão fizeram na cama? Aliás, Carlão chegou a gritar que tinha sido o "ativo" no colóquio carnal entre os dois, lá pelo início da história. Isso não chocou?
Essa discussão revela, sim, uma tremenda hipocrisia. Os gays na novela são chamariz de audiência, nada mais que isso. Viram moeda de troca, usada para capitalizar e mobilizar platéias. É claro que a existência de personagens homossexuais nas tramas ajuda na diminuição de preconceitos - quando há uma abordagem séria do tema - mas essa polêmica boboca revela um despreparo total para o encaminhamento dessa questão na televisão brasileira. Afinal, se o fim de uma novela é modificado porque um beijo gay pode chocar o público, será que também é levado em conta o que pode vir a chocar o público homossexual?
Não tenho as respostas. Mas acho que o preconceito idiota sobre a orientação sexual alheia só vai ser quebrado no dia em que olharmos com naturalidade para essa diversidade. No dia em que os gays não precisarem se esconder para namorar, no dia em que seus direitos forem amplamente respeitados e, também, no dia em que um beijo fictício deixe de ser razão de polêmica nacional. E acho que se a televisão já avançou tanto desde "A Próxima Vítima", quando o primeiro casal de homens foi mostrado de maneira séria e aberta na televisão, já passa da hora de dar mais um passo e provar que, talvez, a cabeça do telespectador já esteja muito mais aberta que a dos executivos da TV...

Serenata de Amor

Sentia um calor intenso lhe aquecer a pele conforme todas aquelas luzes coloridas percorriam os espaços ao seu redor. Trazia nos lábios um sorriso e, na mão direita, um microfone. Os aplausos não deixavam dúvidas: apresentava-se para uma casa de shows lotada e, melhor: estava agradando o público presente. Em meio à ovação, as pessoas começaram a gritar seu nome repetidas vezes, numa forma bem brasileira de dizer do carinho e do prazer que tinham por estarem ali naquela noite.
Sentiu a emoção tomar conta de todo o seu corpo, embargando sua voz e apertando um nó na garganta que poderia pôr em risco a etapa final da apresentação. Foi quando olhou para o chão do palco e, presa com fita adesiva, avistou a lista de músicas que ainda deveria cantar. Viu qual seria a próxima música e, sorrindo, olhou para a mesa central, na primeira fila. Lá estavam velhos amigos e seu grande amor, que não via desde o início daquela longa turnê...
Fugindo do que o roteiro estabelecia, sentou-se à beira do palco, de frente para a tal mesa e buscou ver naqueles olhos a razão maior para dizer toda a poesia presente na canção de Dominguinhos e Nando Cordel.
Aos primeiros acordes, respirou fundo e mergulhou naquela canção de amor saudosa...


"Tô com saudade de tu, meu desejo
Tô com saudade do beijo e do mel
Do teu olhar carinhoso, do teu abraço gostoso
De passear no teu céu
É tão difícil ficar sem você
O teu amor é gostoso demais
Teu cheiro me dá prazer
Quando estou com você
Estou nos braços da paz
Pensamento viaja e vai buscar
Meu bem-querer
Não posso ser feliz assim
Tem dó de mim
O que que eu posso fazer?"


Novo aplauso, ensurdecedor. Na mesa, na primeira fila, encontrou olhos marejados como os seus. Foi até lá e ganhou muitos abraços e um discreto beijo no pescoço, retribuído com um largo sorriso. Foi quando as luzes se apagaram e do calor delas fez-se o frio daquela madrugada de outono. O relógio devia marcar umas quatro e meia da manhã quando despertou. Sem abrir os olhos, puxou o edredom que tinha escorregado, enrolou-se nele, e voltou ao sono. A coberta trazia de volta aquele calor gostoso, confortável; mais perfeito convite a um resto de noite delicioso. Foram poucos os instantes pelos quais permaneceu acordado, mas o sono não foi capaz de conduzir-lhe de novo à serenata de amor...

sábado, 17 de maio de 2008

"Homem de Ferro" faz "Robocop" parecer um monte de sucata...

Herói da Marvel combate terroristas afegãos em caprichado longa estrelado por Robert Downey Jr.


Acabo de chegar do cinema. Fui conferir "Homem de Ferro" e, ao acender das luzes, já tinha uma certeza: trata-se do melhor filme de super-herói que já pude assistir! Se logo na primeira cena em que a armadura de metal apareceu na tela foi inevitável associá-la ao "Robocop" do início dos anos 90, não demorou para que eu percebesse que, perto desse herói criado por Tony Stark, o "policial do futuro" parece um monte de sucata! Longe dos estereótipos que marcam quase todas as histórias de heróis, a adaptação de mais esse clássico da Marvel tem ainda um outro trunfo poderoso: o ótimo desempenho de Robert Downey Jr., que vive com maestria um herói cheio de contradições e conflitos.
Os efeitos especiais são espetaculares e - o que é raro - surgem plenamente integrados à história. São muito críveis, levam a platéia a um mergulho no universo do homem de metal e sempre estão integrados ao roteiro. Aliás, o roteiro também foi bem sacado: ambientar parte da ação no Afeganistão foi um acerto que tirou a ferrugem da armadura do "Homem de Ferro" e atualizou sua odisséia. Para se discutir os limites da indústria bélica, nada melhor que mirar no país que é alvo da mais ambiciosa aventura militar americana...
Pelo sucesso que o filme tem feito - merecido, diga-se de passagem - é de se esperar que a indústria cinematográfica planeja uma seqüência para breve. Tomara que venha! E que seja tão caprichada quanto essa primeira aventura do "Iron Man" na telona!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Livro revela quem poderia ter sido Dom Pedro III

Faz tempo que não indico uma boa leitura aqui, mas isso não significa que eu esteja rompido com minha mesinha de cabeceira. Muito pelo contrário: estou devorando as páginas finais de "O Príncipe Maldito", de Mary Del Priore.
Para os amantes de História do Brasil, como eu, é simplesmente fascinante conhecer os meandros da situação que acabou levando ao fim da monarquia. Também é surpreendente conhecer a intimidade da família imperial e a guerra de foices pelo trono, naquele que poderia ter sido o III Reinado.
O protagonista deste romance de não-ficção é Pedro Augusto de Saxe e Coburgo, neto de Dom Pedro II; filho da princesa Leopoldina, vitimada por uma febre tifóide que a tirou da disputa pela coroa aos 23 anos. Com a morte de Leopoldina, Isabel, a filha mais velha do Imperador, passou a ser a herdeira direta do trono. O segundo da fila passou a ser Pedro Augusto.
Diante dessa situação, a autora conta com riqueza de detalhes as tramóias que ganharam espaço no coração da monarquia brasileira. Casada com um francês, Isabel não dispunha de muito carisma junto aos súditos - algo que me surpreendeu, dadas as antigas aulas de História que sempre endeusaram a princesa, autora da Lei Áurea.
Já Pedro Augusto, apresentado como jovem, belo, culto e simpático, tinha o apoio de setores importantes da sociedade - como a imprensa - e ainda contava com a simpatia do avó, Dom Pedro II.
O final da história, todos sabemos: não houve nunca um III Reinado. Isabel e Pedro Augusto jamais chegaram a reinar. Mas esse conhecimento do desfecho da história não é tão fundamental. Afinal, é muito interessante desvendar um capítulo tão importante - e igualmente nebuloso - da história do nosso país. Sem dizer que Mary Del Priore é dona de um texto envolvente e saborosíssimo!
Eu recomendo!

"Espertões" e "apressados", motoristas imprudentes elevam índices de acidentes no trânsito

Ontem, a caminho da academia, parei num sinal vermelho que há na esquina de minha casa. Eram 11 da manhã, o local não é perigoso e - como dizem as regras - os motoristas devem parar quando é vermelha a luz acesa no semáforo. Eis que um apressadinho me cortou bruscamente e avançou o sinal, igorando a lei, a educação e o fato de que a vez era dos motoristas que cruzavam a outra pista.
É disso que padece o trânsito no Brasil: de falta de educação e de falta de respeito à legislação. Dois problemas que, na maior parte das vezes, estão sob o manto do egoísmo. Um cara que acha que a sua pressa é mais urgente que as pressas dos demais, a ponto de avançar um sinal que abriria 30, 40 segundos depois, é, pra mim, um grandissíssimo egoísta! Um megalô daqueles, sem um pingo de educação e de respeito ao outro!
É por essas e outras que a matéria de Mariane Thamsten, publicada hoje no Globo Online, aponta a imprudência como a principal causa de acidentes de trânsito. Uma triste realidade, que todos conhecem, e, mesmo assim, pouco - ou nada - fazem para transformar...

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Pico de audiência...eu disse PICO!!!

E não é que um post inocente sobre a estréia de uma ex-atriz global no ramo da pornografia, em poucas horas, acabou se tornando o campeão de audiência do mês aqui no B@belturbo?
E ainda tem gente que estranha quando dizem que o que dá audiência na televisão é sexo...

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Em pornô, Bazuca invade Leila Lopes. Mas só "um pouco"...

Eis que me deparo com a notícia do lançamento do filme pornô de Leila Lopes, outrora atriz de novelas globais. A morena é mais uma (ex?) celebridade a ingressar no mercado dos filmes de saca...ops...dos filmes eróticos.
Não tenho nada contra, o corpo é dela, a carreira é dela; por mim, indifere que rumos - ou onde - ela vai tomar. Só que ao ler a notícia, um trecho me chamou a atenção em particular. Sobre as filmagens, Leila disse: "Me senti um pouco invadida". Li, reli e fiquei matutando o que a moça quis dizer com tal afirmativa. Aliás, dúbia afirmativa. Porque não vai faltar gente pra pensar que, com a novata se dizendo um pouco invadida, o parceiro de cena - que atende pela curiosa alcunha de Carlão Bazuca - pode ser um pouco mal dotado. Também podem surgir os que imaginem, diante de tal declaração, que a tal Bazuca não foi totalmente usada; não entrou completamente no bombardeio, digo, nas cenas de Leila...
Eu hein!

terça-feira, 13 de maio de 2008

O ótimo humor de Rafinha Bastos!

Achei esse vídeo no próprio blog do Rafinha e resolvi replicar aqui no B@belturbo. Além de muitíssimo antenado, o cara aborda dois assuntos que bombaram recentemente na mídia - e aqui no meu blog: a história do padre baloeiro e a quizumba do Ronalducho com as três travestis.
Na boa: a risada é garantida!!!

Sobre a força de Marina Silva...

Tive o prazer de entrevistar Marina Silva há pouco mais de um ano, em Brasília. Fiquei impressionadíssimo com a simplicidade, a clareza e a propriedade com que a então ministra do Meio Ambiente defendia suas crenças e convicções. Características que, diga-se de passagem, andam cada vez mais raras entre a classe política...
Ontem, Marina Silva deixou o governo federal. Voltará ao Senado e, tenho certeza, seguirá firme na defesa das questões ambientais. Seguirá com a mesma força que tem norteado sua trajetória - pessoal e política. Trajetória que também me orgulho de já ter contado em outra reportagem...

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Ah, o fantástico mundo da publicidade...

Acho muito curiosos os anúncios de recall das montadoras de automóveis! Aquele texto preciso - que falta nos comerciais em que o objetivo é vender carros - aquela locução suave e delicada e letras, muitas letras! LEGÍVEIS - que também faltam nos comerciais em que o objetivo é vender carros!!!
Hoje, quando mais uma grande montadora anunciou um recall, não contive a risada ao ouvir o texto. Placidamente, o locutor anunciava que um defeito no reservatório de combustível oferece "risco de incêncio, em caso de vazamento". Sim, meus caros, cheio de candura o cara diz ao coitado do comprador de um carro zerinho - que se supõe livre de problemas e riscos - que ele pode acabar virando churrasco, assim, do nada!
Fico pensando na alegria do comprador de um veículo diante de uma notícia dessas...

domingo, 11 de maio de 2008

Será que a mídia nos deixou mais cruéis?

"Chorar, muitas vezes, soa a falsidade", diz a mãe de Isabella, acusada de frieza em meio à maior tragédia de sua vida...

Ana Carolina Oliveira, a mãe da menina Isabella, quebrou o silêncio no Dia das Mães, no "Fantástico". Mais do que analisar a entrevista, quero aqui falar de algo que me angustiou bastante ao longo desses trinta e poucos dias de vasta cobertura do caso: o julgamento à mãe da menina.
Sim, viciados que estamos em mídia, passamos a estranhar o silêncio da mãe de Isabella. Mais, passamos a criticá-la por ir à missa do Padre Marcelo, por falar com Xuxa e Ivete Sangalo, por aparecer na televisão batendo palmas sob o comando do padre-cantor. Ouvi por diversas vezes que a mãe da menina era "fria demais" e que "devia ter alguma coisa errada nessa história".
Sempre rebati essa análise burocrática dos fatos. Ana Carolina Oliveira é jovem, foi mãe muito cedo e talvez sequer tenha compreendido a dimensão da tragédia que se abateu sobre sua vida. Algo que ela mesma confirmou hoje, durante a conversa com Patrícia Poeta. Julgá-la por aparecer em público serena, sem o rosto desfigurado pela dor de perder a filha, a mim parece algo covarde e sem sentido. Até porque, chorar é o que mais a madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, fez durante entrevista dada ao mesmo programa. E não vi ninguém acreditar que se tratavam de lágrimas sinceras...
A entrevista, bem produzida, teve senões. Deslizes aqui e ali - e me refiro à condução, não ao desempenho da entrevistada. Mas mesmo esses deslizes - que alguns classificam como tentativa de fazer da conversa um espetáculo - são, ao menos para mim, plenamente justificáveis. Mesmo para quem trabalha com jornalismo - e a equipe do "Fantástico" é repleta de excelentes profissionais - tratar esse tema é um desafio. Delicado demais, pesado demais. Triste demais. Por isso, acho louvável a postura de Patrícia Poeta e louvável o "furo" do "Show da Vida" - sim, não nos esqueçamos que o que vale é sair na frente da concorrência.
Mas, sobretudo, valeu para lembrar aos que julgaram a mãe de Isabella como fria que nem sempre o que parece é. Para lembrá-los de que cada um processa vitórias e derrotas de um jeito e que, mesmo na hora de tamanho sofrimento, há diferenças entre todos nós...

sábado, 10 de maio de 2008

parati.com

Quando ligou o computador e abriu a caixa de mensagem, viu que havia uma nova. Clicou no título em negrito com a curiosidade lhe fazendo o coração palpitar. "Valeu" era o assunto daquele e-mail inesperado. E muito, muito desejado.
A mensagem surgiu na sua tela num piscar de olhos. Automaticamente começou a leitura...

"Já se vão alguns meses nessa confusa história que o destino resolveu colocar em nosso caminho. Alguns meses de muito papo e de idas e vindas não menos confusas. Tempos em que, sem dúvida, ganhei uma pessoa pra poder contar em todas as horas. Alguém que torce por mim, que se preocupa com meus caminhos e que me dedica um carinho que consigo enxergar em cada símbolo de 'coisa boa' que surge em minha tela. Ou que vejo em teus olhos quando nos encontramos.
Nesses meses, sei que tenho recebido muito mais do que dado. Sei que as coisas ainda não estão como gostaríamos que estivessem, mas penso que não estão mal. Muito pelo contrário. Vejo uma história ser construída como se deve fazer com prédios: a começar pela fundação, cuidadosamente preparada. Um processo um tanto quanto metódico, talvez também chato e lento demais. Mas um processo necessário quando se pensa numa obra que não se deseja ver ruir. E penso que é assim, firme e forte, que queremos o nosso prédio.
Nessa obra, repito, você tem mais méritos que eu. Tem uma entrega absurda, que ora me assusta e ora me atrai. A cada dia, essa tua fragilidade disfarçada de força me toca um pouco mais, conquista um pouco mais de mim e dos meus pensamentos. Toma de assalto as idéias de uma vida solitária e as saudades e dores de um passado não tão distante. E não tão passado. Mas que, depois de você, sinto se tornando também cada vez menos presente...
Foi num outro dia que notei como essa intensa entrega que você me dedica está me mudando, transformando meu modo de ver as coisas e o peso da nossa obra esquisita. Eu te dizia que, caso as coisas dêem certo, você será uma grande supresa em minha vida. De um jeito que eu não pude ver, mas imagino, me respondeu apenas - com os olhos brilhando e é isso o que imagino - que eu já sou, aconteça o que for - uma grande surpresa na sua vida.
O que dizer? O que fazer? Por ora, passando da fundação para o alicerce, digo apenas que minha grande surpresa já veio e é você! Digo que essa sua entrega é das coisas mais tocantes que já pude experimentar e que é ela a responsável por me fazer (re)começar a crer. A crer em nós e em tantas outras coisas das quais a vida tem-me feito duvidar...
Por tudo isso, obrigado! E por todo o mais que vai vir, saberei agradecer. Cada hora de um jeito e não apenas com palavras..."


Clicou no "X" no alto da janela e sentiu o coração se acalmando dentro do peito. E pensou que, às vezes, é no inesperado que mora aquilo que mais esperamos...

Evilásio: o Obama da Portelinha...

Personagem de Lázaro Ramos faz discurso inflamado pelo voto consciente. Dou um doce a quem acertar de onde veio a inspiração...

Noite gelada, televisão ligada e, navegando pela Internet, ouço o personagem de Lázaro Ramos fazendo um belo discurso de conscientização do eleitorado da fictícia favela da novela das oito. Em tempos de escândalos que pipocam cá e lá, sempre é importante que um veículo com a força da TV Globo dê uma mensagem que faça os eleitores - muitos deles, já descrentes - pensarem que com o nosso voto - se bem dado ele for - as coisas podem sempre melhorar.
Tudo muito bom, tudo muito bem. E no fim da cena, o candidato da ficção manda um slogan de um candidato real, lá da terra do Tio Sam. "Sim, a gente pode" é a frase repetida por Lázaro Ramos, muitíssimo bem na cena, numa clara referência ao "Yes, we can" do democrata Barack Obama, ainda às voltas com as prévias do partido democrata americano.
E depois ainda dizem que qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência...

Majestade em xeque...

Xuxa se mostrou ainda insegura na estréia do novo "TV Xuxa", que contou com a participação de Ivete Sangalo...

Saindo do meio de um enorme xis, Xuxa surgiu no palco na manhã desse sábado para comandar a nova versão do "TV Xuxa", programa extinto no fim do ano passado e totalmente reformulado antes de voltar ao ar. Antes voltado ao público infantil - a menina dos olhos da apresentadora - o show agora passa a ser dirigido à toda a família. Algo que o carisma inegável da apresentadora pode tornar bem interessante, apesar do horário ingrato.
São muitos os quadros. E muitas as bobagens. De tudo o que vi, gostei da idéia do "Show de Babá", onde famosos recebem a missão de cuidar das crianças de uma família por um dia, com tarefas a cumprir e todos os momentos registrados pela produção. Dois famosos topam o desafio e, no fim, a família elege o que se saiu melhor na empreitada. Achei um pouco arrastado, mas é, sem dúvida, algo que pode ganhar bastante fôlego com o passar do tempo.
No mais, nada de novo. O musical, com artistas que o público vai escolher através da internet, coloca os convidados num karaokê - como o Faustão já fazia no começo da década. Corrido demais e sem graça. Graça que também faltou nas esquetes encenadas por Xuxa - que na edição de estréia, contou com a adesão de Alexandre Borges; e na paródia da novela das oito, realizada com as crianças que integram o chamado "Elenco X". Muito bobo!
Também houve espaço para o velho quadro da "Transformação", que Xuxa já levava ao ar nos tempos do "Planeta Xuxa", agora rebatizado. Mais do mesmo! Só que, a meu ver, na época do "Planeta" a loira se mostrava mais antenada e mais próxima de seu público. Hoje, foram nítidas as marcas da edição em momentos em que a "rainha dos baixinhos" precisava realizar entrevistas. Houve um instante, por exemplo, em que ela entrevistava o representante de uma Ong e perguntou qual deveria ser a idade dos participantes do projeto. Pergunta normal, se na resposta anterior o convidado não tivesse dado exatamente a resposta: apenas crianças e jovens...
É claro que Xuxa é uma estrela e não pode ficar de fora da TV. Tem um nome forte, carisma e o respaldo de uma emissora séria, que não é adepta de deixar suas grandes estrelas no freezer, como tem feito o SBT. Xuxa precisa, apenas, que a equipe de seu novo "xou" esteja antenada para não deixar a atração cair na mesmice. O programa não é genial e não traz nada de revolucionário, mas pode, sim, amadurecer e se tornar uma opção interessante de entretenimento. Mas, para isso, continuo achando que as manhãs de sábado não atraem o público-alvo...

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Polêmica na caserna...




Impressionante a reportagem do "Jornal da Globo" sobre o sargento do Exército que, depois de dois anos de tratamento, aproveitou as férias e fez a cirurgia de mudança de sexo. Comprovadamente transexual, Fabiano foi afastado pelos superiores, que consideram que o ex-militar deixou de ter as condições para o exercício de suas funções. Fabiano, que tenta agora mudar o nome para Fabiane, entrou na justiça para se aposentar. De acordo com a reportagem, a transexualidade é considerada um tipo de transtorno psíquico.
A questão é polêmica, claro. Mas admiro a coragem que Fabiane teve de mudar os rumos de sua vida e, assim, buscar a felicidade. A reportagem foi correta - eu, particularmente, dispensaria apenas os takes de Fabiane se maquiando - e pode contribuir para que casos como esse possam ser melhor compreendidos por uma sociedade ainda tão preconceituosa e ignorante - no sentido de ignorar mesmo - o complicado campo da sexualidade humana. Campo, aliás, cada vez mais vasto...

Piada pesada...

O humor da internet é implacável! Surfando pela rede, acabo de encontrar uma pérola em forma de comunidade do orkut: "Ronaldo, passivo e pão-duro". São apenas oito integrantes a sacanear o Fenômeno, seguindo a definição do grupo: "Dizer que não sabia que era traveco foi pesado."
Pelo visto os humoristas - famosos e anônimos - ainda vão ter assunto por muito tempo...

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Ainda sobre a sede de justiça...

Ver estampadas em sites e jornais as fotos da madrasta de Isabella se derramando em lágrimas em muitos desperta um prazer; a certeza do sofrimento de alguém que, segundo a polícia, foi capaz de algo tão covarde e violento contra a garotinha. Vê-la sofrer, acuada por flashes e por populares que transformam em gritos o horror com o crime, dá aos que já têm em mente a condenação o prazer de que a madrasta já começa a pagar pelos atos que o inquérito aponta que ela tenha cometeu.
É esse prazer que se ouve nas rodinhas de bares e nas bancas de jornais, nessa manhã de outono em que Anna Carolina Jatobá acordou numa cela, depois de dormir sobre um pedaço de papelão...
Os mais ponderados, e eu me incluo nesse time, olham para o choro da madrasta com um certo desconforto. Em mente, mais dúvidas que certezas. E perguntas que parecem não ter resposta: será? E o que pode ter levado alguém a cometer tamanha atrocidade?

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Nunca será!!!

"Meninos, eu vi..."
Superpop. Luciana Gimenez diante do telão onde são exibidas as imagens da prisão do casal Nardoni. Ela ensaia algumas frases de (de)feito: "Muita calma nessa hora"; "Não se pode fazer justiça com as próprias mãos, embora seja bom (???)", e etc. Num dado momento, policiais vestidos de preto surgem na tela. Sem pestanejar, a morena sapeca: "Aí está a Tropa de Elite!"
Pede pra sair, Luciana! Os policiais são, na verdade, do Grupamento de Operações Especiais (GOE). Ou você achou alguém ali parecido com o Capitão Nascimento???
Felizmente, alguém logo corrigiu a mãe do Lucas Jagger pelo ponto eletrônico...

Do clamor por justiça...

É impressionante a sede de justiça que o caso Isabella Nardoni acabou despertando na população! Vendo as imagens das pessoas paradas, gritando em frente ao prédio de onde o casal saiu para a prisão, fiquei pensando como seria o país se esse clamor fosse mais constante...
Já pensaram como seria se a cobrança por justiça também tivesse se manisfestado à época do desabamento do Palace II, construído com areia de praia por um deputado que ficou praticamente impune? E se os clamores se tivessem feito presentes na madrugada de ontem, quando o cidadão apontado como mandante do assassinato da missionária Dorothy Stang -condenado à pena máxima no primeiro julgamento - foi surpreendentemente absolvido, como seria? Como seria se o povo se mostrasse verdadeiramente indignado diante dos desmandos de homens públicos que tantas e tantas vezes enlameiam a nossa jovem democracia?
Certamente seria um Brasil diferente. De brasileiros diferentes...
É claro que o assassinato da Isabella choca toda uma população. Foi dos crimes mais bárbaros de que já tive notícia. Mas essa indignação que nos paraliza diante da TV para acompanhar o trajeto dos réus até a prisão também pode - e eu acredito nisso - acabar sendo o principal incentivo para que todos nós nos sintamos convidados a nos mover e para que desse movimento, surja um país melhor.

O micaço do dia...

Está na home do UOL a notícia sobre um corpo que foi velado por engano e, depois, devolvido no interior de São Paulo. Comecei a ler a história e fiquei com pena do sujeito que foi ao IML e reconheceu como sendo do filho o corpo de um outro jovem. Imaginei a dor do pai submetido à situação mais sofrida que a vida pode lhe proporcionar...
Eis que a leitura avançou. E descobri que o filho do tal pedreiro é loiro. O morto, coitado, era moreno...
Segui lendo a reportagem e, mais adiante, a bomba: o filho do homem não morreu! E ninguém sabe explicar o porquê dele ter pensado o contrário e, pior, ter ido ao IML e identificado um corpo estranho (ops...me lembrei das aulas de Biologia...)!
Que situação! O filho do cara em casa, vendo TV com a mãe, enquanto o pai vai ao necrotério e resolve pagar o micaço do dia!
Eu hein...é cada uma!!!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Ainda o bafafá do Ronalducho...

Então, de repente, as travestis Andréa e Carla resolvem mudar completamente a versão do escândalo que envolveu o Ronaldo na semana passada. Declararam-se arrependidas e foram espontaneamente à delegacia para limpar a barra do atacante.
Não sei não! Mas dar pra trás (ops!) à essa altura do campeonato me parece meio tarde. Acho que a dupla vai acabar tomando (ops!) toco (ops!!!) da Justiça...

Sobre as greves francesas...

Leio em O Globo que os jornalistas do Le Monde fizeram uma greve para protestar contra possíveis demissões. Resultado? O jornal, um dos mais influentes do mundo, deixou de circular pela terceira vez em menos de um mês.
Imediatamente lembrei da coisa mais inusitada que vi quando estive em Paris. Caminhando pelas imediações do Arco do Triunfo, passei em frente a uma loja e notei que alguns funcionários estavam colocando, na calçada, aquela típica fitinha preta e amarela - aqui, usada pela Defesa Civil em caso de interdição, por exemplo. Fiquei preocupado, imaginando que alguma marquise pudesse estar ameaçando os pedestres, acostumado que estou aos nossos problemas cotidianos. Eis que minha companhia me esclareceu: os próprios funcionários do estabelecimento estavam lacrando as entradas para uma greve por melhores salários e condições de trabalho. Detalhe: a loja era uma filial do Mc Donald's, um dos maiores ícones do capitalismo moderno.
Dois causos vindos da terra do Sarkozy e que me fazem pensar em como é dura a nossa realidade cá no "novo mundo". Ou alguém imagina jornalistas de um grande jornal fazendo greve e uma filial qualquer de qualquer rede de fast-food lacrada pelos próprios funcionários para um protesto qualquer? Em qualquer um dos casos, aposto, o resultado seria uma interminável fila de candidatos às vagas na porta dos estabelecimentos. E os "agitadores" amargando a temível visita ao departamento de recursos humanos. Alguém duvida?
Mas um dia a gente chega lá...

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Clareou...

E num instante, tudo ficou claro...
Como a névoa que se dissipa ao amanhecer, fazendo as coisas ganharem forma, cor e intensidade.
E sem a bruma de antes, vi apenas teu corpo. Teu corpo que eu já desejava sem nem saber que era capaz disso. Teu corpo que me agrada quando estamos próximos e que tanta falta me faz quando é tua ausência que se impõe. Teu corpo que elogio aqui e ali, até então sem notar que a razão dos elogios ia bem além da simples apreciação de uma beleza distante.
Sem dúvidas e cheio de incertezas, vi você...
Sem névoas, sem brumas; sei que é a ti que quero. Hoje sei que é essa a insanidade que atormentava meu juízo sem que eu sequer pudesse perceber de que se tratava. Sei que é teu o sorriso que busco quando a mim faltam motivos pra rir.
E sei que é pelos teus braços que um mundo todo novo pode chegar até mim...

O chiclete do Boris...

Não tenho o hábito de assistir ao "Jornal da Noite", da Band. Nessa nova fase, sob o comando de Boris Casoy - a quem já tive o prazer de entrevistar - vi apenas duas edições. E, nas duas, notei algo irritante demais: há uma tremenda falta de sincronia entre áudio e vídeo nos trechos apresentados pelo âncora. Traduzindo para os leigos: é como se Boris falasse e, só depois, escutássemos o que, de fato, ele disse. No ar, resulta como as temíveis novelas mexicanas do SBT, com aquela dublagem pra lá de duvidosa...
Uma pena! Bóris merecia mais cuidado. Com tantos anos de carreira é no mínimo estranho aparecer na TV como se estivesse mascando chicletes...

domingo, 4 de maio de 2008

A charmosa falha de Madonna...



Dez o clipe de "4 minutes", single do novo álbum da mais pop de todas as pop stars! Aliás, os clipes da Madonna são sempre muitíssimo bem sacados! Ô mulher pra não dar ponto sem nó, né não?
Vendo o clipe, senti vontade de dizer algo sobre a loiraça! É claro que não vai fazer a menor diferença na vida dela e na história do mundo; as bolsas não vão subir ou cair amanhã e o grau de investimento que o Brasil recebeu não será tomado (espero!!!). Também não serei bombástico e, seguindo a linha Ana Carolina, dizer que "comi a Madonna". Não faz meu estilo (mentir, porque a Madonna faz, ô se faz!!!). Mas é que me deu vontade de dizer que admiro a Madonna pela artista que ela é e pela autenticidade de, numa época tão marcada pela busca por perfeição estética, ter mantido seus dentinhos separados!
Sério, já repararam nisso? Em qualquer um, aquela separação soaria esquisitinha, mas na Madonna é um charme absurdo! Ponto pra quase cinqüentona, mãe da Lourdes Maria!

A História segundo Rogéria...

arte: B@belturbo

Rogéria é uma frasista da melhor categoria. Depois de sua pérola sobre o caso que envolveu o Ronalducho e três travestis, que eu comentei aqui, a travesti mais famosa do Brasil soltou mais uma das suas agorinha, no "Domingão do Faustão". A conversa era sobre a fantasia que devia ser usada pelo personagem de Otávio Augusto em um fictício ensaio fotográfico na novela das oito. E a loiruda disparou: "Nero não! Nero era uma louca, tacou fogo em Roma!!!"
Diante de tanta sabedoria, repito: "Quem ousa duvidar das sábias palavras de Astolfo Barroso Pinto???"

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Da série: "a pergunta que não quer calar..." 5

O "Jornal da Globo" acaba de começar. Logo na matéria de abertura, a repórter anuncia que "agora ficou mais difícil entrar com celulares nos presídios do Mato Grosso".
Diante da tela, caríssimos, eu me pergunto: não deveria ser impossível entrar com celulares num presídio???
Cada uma...

O balé dos vidros embaçados...

Sussurro em teu ouvido que ter você por perto é das melhores coisas da minha vida. Sugo tua orelha com minha boca enquanto tuas mãos se divertem explorando a mais empolgada das partes do meu corpo. Rimos juntos e decidimos que nossas roupas não combinam com o clima - quente demais mesmo para aqueles modelos de verão...
E os vidros do carro embaçam.
Num instante, estamos entregues à satisfação daquele velho desejo que nunca sucumbiu diante das adversidades; que nunca conseguimos saciar, mesmo com tanto empenho em tantas e tão deliciosas tentativas. Embolados, nossos corpos executam a mais sensual das coreografias, misturam-se, enconlhem-se, estendem-se, juntam-se e separam-se...amam-se.
Amamos enquanto os vidros do carro embaçam mais e mais...
No ápice do prazer, o toque do telefone celular me faz voltar à realidade. Longe de nosso palco, longe do nosso balé. Desperto ciente de que nada me dá tanto prazer como acordar sentindo, na tua nuca, o teu perfume.
Só, numa cama que me parece vazia demais, longe dos vidros embaçados pelo nosso amor, acordo para mais um dia sem você. Para mais um dia de saudade e de exercício de tentar ocupar a mente com outras coisas que possam, com sorte, apagar um pouquinho da falta que você me faz...

quinta-feira, 1 de maio de 2008

E Xuxa vai voltar...

Loira retorna à programação global nas manhãs de sábado, a partir de 10 de maio. Será que agora vai?

As chamadas estão no ar e não deixam dúvidas: semana que vem, Xuxa volta pra telinha da Globo. Depois de quatro meses fora do ar e de ver um projeto caro - o "Conexão X" - ir pro vinagre, a loira volta à TV incumbida de comandar uma atração para toda a família: o "TV Xuxa".
Até aí, tudo bem: Xuxa tem uma carreira consagrada, construída em mais de vinte anos de Globo e é mais que natural que a emissora resolva investir de novo em uma de suas mais poderosas griffes. O xis da questão é: será que as manhãs de sábado são a melhor opção para um programa que tem toda a família como público-alvo?
Geralmente os programas com esse perfil são alocados nas tardes de sábado e domingo. Ou no horário noturno, depois da novela das oito. A decisão da Globo me parece arriscada. Ainda mais em tempos em que, nitidamente, Xuxa parece encontrar dificuldades para voltar a se comunicar com jovens e adultos.
Enfim...será que Xuxa vai sair da geladeira pra entrar numa...fria?
Só o tempo vai dizer...

Pra minha bonitinha...

Quando você chegou, eu me vi no meio do ciclo da vida. Eu, que até outro dia era um moleque, vi como era receber nos braços alguém tão frágil, com olhos tão vivos e com o sorriso mais sincero e puro que pode haver nesse mundo.
Resultado? Fiquei apaixonado por você!
Esperava o dia te visitar, adorava te carregar no colo e colocar você pra dormir no meu peito - e você também adorava isso! Ria de todas as suas novidades de bebê; seu jeitinho de rir, aquela linguagem louca que todas as crianças têm, suas tentativas de começar a engatinhar: tudo me fazia ver que maravilha é acompanhar o crescimento de uma pessoinha especial.
Era tão louco que nem quando tive catapora deixei de te visitar. Resultado? Te fiz ficar cheia de bolinhas também...
Pra mim, você era como a irmã mais nova que nunca tive. Carinhosa, espevitada, espertíssima e linda, sempre linda! Quer dizer...quase sempre, porque quando você mesma pegou a tesoura e cortou sua franjinha, ficou uma cagada danada!rs...
Hoje, bonitinha, faz 15 anos que você chegou! Olho pra você e enxergo a mesma pivetinha que veio da maternidade uma década e meia atrás, embalada como uma trouxinha de roupa. Enxergo uma moça linda, inteligente e carinhosa; alguém com quem adoro conversar e rir. Alguém que eu amo muito e por quem torço para que tenha uma vida sempre leve, sempre alegre, sempre doce. Como você, Ísis!
Parabéns, bonitinha! Que Deus te proteja hoje e sempre!

A estrela das oito...

Não tenho por hábito ver "Duas Caras". Mas, vez por outra, acabo me deparando com algumas cenas da trama e é inegável a evolução de Alinne Moraes, embora eu ache clichê demais a história da vilã maluquinha.
Fato é que Sílvia se tornou, sem dúvida, um divisor de águas na carreira da atriz, até então reconhecida como um rostinho bonito. Alinne abusa do timbre grave, do olhar expressivo e de uma relação privilegiada com a câmera. Não se intimida ao contracenar com nomes mais tarimbados do universo televisivo e demonstrou ter a sensibilidade necessária para agarrar a oportunidade de viver a grande vilã da novela mais vista do país.
É, sem dúvida, o grande nome feminino da novela das oito...