quinta-feira, 22 de maio de 2008

Sobre a quarta aventura de Indiana Jones...

Steven Spielberg posa com parte do elenco do filme: muita adrenalina, humor, lealdade ao visual das três primeiras produções da série... e um final que divide opiniões são os principais destaques do quarto filme estrelado pelo arqueólogo mais famoso do cinema americano...


Fui ao cinema tomado por uma certa saudade dos meus tempos de moleque, quando me acabava vendo as peripércias do arqueólogo mais safo de Hollywood. Dezenove anos depois da última aparição do herói de chicote e chapéu na telona, já era mesmo chegada a hora de Indy voltar a brilhar...
E é exatamente isso que Harrison Ford faz ao viver, pela quarta vez, o emblemático herói. Dono de uma agilidade incontestável, e de uma forma física capaz de fazer muito rato de academia morrer de inveja, Ford reencontra Indiana Jones com o mesmo frescor, o mesmo tipo de humor e a mesma irretocável interpretação dos três filmes anteriores. E lá se vão 19 anos desde que o ator deu vida ao personagem pela última vez, em "Indiana Jones e a Última Cruzada".
Steven Spielberg e George Lucas, respectivamente diretor e produtor do filme, fizeram uma acertada opção ao economizar em efeitos de última geração, o que confere à produção uma estética muito próxima a dos filmes anteriores da série. E se houve cuidado com a linguagem visual do longa, também se nota uma preocupação em fazer com que o roteiro dessa volta de Indy estivesse à altura do ritmo frenético dos três primeiros episódios da franquia. E os amantes de aventura podem apostar que não faltam perseguições implacáveis, saídas mirabolantes, lutas incríveis e muita, muita emoção!
Além de Harrison Ford, também merece destaque o trabalho de Shia LaBeouf, que encara muito bem o desafio de acompanhar o veterano Jones em seqüências de pura adrenalina.
Gostei do filme, gostei de matar as saudades. Mas acho o desfecho algo bastante "viajandão". E notei, na saída da sala, que os "velhos" seguidores de Indy têm sérias restrições ao tom sci-fi que domina o fim da produção. A aventura, incrível, acaba de uma forma igualmente incrível, mas no sentido de ser algo em que não se pode crer. Mas, vá lá: em que se pode crer num filme estrelado por Indiana Jones?

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