sexta-feira, 5 de junho de 2015

Pra Ana...

Parque Lage, Rio de Janeiro. 


Já disse que aprendo muito com você? 
Não só sobre trabalho, sobre aquilo que nos mobiliza dia após dia. 
Aprendo sobre ser. 
Sobre como ser. 
E sobre o ser que quero ser... 
Aprendo a ser apesar. 
A ser leve apesar dos pesos da rotina. 
A sorrir apesar do que nos faz querer chorar e sumir. 
Aprendo a respeitar quando a hora é de choro. 
Aprendo a dividir. 
Aprendo a respirar. 
A pensar e a repensar. 
Aprendo a não desistir; porque às vezes pode parecer mais fácil, mas essa não é uma opção que nos seduza. 
Ou que nos motive. 
Aprendo a seguir. 
A olhar pro horizonte e reconhecer que, sim, há beleza. 
E que ela é muita, mas não nos impede de perceber o caos que também há. 
E que também é muito.
Aprendo a crer no amor. 
Esse, verdadeiro, imenso, que não destrói e nem mata. 
Nesse amor que é fortaleza e que nos move mesmo quando o que nos desafia é o imponderável.
Nesse amor generoso, amor amigo, que é braço e abraço.
Que é ombro e colo,  riso e lágrima...

Hoje, voltando pra casa, elaborei que a vida só tem sentido quando a gente a divide. Quando a gente se permite compartilhar. Quando a gente se abre para os laços verdadeiros, para as conexões que se mostram ao longo da nossa estrada. E vi que voltei pra casa muito mais forte do que estava quando saí. Sim, achei que ia te dar uma força e voltei me sentindo muito mais forte. Forte por ter a possibilidade de ter pessoas como você a me inspirar, ensinar, emocionar, mover e comover. 
Forte e orgulhoso de poder dizer que fiz uma amiga como você no meio de uma caminhada tão atribulada e dolorida. 
Obrigado por dividir comigo essa viagem, viu?
Também te escolhi pra viajar comigo por essas estradas incertas, ora incríveis e ora tão tortuosas.
Mas sempre nossas.
Beijo!



quarta-feira, 3 de junho de 2015

Esses nossos laços...


Nos últimos dias, vivi duas experiências que me fizeram pensar bastante na força das verdadeiras conexões que estabelecemos ao longo da vida. Não falo das conexões 3 ou 4G, da banda larga ou do wi-fi. Falo daquelas que construímos com outras pessoas, amigos e amigas que temos a oportunidade de encontrar em meio às venturas e desventuras do cotidiano.
Acordei querendo saber de uma. Pensei em mandar mensagem, desisti. Quis ligar, ouvir a voz. Marquei e em menos de uma hora estávamos juntos; pondo fim a uma sucessão de desencontros acumulados em meses daquela enrolação típica dos cariocas. "Vamos marcar?", dizia um. "Claro", respondia o outro. E nada acontecia. 
Dessa vez aconteceu.
E como agradeci por ter tido o insight. Por te ver, por me fazer presente. Por poder ouvir e dizer. Por atestar a solidez da nossa história, do que construímos. Por reforçar a certeza de que o tempo e a distância não nos afastaram ou reduziram nossas afinidades. Por poder te ver sorrir, por te levar pra tomar uma brisa fresca no fim de tarde, mesmo no meio da ventania do olho do furacão. E por mostrar que estou aqui. Sempre.
Pra outra eu liguei. Ouvi que ela tinha sonhado comigo na noite anterior. Ouvi que seu bichano de estimação estava pior e que talvez fosse preciso fazê-lo descansar do sofrimento dessa terra. Mas fiquei feliz com sua serenidade, com sua voz sempre doce e terna e com as outras notícias, do mundo do trabalho. Marcamos um encontro que talvez não saia. Não importa: seguimos ligados.
Falo desses laços. Falo de entender quando um amigo precisa, de seguir a intuição. De não deixar pra amanhã aquela mensagem, aquela ligação, aquele encontro. De se fazer junto, dar as mãos, estar presente. No fim de tudo, o que importa são esses laços fraternos, perenes. 
Sinceros. 
Nossos.