sábado, 27 de fevereiro de 2010

'Preciosa': grandes atrizes brilham numa grande história...

Toda a violência que há no mundo parece pouca diante da condenação representada pelo fato de uma pessoa se privar de si mesma. E a brutalidade dessa renúncia me impressionou logo no início de Preciosa, quando a protagonista, num texto de apresentação, diz: "Eu nunca falo nada!".
Com dificuldades de aprendizagem, violentada, obesa e fora dos padrões de beleza, Preciosa quer se esconder do mundo. Não se reconhece como parte dele. Não se reconhece: o reflexo que vê no espelho é outro. Sonha com um homem "branco e de cabelo bom". Um príncipe encantado que a salve do destino de ser abusada pelos pais e de, aos 16 anos, ser mãe duas vezes.
O filme é forte, sob todos os aspectos. Tem uma história forte, interpretações fortes e bate forte na plateia. Fiquei tenso durante boa parte da sessão, especialmente nas cenas em que a mãe de Preciosa deixa fluir seu ódio pela filha, tida como rival.
E que atriz é essa Mo'nique, intérprete da mãe da protagonista. Intensa, visceral, entregue à história cruel da mulher que "só queria ser amada". E que preciosa revelação é Gabourey Sidibe! Uma atriz talhada sob encomenda para um papel difícil, que em momento algum resvala para o estereótipo da gordinha infeliz e sonhadora. As duas estão indicadas ao Oscar e, honestamente, duvido que haja maiores e mais justas merecedoras para o prêmio.
Preciosa é filme para pensar e sentir. E para pensar, pensar, pensar...
Eu recomendo!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A bela história e as lições de Seu Perdiz...

Cheguei ao lugar da gravação certo de que aquela seria uma das grandes histórias que poderia contar. Era uma rua residencial, tranquila, com grama e árvores - como muitas das ruas brasilienses. Quando a van parou, desci e avistei nossa locação: a Oficina Perdiz. Uma oficina mecânica como outra qualquer, mas com um detalhe que faz dela única: ali, entre soldas, máquinas e muito ferro retorcido; ali, no meio de uma das mais representativas imagens do que é o caos urbano; bem ali, naquela oficina, há um teatro. Fato evidenciado pela placa do estabelecimento que, em vez de qualquer alusão ao mundo da mecânica, traz, sim, as tradicionais máscaras que identificam a arte dramática.
Entramos, eu e a equipe do Salto, e fomos carinhosamente recebidos pelo Marcos, produtor do teatro. Não havia luz e o clima de oficina, num primeiro instante, me fez duvidar de que teríamos a possibilidade de registrar o que pretendíamos naquela noite: o teatro em funcionamento.
Mas não demorou até que o seu Perdiz viesse até nós. Simpático, estendeu a mão e apertou a minha com uma força que nem de longe deixa supor os seus 77 anos. Camisa xadrez, jeito bonachão, ganha a afeição de toda a equipe em menos de dois minutos de prosa. Bruno, o nosso produtor, também recebe um aperto de mão daqueles! E pergunta ao dono do espaço: "Como vai, seu Perdiz?". E ele responde: "Não vou não! Tô sempre por aqui!".
Descarregamos nossos equipamentos e começamos a preparar o set para a gravação. A riqueza do cenário oferece inúmeras possibilidades. Mas me concentro em seu Perdiz. E, antes de começarmos a gravar, ele me conta sua história. A semente daquele teatro no fundo da oficina foi plantada há 35 anos, depois que um sobrinho, estudante de Artes Cênicas, pediu ao mecânico um espaço para ensaiar. Encantado por arte, Perdiz viu e acompanhou o crescimento do lugar nos anos seguintes até que, em 1989, com a instalação de arquibancadas, o Teatro Oficina Perdiz passou a funcionar plenamente. Durante a década de 90, o palco ocupou um espaço importante na cena teatral brasiliense e abrigou longas temporadas de espetáculos de grupos teatrais do Distrito Federal.
Seu Perdiz me contou que nunca recebeu dinheiro de bilheteria. E parece sincero ao dizer que não tinha interesse na renda das peças. Oferecendo pedaços de aipim frito, lembra dos espetáculos memoráveis que passaram naquele palco. E tenta se mostrar forte diante do destino da oficina...
Sentamos na arquibancada e começamos a gravar a entrevista. É um papo alegre, como é o seu Perdiz. Homem de uma alegria que contrasta com um triste desfecho que já se impõe sobre aquele lugar. Vítima da especulação imobiliária na região, Perdiz teve questionada a propriedade daquele pedaço de chão depois de viver ali por mais de quatro décadas. No meio de sua oficina já há colunas de madeira que escoram as obras de um empreendimento imobiliário que, em breve, vai ocupar o terreno do teatro e da casa construídos pelo velho mecânico. A promessa é que uma nova casa, em outra localidade, seja entregue a Perdiz. Já para o teatro, por enquanto, o destino ainda é incerto. A única certeza é a de que, ali naquele fundo de oficina, ele não vai continuar.
Enquanto presto atenção às suas respostas, em vários momentos eu percebo os olhos de Perdiz marejados. É um homem apaixonado por aquele teatro, pela cultura e contaminado pela pulsação dos jovens atores que enchem de vida aquele espaço. Termino a entrevista segurando a emoção enquanto ouço aquele mestre da vida me falar dos seus sonhos para o futuro. Neles, está o teatro. O que faz todo o sentido, porque o teatro está dentro dele.
Cai a noite, registramos belas sequências de Diário do Maldito, encenadas pelo pessoal do Teatro do Concreto. Perdiz acompanha tudo, sempre empolgado. Indagado sobre o placar do jogo do Flamengo, ele - também rubro-negro como eu e Bastos, o cinegrafista - liga uma TV baixinho e volta com sorriso no rosto pra dizer que estamos vencendo por um a zero, gol de Léo Moura. Iniciamos uma longa série de entrevistas e ele vê uma a uma, brincando com o pessoal da companhia de teatro, abraçando, sendo abraçado, dando e recebendo carinho de todos os lados...
Chega o fim da nossa jornada, já passa das 11 da noite. Eu me aproximo do seu Perdiz, que está novamente sentado sobre a arquibancada, estendo minha mão e agradeço. Não disse tudo isso, mas aquele obrigado era muito amplo. Pela afetividade, pelo carinho, pela entrevista, pela lição de continuar tendo fé mesmo nas adversidades e por demonstrar, de forma tão contundente, o quão importante é manter viva a nossa capacidade de sonhar. Perdiz aperta novamente minha mão com toda a força, agradece à equipe - como se nós lhe tivéssemos feito algum favor - olha em volta e diz: "Agora isso tudo vai morrer". Faz uma pausa e completa: "E eu vou morrer junto...".
Pode parecer bobo, mas saí de lá naquela noite torcendo para que Perdiz e seu teatro não morram jamais...

A reportagem sobre o Teatro Oficina Perdiz vai ar ar em maio, na série Teatro e Educação, do Salto para o Futuro, na TV Escola.

O esquentador de cama do Jornal Nacional...

A edição de hoje do telejornal mais assistido do país terminou com ares de programa do humor ao exibir uma reportagem sobre um novo serviço oferecido em hotéis londrinos: o esquentador de camas. A lógica é a seguinte: como o inverno tem sido dos mais rigorosos na terra da rainha, uma rede de hotéis resolveu disponibilizar aos hóspedes os préstimos de funcionários, vestidos como na foto ao lado, para tornar mais agradável a temperatura sob os lençóis. Eles se deitam e ficam se mexendo enlouquecidamente sobre a cama para, assim, deixar as cobertas mais quentinhas para a hora do sono dos hóspedes.
Na boa, se um desavisado passasse diante da TV e visse a imagem do tal Personal Bed Esquenteitor Tabajara em ação poderia jurar que era coisa do Pânico. Não foi à toa que o JN terminou com uma bela risada de Bonner na bancada...

Achei o tal serviço uma bela presepada. E você?

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Sobre um feliz encontro com a Companhia Língua de Trapo...

Essa semana de trabalho aqui em Brasília tem rendido bastante. Para o trabalho e pra mim, pra lista de momentos especiais que a gente tem a felicidade de experimentar nessa vida. Um deles foi a visita ao Centro de Ensino Fundamental 4, uma escola que fica na cidade-satélite de Planaltina, onde está situada uma companhia de teatro, a Cia. Língua de Trapo. São cerca de 40 crianças e jovens - completamente apaixonados pelo teatro - e que, com simplicidade e muito talento, têm feito descobertas incríveis sobre os palcos, e com total apoio dos pais e da comunidade que, veja só, não tem um teatro.
Conversando com parte do elenco da Língua de Trapo, fiquei emocionado com o brilho nos olhos daquela turma apaixonada pela arte. Tão jovens, tão desenvoltos, tão talentosos e cheios de sonhos, aqueles meninos e meninas são exemplos de como muitas das nossas crianças e jovens poderiam descobrir caminhos inimagináveis se tivessem, diante delas, mais oportunidades.

Outro momento bonito foi acompanhar a visita dessa turma ao Teatro Nacional, bem no coração de Brasília. O palco é um dos maiores do Brasil e foi tocante ver a felicidade dos pequenos atores da Língua de Trapo quando seus pés pisaram aquele terreno sagrado. Pude até ouvir os aplausos - sonhados e merecidos - que eles receberiam se encenassem ali um dos espetáculos do repertório da Companhia. Sei que eles sonharam com isso naquele momento. E que bom ver crianças e jovens que cultivam a possibilidade de sonhar...
Mas um dos momentos mais felizes dessa viagem - e, posso dizer, desses meus 10 anos de carreira, foi o encontro com o seu Perdiz. Mas essa é uma história longa, que vou contar em outro post...
A série sobre Teatro e Educação vai ao ar em maio, no Salto para o Futuro. O link para o site do programa está na Linkaiada, no canto direito do B@belturbo.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Assassino de perfumaria...

Antes de mais nada, é importante avisar: se você é uma pessoa muito sensível, sofre de hipertensão ou coisas desse tipo, não leia esse post!
Dado o recado, vamos aos fatos: não tenho uma boa relação com lagartixas. Não nutro a menor simpatia por esses protótipos de jacarés que sobem pelas paredes comendo mosquitos. Na verdade, acho que Deus foi meio repetitivo ao criar esses seres: com jacarés, crocodilos, camaleões e lagartos, acho que a família já estava pra lá de completa. Mas como Ele teve seis dias pra criar tudo - e Seu poder é imenso - deu tempo de se repetir em alguns itens.
Fato é que as lagartixas andam por aí, silenciosas, pálidas e sem nenhum charme. A não ser aquele rabinho saltitante que sempre dá as caras depois de uma tentativa - mal sucedida - de mandar a bicha pro quinto dos infernos! Um charme que já testemunhei muitas vezes, em decorrência de ser escalado para dizimar as lagartixas desavisadas que, vez em quando, atravessam o caminho de minha mãe. Se eu posso dizer que não sou simpático aos jacarés em miniatura, minha mãe é a inimiga número um da espécie! Inimiga de morte mesmo!!!
Com todo esse histórico de aversão às lagartixas, estava eu em meu quarto no hotel na noite de ontem quando avistei uma filhotina zanzando por uma das paredes. Era uma filhotinha - no feminino, porque, pra mim, toda lagartixa é fêmea, claro! Olhei aquela invasora e xinguei! A espécie, o hotel, as árvores nas redondezas e etc! Deixei a pobre em paz quando ela se enfiou num canto inatingível. Mas, pensando com meus botões, tinha decidido que eu e ela não passaríamos juntos aquela noite. Vocês hão de concordar que não seria nada agradável acordar com aquele ser passeando sobre a cama...
Fui jantar com a equipe, voltei, olhei pra parede e...nem sinal da indesável companhia. Lá fui eu escovar meus dentes e, de repente, avistei aquele ser dos infernos desfilando por uma das paredes do corredor do quarto. Terminei a escovação de olho naquele ser repugnante e, cego de ira, peguei a primeira coisa que vi na minha frente! Era um...spray de cabelo!
Levei alguns segundos elaborando minha estratégia de ataque! Esmagá-la na parede com o spray - além de uma técnica primitiva - teria o inconveniente de sujar o spray, a parede e de me forçar a limpar as provas do crime. Foi quando, num piscar de olhos, tive um insight: mirei a arma e, sem pestanejar, apertei o gatilho! Mandei spray pra cima da lagartixa que, num primeiro momento, ensaiou uma fuga. Mas persisti no ataque, certo do poder do meu ataque - afinal, o rótulo dizia que a fixação era forte! Surpreso, comecei a perceber que as perninhas daquele deplorável ser não se mexiam com a desenvoltura de outrora até que, em segundos, ela despencou, fulminada, sobre o chão. À fim de me certificar dô êxito do combate, eu me aproximei, dei mais um jato em cima da moribunda e conferi: ela jazia, petrificada, sobre o piso do quarto. Nem o rabinho balançava!
Aliviado com a vitória e com a certeza de não ter companhia indesejada na cama, guardei minha poderosa arma e fui dormir pensando em avisar ao fabricante que, além de dar uma guaribada na cabeleira, o spray tem funcionalidades que muita gente por aí nem poderia imaginar.
Só não sei se um spray fatal como esse é bom pra cabeleira...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Será que Eliéser???

O jornal carioca Meia Hora optou por não especular sobre a sexualidade do participante do BBB10, como muita gente tem feito na internet. E para levar adiante o propósito de fazer um bom jornalismo, estampou a seguinte manchete em sua edição do último sábado:

Sim, bi: duas vezes líder do BBB. Pensaram o quê?

Da série: "a pergunta que não quer calar..." 81

Sempre que viajo em voos nacionais, eu me sinto um pouco idiota. Explico: há quase uma década, as principais companhias aéreas brasileiras anunciavam uma "grave crise no setor", uma espécie de tela azul do windows que poderia causar sérios danos ao sistema de aviação civil do país. Empresas - até então aparentemente - sólidas quebraram, lucros foram reduzidos, demissões despedaçaram o mercado de trabalho de comissários de bordo, pilotos e afins e...o serviço de bordo passou a fazer companhia aos micos leões dourados e às araras azuis: entrou em extinção!
Lembro bem de fazer deliciosas refeições voando por aí. E de um sem número de cafés-da-manhã fantásticos que mandei pra dentro durante os voos - numa época em que não importava nem a extensão do trecho: o fundamental era tratar bem o passageiro.
Pois bem, como um Katrina, o furacão da crise varreu a comilança dos voos nacionais. E veio a insuportável era das barrinhas de cereais e dos saquinhos de amendoim com refrigerante. Período que perdura até hoje.
Porém, caríssimos, passada quase uma década do anúncio da turbulência financeira que se abateu sobre as companhias aéreas que cortam os céus brasileiros, não é raro vermos reportagens alardeando o crescimento do número de viagens domésticos, o aumento do número de passageiros e, consequentemente, do faturamento e dos lucros de empresas como a Tam e a Gol/Varig. E como as passagens (definitivamente) nunca tiveram uma redução substancial de preços, pergunto-vos: o que justifica que continuemos a ser tratados praticamente na base do pão e água pelos céus???

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O dilema do anjo...

Estava no meio do voo quando notou o céu limpo, sem nuvens. No horizonte, raios de sol que pareciam indicar a melhor rota a seguir. Lá embaixo, o verde da floresta predominava. Tudo irradiava beleza.
Mas cansou. Aquele voo solitário já durava demais...
Será que seria melhor, simplesmente, parar de bater as asas?

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Os barracos das nossas estrelas: Sangalo x Leitte...

Desde a Era de Ouro do rádio, a música popular brasileira sempre produziu rivalidades. Marlene e Emilinha, pioneiras da Rádio Nacional, são ícones dessa prática de opor talentos e artistas, em boa parte alimentada pela mídia. Décadas depois, havia o mesmo tipo de divisão entre os fã-clubes de Xuxa e Angélica, por exemplo.
Atualmente, essa espécie de ringue musical coloca de lados diversos Ivete Sangalo e Cláudia Leitte. Lindas e cantando o mesmo estilo de música, as duas cantoras têm admiradores fiéis que compram uma suposta rivalidade reforçada, a todo tempo, por sites, jornais e revistas de fofocas.
Portanto, seria natural que, um dia, um barraco entre as duas visse à tona. Mas, quis o destino que a Sangalo envolvida na pendenga fosse outra: Mônica, a irmã de Ivete.
Explico: dia desses, comentando o carnaval baiano em seu Twitter, Mônica escreveu:

A coalhada era uma alusão à Cláudia Leitte, que passava com seu trio cantando o hit Rebolation. E Mônica San Galo prosseguiu:

A piada da irmã de Ivete Sangalo irritou - e muito - os fãs de Cláudia Leitte, que passaram a enviar respostas de repúdio à mensagem escrita por Mônica, que também é cantora. Percebendo a confusão gerada pela sua frase, ela se desculpou em dois posts. No primeiro, foi explícita e citou o nome de sua "vítima" na brincadeira:

Instantes depois, outro personagem entrou em cena na polêmica: Ivete Sangalo. Tomando as dores da suposta rival, a cantora publicou em seu twitter uma série de mensagens que, sutilmente, demostravam seu desagrado diante das mensagens escritas pela irmã:

Nesta sexta-feira, três dias depois dos comentários polêmicos escritos por sua irmã, Ivete Sangalo voltou a tocar no assunto. E pediu, em seu blog, desculpas à Cláudia Leitte. Num post honesto e diretamente dedicado à ex-vocalista do Babado Novo e seus fãs, Ivete frisou que não gosta de ver comentários maldosos a respeito de suas colegas de trabalho. E ainda parabenizou Cláudia Leitte pelo belo carnaval. Para ler o post inteiro, clique aqui.
O que eu acho? Mônica, de fato, pisou na bola. Não pela brincadeira com Cláudia Leitte, mas, sim, pela inocência de não considerar a brutal repercussão de tudo o que se publica em redes sociais como o twitter. Inábil, a irmã mais velha de Ivete Sangalo acabou reforçando a imagem de que, entre os staffs das duas musas do axé, o clima é mesmo de guerra. Coisa que Ivete, prontamente, se empenhou em negar, numa postura diplomática e elegante.
Mas vocês devem estar se perguntando: "E Cláudia Leitte, o que disse?". Nada! Sai dessa encrenca como vítima de uma brincadeira de mau gosto e que sequer mereceu seus comentários. Mas que acabou no centro de um barraco na família de Ivete, isso acabou...

!!!

Há quase três anos, quando soube do covarde assassinato do menino João Hélio, eu usei uma exclamação para dar título ao post sobre o assunto. Hoje, as três que estão aí em cima parecem insuficientes para expressar todo o inconformismo que tomou conta de mim desde que soube das últimas novidades do caso.
O mais triste nessa história é que o juiz que soltou um dos assassinos de João Hélio está, de fato, amparado na lei. O jovem, livre, tem garantido o seu direito à liberdade depois de cumprir a pena que lhe foi imposta.
A história da libertação do culpado e de sua suposta viagem ao exterior indignou boa parte da opinião pública. E fez surgir uma gana por vingança e justiça a qualquer preço que me parece bastante perigosa. Num momento como esse, o que me parece mais sensato é reavaliar e discutir se as leis vigentes respondem aos anseios da sociedade por ordem, segurança e, obviamente, por justiça.
Não acho que o caminho seja reduzir a maioridade penal. Mas acho que a lei, na atual conjuntura, tem se revelado um tanto branda no caso de crimes bárbaros como foi o assassinato do menino João Hélio. Ainda mais quando se considera que o autor em questão tem outros quatro registros na polícia - provas de que, definitivamente, o crime horrendo não se trata de um deslize em uma trajetória de apreço pelas regras do bom convívio social.
Fato é que, num episódio de tamanha repercussão, soltar um dos culpados depois de tão pouco tempo e, ainda por cima, se cogitar a possibilidade de enviá-lo para fora do país soa quase como um estímulo para que outros jovens, menores de idade, enveredem pela prática criminosa. Além de passar a clara mensagem de impunidade predominante para toda a sociedade.
É uma questão polêmica e que requer, repito, muito debate. E você, o que pensa a respeito?

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O melhor e o pior do carnaval 2010...

E chega ao fim o carnaval de 2010. Foi mais divertido do que eu esperava e menos do que eu gostaria que tivesse sido. Afinal, folião que é folião sempre espera mais dos dias de reinado de Momo...
Mas o saldo é pra lá de positivo! O Rio, confirmando a tendência de crescimento do carnaval de rua, deu uma gigantesca demonstração de que é possível haver uma festa gigantesca, popular e gratuita. Milhões de foliões nas ruas, colorindo a Cidade Maravilhosa com suas fantasias inusitadas, sua alegria genuína e a mais pura vontade de ser feliz. Foi bonito de ver e de viver!
Agora, caríssimos, nem só boas lembranças deixará o carnaval que agora jaz coberto de cinzas. Os banheiros químicos insuficientes, sujos, transbordando mijo por todos os lados, revelaram a ineficiência em avançar no propósito de educar o povo a não fazer das ruas a extensão da privada de casa. E, cá entre nós, havia pouquíssimos banheiros pela cidade - o que não justifica a atitude dos mijões, mas ajuda a explicá-la.
Na Sapucaí, uma das mais bizarras imagens - ao menos na minha modesta opinião - foi essa:

A águia high tech que abriu o desfile da Portela tava muito feia. Tudo bem que o enredo falava de tecnologia, de inclusão digital, mas...parecia um daqueles robôs do Transformers. É um daqueles claros exemplos de viagem ao fantástico mundo dos...carnavalescos!
Mas creio que, disparado, o pior legado do carnaval 2010 vem de Salvador. Ecoando por todos os cantos, grudando na cabeça que nem chiclete, o tal do Rebolation (tion tion) é de lascar! Pra ser só ruim precisaria melhorar muito! Sem contar que nem original a praga da música é! Reparem bem: a voz do cantor é a mesma do marido da Carla Perez.
Enfim, o RebolationItálico (tion tion) explodiu. Aposto que vai invadir os programas dominicais nesse pós-carnaval e que, infelizmente, ainda ouviremos falar muito de mais essa pérola da MPB. Infelizmente...

E pra você? Qual o melhor e o pior do carnaval?
Comentaê!!!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A gordinha & o Karmaval...

Numa das noites de folia, fui para uma conhecida casa de shows na Lapa. A banda tocava marchinhas, uma atriz global dançava mascarada no meio da galera, e os foliões se esbaldavam ao som dos hits carnavalescos que povoam o imaginário de todos nós.
Ao meu lado, um grupo de americanos. Eram uns quatro ou cinco caras, empolgados com o ziriguidum das brasileiras e com a cadência envolvente de nossa música. Entre os gringos, um destoava: parecia o mais tranquilo, o mais tímido. E eis que o pacato cidadão foi vitimado pela abordagem de uma brasileira, digamos, um tanto fora dos padrões que atraem a turistada...
Até aí, tudo bem! Mas a história é um tanto mais complexa: a brasileira não falava uma única palavra em inglês. E o americano, por sua vez, nada falava em português. Mas, sem noção como ela só, a mulher ficava pegando o cara, puxando-o pelo braço e insistia em falar - em português - de seu encantamento pelo turista.
Galhofeiros, os amigos da vítima passaram a tirar fotos com a fofa. Davam selinhos nela! E isso, claro, acendeu a vontade de receber um beijo de seu muso. Para o azar dele!
O cara ficou visivelmente constrangido com aquela protuberância toda. Fugia dela mas sempre era descoberto. Tentava explicar que não entendia nada do que ela falava, mas era sempre em vão. Numa das escapadas, conheceu uma linda loira e começou uma abordagem. Até que...lá veio sua admiradora nada secreta e estragou sua azaração. Tenho certeza absoluta de que se tratava de uma espécie de obsessão espiritual! Era o karma do sujeito passar por aquela provação no meio da folia, só pode!
O americano não pegou ninguém. Mas foi fiel à ideologia: também não cedeu aos encantos da gordinha. Foi embora com cara de poucos amigos e, certamente, odiando a noite de carnaval no Rio.
E eis que, sem seu muso americano, adivinhem quem a gordinha doida resolveu abordar?
Mas o sorriso mais antipático do meu repertório fez a sem noção entender que, comigo, o forte não é bater palmas pra maluco nenhum dançar...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Polêmica: Lobo Mau é apologia à pedofilia?

Ivete Sangalo, Psirico, Tatau e Carla Perez protagonizam uma discussão pública em torno do teor da música lançada, originalmente, pelo grupo O Báck. Enquanto Ivete e o vocalista do Psirico fazem os foliões delirarem com a versão musical da saga de Chapeuzinho Vermelho, o ex-vocalista do Araketu e a ex-loira do Tchan criticam o sucesso e enxergam nele uma mensagem de apologia à pedofilia.
Será?
Embora a música em questão esteja léguas distante de ser boa, creio que Tatau e Carla Perez estão vendo chifres na cabeça de...lobo! É óbvio que a música é uma fuleiragem danada, um deboche erotizado baseado numa das mais conhecidas histórias infantis. Tão erotizado quanto as marchinhas de outros carnavais, como Cabeleira do Zezé e Maria Sapatão. E alguém vai proibir duas das marchinhas mais conhecidas do país porque elas podem incitar a homofobia?
Carnaval é humor, é farra! Se o politicamente correto dominar o reinado de Momo, teremos quatro dias de cinzas, e não apenas a quarta-feira. E, pra encerrar, lamento que Carla Perez não tenha se preocupado tanto com a precocização da sexualidade quando, anos atrás, fez milhões de menininhas segurarem o tchan Brasil afora...
E você, o que acha?
Comentaê!!!

Quando a audiência cai...

Acabo de ver os relatórios do Google Analytics. Os números são preocupantes, assim como os da novela das sete: a audiência do blog despencou durante o carnaval! Sabe como é, o blogueiro cai na folia, os leiores também...e os acessos apenas caem.
Se isso aqui fosse um programa de auditório, seria o momento de falar de bichos, da desgraça alheia, ou de mostrar os bastidores de algum ensaio sensual de uma mulher-fruta qualquer. As três são soluções que levantam qualquer ibope...
Estou estudando as possibilidades. Talvez, a saída seja unir duas dessas estratégias, publicando os bastidores de um ensaio sensual de...Kiki, a cadelinha-mascote do B@belturbo.
Será que bomba?
Boa folia, turma!!!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

B@belturbo pergunta: qual o pior nome de novela de todos os tempos?

Ontem, via Twitter, recebi uma mensagem do perfil da Ilustrada, da Folha de S.Paulo. Até aí, nada demais: sou um ávido leitor dos cadernos de cultura. Mas prestei atenção num detalhe: tratava-se de um resumo de capítulo de novela.
Até aí, nada demais: os cadernos de cultura costumam publicar esses textinhos...
Mas prestei atenção em outro detalhe: a novela se chama Isa TKM!!!
Estranhei! Pode parecer ranhetice, mas sou do tempo em que o nome de uma trama devia comunicar, ainda que minimamente, qual o sentido da história narrada nos capítulos. E, definitivamente, Isa TKM não parece nome de novela: tá mais pra placa de automóvel!!!
Com esse enigma na cabeça, eu me pus a pensar em nomes esdrúxulos - de novelas, muitas vezes, tão esdrúxulas quanto! E outro me veio à cabeça: Café com aroma de mulher!!! Na boa, se a história não for sobre uma moça que conquistou um galã mexicano depois de lhe oferecer um café coado na calcinha, esse título não faz o menor sentido! Ou faz?
Enfim, quero ouvir meus fiéis leitores! Mais: quero dividir essa angústia com vocês! Portanto, pergunto-vos: qual o pior nome de novela de que vocês têm notícia?

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Idealista, eu?

Não é fácil ter uma ideia. Não é fácil pensar sobre algo, mergulhar num tema, envolver-se com ele e projetar soluções, criar caminhos novos e redefinir o que o tempo e o comodismo julgavam como estabelecido e consagrado.
No meio da busca por esse insight, muita coisa inútil surge. E surgem as ideias geniais - quem nem sempre prevalecem - geralmente engolidas pelos limites da realização. Mas, se por um lado as boas ideias são as ideias possíveis - as que podem ser postas em prática - as ideias geniais, ainda que distantes do que se pode realizar, servem como uma espécie de farol, iluminando rumos e caminhos que se gostaria de percorrer.
Eu sou um cara cheio de ideias. Algumas boas, muitas péssimas. O tempo tem me ensinado a cuidar dessas ideias, a tratá-las com carinho e, em alguns casos, até mesmo a gestá-las até o momento em que pareçam maduras o bastante para serem colocadas em prática. Talvez por isso, goste de quem tem ideias. Admiro pessoas assim.
Gosto de quem pensa. De quem idealiza. E acho temível que, com zilhões e zilhões de neurônios na cabeça, tantas e tantas pessoas se coloquem no papel de quem vai - apenas e tão somente - opinar sobre as ideias alheias. E é tanto pior quando esses apenas se dedicam a desmerecer o que vem das cabeças fervilhantes sem, no entanto, propor nada. Quem não tem ideia se acomoda. E tende a criticar quem as tem como que por inércia.
Esse tipo de procedimento, de posição diante do mundo e das coisas me incomoda. Talvez seja porque eu prefira quem plante árvores. E não os que apenas gostam de usufruir da sombra das folhas...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Da série: "agora a coisa vai!!!" 14

Esse post é pra você, mulher! Você que vê as artistas nas capas de revistas, lindas e saradas, e fica se perguntando como Deus pode ser tão generoso com umas e regular tanto a mixaria com outras. Você, mulher de verdade, com celulites, estrias e toda sorte de irregularidades congênitas! Você que busca em cremes, dietas e tratamentos estéticos o milagre do photoshop da vida real! Você que é amiga de infância das escovas progressivas, marroquinas, inteligentes, de morango, de chocolate, de chantilly...tudo pra disciplinar o que a natureza fez rebelde! Você, mulher, que passaria cocô de camelo na cabeleira se isso resolvesse sua dependência da chapinha.
Olha isso, mulherada:
Viram? Beyoncé é linda. E também tem seus momentos de canhãozinho...
Portanto, seja feliz com o que a vida lhe deu, gata-leitora! O negócio é saber como agir quando estiver com o microfone na mão (sem trocadilhos, ok?)! E se você não for cantora, agarre-se ao instrumento de trabalho que a vida botou no seu caminho...

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Sobre o show de Beyoncé no Rio...

Cheia de prêmios e no auge da popularidade, cantora texana fez plateia carioca cantar e dançar do início ao fim do show...


Quando as luzes da HSBC Arena se apagaram, pouco depois das oito da noite, a gritaria ensurdecedora dos fãs deu claros sinais de que as próximas duas horas apagariam todos os transtornos e desacertos da organização do evento. Transtornos que foram desde a completa desorganização do acesso à casa de espetáculos - com filas sendo furadas com o consentimento dos organizadores - até a, ao menos para mim, equivocada escalação de Wanessa (outrora Camargo) para o espetáculo (?!?!?!?) de abertura. Calcada em hits que conquistaram a plateia teen, a neta de Francisco fez muito playback e se empenhou pra mostrar que está conseguindo clonar o estilo das cantoras americanas. E há quem ache isso bom...
Antes de comentar o verdadeiro show da noite, um parêntese: o que explica o fato de, quase três anos depois do Pan de 2007, a Arena ter rampas de acesso provisórias, de madeira que, a olhos vistos, está em péssimo estado de conservação? Vi gente tropeçando e quase caindo ao subir. E duvido que o orçamento para a construção daquele ginásio não contemplasse rampas permanentes. É caso pra se investigar! Mais um dos absurdos legados do Pan para o Rio!
Mas, como disse, quando Beyoncé pisou o palco, as más recordações ficaram pra trás. Cheia de atitude, a cantora arrebatou os cariocas logo nos primeiros versos de Crazy in Love, canção escolhida para abrir os trabalhos da noite.
Ao contrário de outros artistas estrangeiros, Beyoncé não traz grandes pirotecnias em seu espetáculo. A pirotecnia é o natural resultado da soma de sua linda figura com sua forte presença de palco, seu carisma e, principalmente, sua estupenda voz. Como canta a mulher de Jay-Z!
O público canta junto! Vibra com as referências da artista à Cidade Maravilhosa, lhe entrega uma bandeira do Brasil - que chega a tremular no impressionante telão de alta definição - e faz um espontâneo coro em todas as canções do roteiro. Impressionante!
O show tem vários grandes momentos. Em Irrepleaceble a artista se diverte com o coral. Em Say my name a brincadeira foi outra: perguntar o nome de alguém da plateia. E, vejam só, um jovem chamado Cauê foi o escolhido. Cauê não fala inglês e Beyoncé repete o nome do fã várias vezes. No telão, o menino repete: "Eu te amo! Muito obrigado". Mesmo sem falar português, aposto que ela entendeu...
Aliás, esse é um diferencial: Beyoncé parece de verdade! Canta de verdade, dança de verdade e parece realmente feliz com seu sucesso. Não tem aquele ar blasé, tão comum nas celebridades de hoje em dia. Curte o carinho do público e soa sincera até mesmo ao dizer coisas que todo artista diz quando se apresenta no exterior. Dá pra notar que há verdade quando ela diz que "ama o Brasil" e, ainda, quando homenageia seu "herói", Michael Jackson, num número que soaria oportunista se viesse de alguém que não está no auge de sua carreira. Não é o caso: Beyoncé está no topo do pop!
Single Ladies e Halo fazem o ginásio tremer. No telão, até Obama surge fazendo a dança das mãozinhas, num vídeo muito bem sacado, que mescla dezenas de vídeos de usuários do YouTube que tentam repetir a célebre coreografia consagrada no clipe da texana. Divertido e criativo.
No fim, Beyoncé se despede e deseja um "feliz carnaval" aos fãs cariocas. Mais uma prova da sintonia dessa grande artista com o seu grande público...


Um showzão!

A dieta dos 15 dias - dias 12, 13 e 14...

Turma, resisti bravamente na sexta e no sábado. Mas um fato extra-gastronômico mudou o final dessa história: consegui comprar, aos 45 do segundo tempo, um ingresso pra ver a estreia da Beyoncé no Rio (esse será o tema do próximo post, claro!). E aí o domingo, que seria o penúltimo dia da saga contra os carboidratos, acabou encerrando essa dietética novela. Afinal, pra encarar um showzão sem me entupir de bobagens, preferi um almoço convencional, pra dar aquela sustentada - ou, como diz minha mãe, pra forrar o estômago. E deu certo: o almoço com arroz e feijão, além de matar as saudades de um prato de gente feliz, deu aquela segurada no apetite voraz até o fim da maratona do show.
Portanto, com pouco mais de três quilos a menos em 13 dias, encerramos aqui esse folhetim da vida real. Obrigado aos que deram força!
O resto eu vou secar na força de vontade. E na malhação! Afinal, ainda tem muito pra Jesus queimar por aqui...

E vamo que vamo!!!

Cadeia para os mijões!

Nesses dias que antecedem (???) a folia, tenho lido muitas notícias sobre a prisão de pessoas que resolvem fazer as ruas de banheiro durante o desfile dos blocos de carnaval. Há quem diga que esse tipo de movimento repressor não combine com a descontração que reina na cidade nessa época do ano. Mas eu discordo!
A iniciativa dos gestores municipais é pra lá de louvável! Limpas e ordenadas, as ruas da cidade se tornarão ainda mais convidativas aos foliões de sempre e, além disso, podem atrair gente que não se sentia à vontade em meio ao caos de outros carnavais.
Sem contar que mijar na rua é atitude totalmente século XVI, turma! Esse povo parou no processo civilizatório no período em que os europeus chegaram por aqui...fala sério!
E você, o que acha?
Comentaê!!!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Quem quer a perna da Beyoncé?!?!

A texana fez o primeiro show de sua turnê brasileira e, como sempre acontece com os grandes astros da música pop, já monopoliza as atenções de toda a imprensa. No Twitter, todos comentam os passos da cantora e há os que lamentam não terem comprado ingressos para suas apresentações - entre esses, incluo a minha pessoa.
Mas o que me surpreendeu foi hoje, na academia. O professor falava em Beyoncé o tempo todo. E, no meio de um dos movimentos do power jump, saiu-se com a pérola:
- Vamos lá! Pra todo mundo ficar com a perna da Beyoncé!
Pera lá, jovem! Jay-Z que me perdoe, mas não quero ficar com a perna da Beyoncé! Quero ela inteira!!!

E tenho dito!
PS.: Alguém aí vai pro show da bonitona???

Encontro com o anti-folião...

Ontem, enquanto tomava uma ducha na academia, fui alugado pelos resmungos de um ferrenho crítico do carnaval. De tão ranzinza, o sujeito chegava a ser engraçado. Eis algumas pérolas desse atípico carioca:
- Só muito bêbado pra ouvir marchinha em bloco!
- Depois de meia hora ouvindo a cabeleira do Zezé, tenho vontade de encher esse v14d0 de porrada e passar a zero na cabeça dele!
- Mas a pior pra mim é aquela da Aurora! Ô música chata dos infernos! E que não quer dizer nada!
- E Maria Sapatão? Quem aguenta?
O único elogio que ele fez foi às Mulheres de Chico. O argumento?
- Aí não tenho que atutar marchinha idiota! É música de Chico Buarque, né?
No começo achei graça. Mas, no fim, confesso, tava afim de mandar o cara ir pular carnaval no Iraque...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A dieta dos 15 dias - dia 11...

O dia transcorreu numa boa. Pra variar, a enésima festa de aniversário na redação, com direito a empadinhas, bolo e brigadeirão. Pra vocês terem uma ideia, nem o refrigerante era light! Sofri, mas, assustado, disse não! Pra compensar o cérebro, caí dentro das minhas barrinhas de alpiste, digo, gengibre! E de um pé-de-moleque diet.
Contornei...
No lanche, por absoluta falta de opção nos estabelecimentos que funcionam nas cercanias da emissora, mandei pra dentro uma salada ceasar. Forcei a barra. Depois de 11 dias, vocês devem imaginar, até o verde dos semáforos está me enjoando. Mas era o que havia por fazer, até porque não dá pra malhar sem se alimentar bem antes.
Na malhação - que durou três horas, em quatro aulas diferentes - os espelhos já mostram nitidamente os resultados que, antes, só a balança me dizia. E por falar nela, mais amiga do que nunca, hoje ela me contou que mais um quilo foi eliminado. De segunda pra cá. A contar do início da dieta das proteínas, já perdi 3kg.
A contar do início de outubro, quando comecei a malhar e a moderar a alimentação, são 13 os quilos extirpados da silhueta - ora fininha - deste determinado blogueiro.
Mas quero queimar mais! E é possível! Afinal, ainda faltam 4 dias...

Da série: "a luz no fim do túnel é um trem vindo pra cá..." 41

Serei breve porque, realmente, as palavras me faltam. Olhem essa notícia postada no excelente blog do Mauro Ferreira. Agora me digam com toda a sinceridade: um ex-menudo cantando em dupla com uma cantora baiana num disco que agrega ritmos caribenhas e nordestinos. Precisávamos mesmo passar por isso?
É, também acho que não!
O toque irônico é que o nome da dupla é... Parayzo!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A dieta dos 15 dias - dia 10...

Hoje o trabalho ajudou e o dia passou rápido. Comi meu rocambole de carne moída, a salada de alface americana e algumas barrinhas de cereal diets. Foi só. Bebendo tanto líquido pra aplacar a sede, não há cristão capaz de sentir fome!
Ainda bem que falta pouco: hoje me peguei olhando com maldade para os bombons que ganhei no aniversário de 15 anos de uma prima...
E restam 5...

Relato de um ortodoxo fã de video-game...

Sou fanático por video-game. E, beirando os 30, sou um jogador da geração Atari. Se você é jovem demais pra saber o que é o Atari, dá uma olhada lá no Google e termine de ler depois. O fato é que, quando moleque, passava boa parte das férias jogando os clássicos do console. E só jogava nas férias, pra não atrapalhar os estudos. O River Raid é um dos games inesquecíveis nessa minha trajetória de fã dos joguinhos eletrônicos.
O outro, sem dúvida, é o Sonic. Lembro de como fiquei maravilhado com toda a tecnologia e a perfeição dos cenários e movimentos das aventuras do porco-espinho serelepe quando ganhei um Master System. Muitos anos se passaram e, hoje, "toda a tecnologia e a perfeição dos cenários" de outrora estão pra lá de obsoletos. Do Master System nem tenho notícias - nem sei que fim dei ao meu...
No fim do ano, comprei um Playstation 3. E no início da semana, comprei a atual versão do Sonic. E aí, meus amigos, deu-se o impensável: o jogo, cheio de recursos em 3D e com grafismos muito mais avançados e reais, vejam só, não me seduziu! Posso até dizer, sem receio, que garrei até uma certa antipatia pelo Sonic muderno...
Como dinheiro não é capim, sigo jogando. Mas que não me pegou, não me pegou! Será nostalgia? Será que estou ficando velho?



terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A dieta dos 15 dias - dia 9...

O dia seguiu sem grandes sobressaltos. A dieta foi guaribada com chocolates de soja, sem lactose e com pouquíssimo carboidrato, além de umas rosquinhas compradas numa daquelas lojas de produtos naturais. Ambos deliciosos e fundamentais pra variar o - já mui repetitivo - cardápio diário.
No mais, resisti bravamente à tentação de comer bolo - floresta negra!!! - em mais uma festa da firma. E confesso: tem horas em que nem eu reconheço esse auto-controle todo. Parece mensagem de programa antigo da Xuxa, mas o fato é que somos, sim, capazes de muito mais do que imaginamos.
E um recado: tenho relatado aqui a perda de peso - que realmente me impressiona - com essa famigerada dieta. Mas vale fazer algumas ressalvas: a primeira é que, como contei no início da saga, a dieta é puxada e só deve ser feita com orientação médica. Em segundo lugar, é importante dizer que o ritmo puxado na academia tem potencializado a queima daquelas detestáveis gorduras que tinham se apoderado do meu ser. Nesta terça, por exemplo, foram aulas de spinning, abdominais, alongamento e power jump, num total de quatro horas malhando. Parece muito - e é - mas isso é resultado de um longo período de treinamento. Creiam: não sou fã de sacrifício! E nem gosto de sofrer malhando...
Por hoje é só. E é com felicidade que vos digo: agora só faltam 6!!!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A dieta dos 15 dias - dia 8...

É com imenso prazer que comunico aos companheiros de infortúnio que, nessa segunda, não sofri. Tomei bebida de soja com café solúvel e adoçante no café-da-manhã, almocei uma churrascada sem fim e, cafezinho com adoçante no meio da tarde e, antes da academia, um queijo fundido. Fiz uma aula de spinning numa espécie de sauna involuntária oferecida como cortesia aos alunos da academia. E terminei a aventura dietética do dia com uma bela salada e um rocambole de carne moída recheado de queijo fundido e presunto de frango. Uma delícia!!!
Com direito à redentora gelatina pós-jantar...
E o melhor: descobri que, só no final de semana, perdi mais um quilo e meio. Com isso, ao todo, perdi dois quilos e meio em uma semana de dieta! É ou não é pra ficar feliz?
Tô rindo à toa! E agora só faltam 7!!!

Vingança de Figurinista - parte X

Ok, ela é talentosa! Suas músicas botam todo mundo pra dançar, sua voz está acima da média no cenário pop internacional e a mídia se rendeu ao burburinho causado por sua subida ao estrelato. Mas, diga lá: quem entende o que é Lady Gaga? Que nome é esse? Que jeitão é essa? E, sobretudo, que raios (literalmente) de roupa é essa?
Essa alegoria prateada a estrela usou domingo, na entrega do 52° Grammy. Mas parece mais apropriada pra Sapucaí.
Eu tenho preguiça! E, como disse no Twitter assim que tive essa visão: nem pioneira essa Lady Gaga é. Quem tá na faixa dos trinta lembra bem que, mais de 20 anos atrás, Elke Maravilha já aparecia na TV paramentada dessa forma nos programas de Chacrinha e Silvio Santos...
Acho que não precisa disso pra aparecer. Precisava?