quarta-feira, 30 de junho de 2010

Quando o serviço de bordo vira desserviço...

A foto ficou bonita, mas o biscoito servido pela Gol é de última! E devia vir acompanhado de um sal de frutas!!!
Em fevereiro eu escrevi aqui sobre a tal crise aérea que aboliu os lanches decentes dos voos nacionais e instituiu a era do amendoim e das barrinhas de cereais. Entra ano e sai ano, relatórios e mais relatórios apontam para o crescimento do número de passageiros e...nada de comida nos ares!
Pois bem! No voo que fizemos ontem para Cuiabá - com conexão em Brasília - a Gol nos surpreendeu ao oferecer um pacotinho de biscoitos recheados. Salgados! Achei estranho de cara: sou da época em que só os biscoitos doces eram recheados...
A iguaria foi servida nos dois trechos. No primeiro, com sabor presunto. No trecho final, cheddar. Em comum: a total ausência de sabor. E um enjoo que derrubou todos os integrantes da equipe. É daquele tipo de biscoito que quem come não esquece - no mau sentido!
Picareta como ele só, Rogério Pereira, o cinegrafista, guardou um exemplar do maligno biscoito. Ele nos chantageia mostrando a detestável iguaria! Mas tenho a impressão de que, no fundo, o que ele quer é gravar bem a imagem desse biscoito nefasto para nunca cair no equívoco de passar perto das prateleiras de mercado que vendam essa porcaria!!!
E faz ele muito bem!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Sobre Guerra ao Terror...

Produção mostra a rotina de um esquadrão antibombas em Bagdá. E os momentos de silêncio, como nessa cena, são fundamentais para revelar o clima angustiante de uma guerra...
Finalmente vi o vencedor do Oscar 2010. Foi na noite de domingo, no Telecine Pipoca. Gostei bastante. Mas, de cara, acho que é possível reafirmar a ideia de que essa não é uma produção que deve se eternizar na memória dos amantes da sétima arte. Bom filme, com imagens e montagem impressionantes, Guerra ao Terror foge do caminho óbvio e se sustenta nas opções estéticas da diretora Kathryn Bigelow - não por acaso, a primeira mulher a levantar a estatueta da Academia.
A câmera faz o estilo "nervosinha". As imagens têm o forte apelo do digital, e ganham um tom documental. E essas são escolhas que dão ao filme um impressionante tom de "verdade", como se aquelas imagens e aqueles personagens estivessem numa reportagem da CNN, relatando as dificuldades da vida numa Bagdá que ainda resiste depois de anos de intervenção militar americana. A montagem também é interessante, habilidosa. Revela ângulos surpreendentes e imprime um ritmo interessante - embora inconstante - à produção. Características que dão a Guerra ao Terror todos os méritos técnicos cabíveis.
Vamos à história: o filme mostra a rotina de um esquadrão antibombas, a companhia Bravo, que recebe o sargento James a 38 dias do fim da missão. Louco por uma adrenalina e um tanto inconsequente, James é o personagem que melhor explica a frase que abre o filme: "a guerra é uma droga". Frase que, explicada no fim, está longe de parecer associada a qualquer campanha humanista.
O filme tem alguns clichês, como o tom salvacionista conferido aos personagens de militares americanos. Mas o mais evidente deles é o do militar em crise por estar na guerra, percebendo-se ameaçado pelo risco de morte. Mas o drama é bem tratado - e nem sei se seria possível fugir dele num filme do gênero. E esse angustiado personagem é o responsável por muitos dos momentos de tensão vividos pelo espectador ao longo de todo o filme. Afinal, algo vai ou não dar errado com ele?
Honestamente, os diálogos não me cativaram. Não são ruins, longe disso. Mas parecem menos fundamentais para que se entenda o que se passa com aqueles homens pressionados por uma guerra sem perspectivas, num lugar inóspito e convivendo com a iminência da morte. Há exceções, como o momento em que um dos integrantes da Companhia Bravo revela o desejo de ter filhos e, chorando, desabafa: "Eu odeio esse lugar!". Forte. Essa força se repete nas duas últimas cenas da produção, protagonizadas pelo sargento James. Cenas que explicam a frase utilizada para abrir o filme...
Essa espécie de periferização dos diálogos, na minha opinião, é causada pela força dos silêncios. E são muitos os momentos em que só se ouvem a respiração dos personagens, além do som ambiente. Nada de textos! E é nesses instantes que o espectador se sente vivendo a Guerra ao Terror, tenso, preocupado, angustiado. Pra mim, retratar com tanta perfeição o clima tenso de quem vive a guerra é o ponto alto do filme.
Recomendo! Mas não sei se tudo isso fazia de Guerra ao Terror o merecedor do Oscar 2010...
E você, já viu? O que achou?
Comentaê!!!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Sobre o Bolão do B@belturbo...

Bem amigos do B@belturbo, a disputa está mais acirrada do que nos gramados da África do Sul. Sim, senhoras e senhores, o Bolão tem quatro candidatos empatados em número de pontos. O primeiro critério de desempate é o óbvio: o número de resultados cravados. E eis que os quatro também seguem com a mesma quantidade de acertos: 1 para cada.
O segundo é a ordem das postagens. E só analisando esses dados foi possível chegar ao novo placar do Bolão, disponível na coluna da direita. E, cá entre nós: deu um trabalho danado!!!
Para a quinta rodada, uma novidade: esses critérios serão novamente zerados. Apenas a pontuação será mantida. Portanto, fiquem atentos: a ordem de publicação das apostas passa a ser, como anunciado na abertura do Bolão, o principal critério para a definição das posições na tabela.
Por agora, é só! Parabéns ao novo líder!
E vamo que vamo!!!

Sobre Brasil x Chile...

Vitória por 3 a 0 coloca o Brasil entre as oito melhores seleções do mundo...
10 breves considerações...

- O Brasil jogou bem. E em alguns momentos, de forma até bonita;
- O Chile está longe de ser um grande adversário;
- O que era o Loco, técnico chileno, esperneando aos 40 do segundo tempo? Será que ele achava que ainda seria possível reverter o placar?
- Sim, Kaká está empenhado em se tornar o bad boy da seleção brasileira;
- Michel Bastos encontrou o seu futebol. Mas às vezes eles ainda se desencontram;
- Galvão, a melação em torno do Kaká já tá demais, ok? Tá parecendo até que você é dono de parte do passe do atleta;
- Descobriram o que o Kleberson foi fazer na copa, né? Isso mesmo: nada;
- Robinho fez seu gol. Mas ainda tenho a impressão de que ele está em débito nesta copa;
- Felipe Melo já é a ausência mais celebrada desta copa;
- Pelo amor de Deus: quem é Gilberto Melo???

E você, o que achou?
Comentaê!!!

Bolão do B@belturbo - 4a. rodada

Brasil ou Chile? Chile ou Brasil?
A primeira partida da seleção no mata-mata decisivo traz mudanças pro Bolão do B@belturbo. Quem acertar o resultado - apontando vitória de uma ou outra equipe - marca 1 ponto. Quem cravar o placar passa a marcar 3.
É isso! Boa sorte a todos!
E pro Brasil, claro!!!

domingo, 27 de junho de 2010

Em 'Hiperativo', Paulo Gustavo confirma hipertalento...

Carismático, ator se firma em peça baseada única e exclusivamente em seu talento para contar causos engraçados. E bota engraçados nisso!!!
São poucos os atores que conseguem manter o público nas mãos durante um espetáculo totalmente baseado na falação. E é exatamente esse o mérito de Hiperativo, stand  up estrelado por Paulo Gustavo. Baseado numa frenética contação de causos, o espetáculo diverte a plateia e mostra que o ator, consagrado no monólogo Minha mãe é uma peça, tem talento para muito mais que um título.
Debochando de tudo, de todos - e de si mesmo - Paulo Gustavo faz graça com as "limitações" do gênero stand up, debocha das grandes - e pretensiosas - aberturas de shows, e conta uma série de histórias protagonizadas por ele, por amigos e por familiares. Ao ouvir frases como "Quando a pessoa vem feia, Deus indeniza", dita para justificar sua "beleza-depende", o ator conquista a plateia. Há momentos em que a risadaria é tão grande que, fanfarrão como ele só, o ator interpela: "Cala a boca, gente! Deixa eu falar!". E o público explode em nova gargalhada...
As histórias protagonizadas pela (já famosa0 mãe de Paulo Gustavo são geniais. E reiteram a genialidade desse ator que soube tirar da máxima de que "as mães são todas iguais" matéria-prima riquíssima, capaz de produzir tiradas de interesse universal. Não há quem não ria no teatro ao ouvir as aventuras dessa mãe um tanto neurótica, que liga para o filho e não deixa que ele pronuncia uma única palavra durante todo o tempo do telefonema.
E, a julgar pela quantidade de histórias que conta - e pela impressionante velocidade com a qual emenda umas às outras - Paulo Gustavo herdou esse dom: é um falastrão de primeiríssima qualidade! E dos mais engraçados!!!
Recomendo!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Sobre Brasil x Portugal...

Empate sem gols contra os portugueses em jogo em que sobraram faltas e...faltou futebol!

10 breves considerações:

- Quem suspendeu o remedinho do Felipe Melo?
- É preciso que alguém diga a Josué o que ele deve fazer por ali;
- Sim, sem Elano, Kaká e Robinho a seleção brasileira fez a mais chata das partidas dessa Copa;
- Dunga aprendeu a lição e não amarelou ao substituir Felipe (nervosinho) Melo depois do amarelo;
- Sim, Dunga poderia ter aprendido antes que perdêssemos Kaká no jogo anterior;
- Estranhei não ver nenhum Manoel ou Joaquim na seleção adversária. Os portugueses de hoje já não são como os de outrora. Um verdadeiro atentado às tradições;
- Michel Bastos???
- Sim, você perdeu uma chance de aproveitar o "feriado" e dormir um pouco mais. Assim como eu;
- Ver Júlio César todo trabalhado na atadura parou o coração do Brasil. E o medo dele bancar a múmia na hora de um chute dos patrícios?
- Acho que aquele Cristiano é mesmo Ronalda. Se não for, minha gente, é porque não quer!!!

E você, o que achou?
Comentaê!!!

Bolão do B@belturbo - 3a. rodada

Bacalhau ou feijoada? Samba ou vira? Brasil ou Portugal?
Deixe sua aposta nos comentários desse post. Boa sorte a todos! E, claro, boa sorte ao Brasil!!!
Para saber mais sobre o regulamento e a premiação do bolão, clique aqui.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Um ano sem o Rei do Pop...

Se não fosse esse cara, Lady Gaga não teria conquistado o que conquistou com suas performances loucas e seus figurinos esquisitões. Se não fosse esse cara, uma negra como Beyoncé não seria alçada ao posto de símbolo sexual e sequer faria sucesso como cantora em todo o mundo. Se não fosse esse cara, a MTV não teria se tornado a griffe mundial que é hoje e, muito provavelmente, a história do videoclipe seria outra. Se não fosse esse cara, o conceito de show também não seria o mesmo que conhecemos hoje. Aliás, se não fosse esse cara, a própria história da indústria do disco seria diferente.
Esse cara é Michael Jackson. Rei do Pop, artista mais influente da música no século XX. Igualmente reconhecido pelo talento e pelas esquisitices - que, aliás, passaram a fazer parte da personalidade de qualquer astro pop.
Michael deixou vago o trono do pop mundial. Não há um regente, não há na linha de sucessão ninguém que se aproxime da versatilidade de seu canto, da beleza de sua voz e do vigor dos seus passos de dança. A coroa do Rei do Pop, há um ano, jaz esquecida num canto qualquer, saudosa da cabeça desse gênio que nos deixou tão precocemente.
Ontem, voltando pra casa, ouvi no rádio uma música de Michael que ainda não conhecia. Achei linda, emocionante. Uma bela interpretação. Como o Youtube bloqueou a ferramenta de incorporação, tá aqui o link.
Ouvi a músiva e, mais uma vez, pensei em como esse cara deixou marcas na minha geração. E em mim. Se lamento sua partida tão prematura, tenho a felicidade de poder dizer que a minha geração teve a oportunidade de ser influenciada por um gênio. E que faz falta...

A falha sistêmica...

Dia desses tive o desprazer de descobrir que minha carteira de habilitação está prestes a vencer. Além de toda a dor acarretada pela constatação de que cinco anos - prazo de validade do documento - passaram voando, excedendo qualquer limite de velocidade permitido, passei a vivenciar toda a chateação que essas coisas nos geram: vai a banco, paga taxa, liga pro call center do Detran...
Bom, pra ser sincero, devo dizer que até a parte do pagamento da taxa tudo estava indo bem. Claro que não fico feliz da vida em ter de desembolsar 90 pratas pra pagar um tal de Duda - aliás, uma contribuição bem altinha pra ter esse nome de baixinho dos programas da Xuxa - mas, como o pagamento é inevitável, não tive como escapar. A ida ao banco, graças ao fim do mês, foi indolor: acho que nunca fui atendido tão rapidamente. Nunca antes na história desse...blogueiro!
Mas aí, como vocês devem estar imaginando, veio a hora de ligar pro call center pra fazer o agendamento. Sim, eu podia ter feito pela internet. Mas, sei lá a razão, resolvi ligar. Maldita seja essa infeliz decisão! Fiquei uns 10 minutos pendurado no telefone, depois de praticamente amordaçar meus cachorros para que eu pudesse ouvir o que dizia o menu eletrônico - essa, uma daquelas invenções que nos fazem ter a absoluta certeza de que há seres humanos agindo deliberadamente para ferrar a paciência dos desafortunados companheiros de espécie! Cliquei na opção correspondente ao serviço e...mais espera...
Até que uma moça me atendeu. Um tanto esbaforida, desesperada, já me fez achar aquilo meio inusitado. Mas o pior estava por vir: ela me pediu todos os meus dados, confirmou toda a documentação e, quando tudo parecia se encaminhar para o desfecho - satisfatório - da ligação, ela fez a bombástica revelação:
- Senhor, eu não vou poder realizar o agendamento. O sistema está inoperante no momento. O senhor pode ligar novamente?
Um tanto contrariado, indaguei:
- Puxa, que pena! Bem no fim do processo...! Em quanto tempo eu posso voltar a ligar?
- Agora mesmo, o senhor pode desligar e retornar a ligação aqui pra central. - ela disse.
- Ué, mas o sistema não está inoperante? - estranhei.
- Não, senhor. É apenas o meu terminal que está passando por manutenção. Os demais operadores estão atendendo normalmente.
Meus amigos, numa fração de segundos revivi todo o tempo de espera por aquele atendimento. E, sem que os freios da dita "boa conduta social" bloqueassem meus pensamentos, eu disse:
- Querida, então por que você resolveu atender minha ligação, hein???

Como diria o Ancelmo, pano rápido!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Vingança de figurinista - parte 16

Estávamos eu e meus companheiros de trabalhando lanchando na tarde de hoje quando, de repente, olhei para uma das TVs do café onde cuidávamos de matar nossa fome (sempre atrasada). Meus amigos, eu juro que não procuro esse tipo de coisa mas foi da vontade de Deus: olhei pra telinha justamente na hora em que o sérvio Petkovic dava seu pitaco sobre a copa num programa do Sportv. Até aí, nada demais. O problema, caríssimos, era o modelito escolhido pelo jogador do Flamengo...
Sim, sim, você não está louco: Pet resolveu surgir na TV com um blazer digno de Agostinho Carrara, o 171 interpretado pelo Pedro Cardoso em A Grande Família. Uma estampa meio quadriculada, talvez inspirada nos festejos juninos, esquisita pra dedéu! Só não sei se a cabeça baixa nos cliques se deve a algum tipo de timidez ocasionada pelo, digamos, esplendor de tão exótico figurino.
Definitivamente, Pet e/ou seu figurinista não são craques no mundo da moda...

Os barracos das nossas estrelas - Ana Maria Braga x Revista Quem...

Cerca de uma semana depois de enviar comunicado à imprensa informando sua separação, Ana Maria Braga demonstrou hoje sua ira contra reportagem de capa da edição dessa semana da Revista Quem. A matéria traz os "bastidores da separação" da estrela global, e cita um suposto envolvimento entre Ana Maria e o professor de dança que a acompanhou durante participação no Dança dos Famosos, do Domingão do Faustão.
Alegando que a matéria é mentirosa, Ana Maria Braga usou mais de sete minutos da edição desta quarta-feira do Mais Você para falar do assunto. E não escondeu sua revolta durante o desabafo:
Fiquei muito impressionado com o desabafo da Ana. É visível o quanto ela ficou incomodada com essa exposição e a mágoa que o episódio acabou detonando. E, a se confirmar o que diz a apresentadora, não é preciso ser um grande jurista pra intuir que a Quem deverá pagar uma baba em indenizações aos envolvidos nesse escândalo. Mas, além disso, achei também muito madura a posição da TV Globo ao permitir e ceder espaço para que uma contratada fizesse um discurso tão contundente contra uma publicação ligada às...Organizações Globo. A Globo usou seu canhão mais poderoso - a TV - pra dar um tiro numa publicação do próprio grupo. Publicação que enfrenta forte concorrência no mercado. E como as pesquisas indicam que o nome de Ana Maria Braga é sinônimo de credibilidade para os brasileiros, é fácil imaginar que o episódio deve gerar danos ao posicionamento da marca da Quem.
Particularmente, tenho ressalvas ao jornalismo de celebridades. E acho que esse episódio revela que há, de fato, muito a ser revisto nesse filão.
E você, o que acha dessa história toda?
Comentaê!!!
PS.: Ah, só pro post não parecer velho, eis aqui a mais atual das fofocas envolvendo o casamento de Ana Maria Braga. Segundo Fabíola Reipert, hoje Ana e o ex-marido foram flagrados...juntos! Acho que dessa nem o Louro José sabia...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Da série: "a luz no fim do túnel é um trem vindo pra cá..." 45

Quem nunca ouviu aquela lenda urbana que dizia da seringa com sangue contaminado pelo vírus HIV? Pois bem, deixou de ser lenda. Hoje, num posto de saúde, uma travesti retirou amostras do próprio sangue e injetou em enfermeiras de um posto de saúde. A travesti é soropositiva.
A notícia está no G1.
Que coisa mais violenta. Até que ponto o ser humano pode chegar...
Já pensaram se a moda pega?

domingo, 20 de junho de 2010

Os barracos das nossas estrelas - Dunga x Alex Escobar...

Ao colecionar atitudes de extrema antipatia, o técnico da seleção brasileira está conseguindo se firmar como unanimidade nesse quesito. E se toda unanimidade é burra, ao menos hoje, Dunga também o foi. Apesar da vitória, da boa atuação da equipe e da euforia que tomou conta da torcida, o comandante brasileiro perdeu o controle e cuspiu cobras e lagartos contra o jornalista da TV Globo Alex Escobar, durante a coletiva concedida após a partida.
A Band transmitia ao vivo e cheguei a comentar com familiares que Dunga passou a parte restante da entrevista encarando e xingando a tal pessoa. Os vídeos postados na internet posteriormente comprovaram minha impressão:
Dunga tem sido vitorioso no comando da seleção e isso é algo incontestável. Mas não pode assumir uma postura tão grosseira. Vivemos numa ditadura? Jornalistas não podem fazer seu trabalho? Podem ser xingados pelo técnico da seleção brasileira desta forma? Se Alex Escobar resolvesse processar Dunga pelo constrangimento a que foi submetido ao ser ofendido ao vivo - e para o mundo inteiro ver - não é difícil calcular que todos os cachês de publicidade do técnico brasileiro seriam insuficientes para indenizar o jornalista da TV Globo. Alguém duvida?
O destempero do técnico rendeu um duro editorial no Fantástico. Acho que o mais duro texto de um veículo de comunicação sobre o técnico brasileiro. Preciso e merecido. Dunga mandou essa bola fora. Coisa de pereba de time de várzea, inadmissível para quem ocupa o cargo em que ele está.
Saudades do tempo em que, ao desabafar, o técnico da seleção dizia apenas que teríamos que engolí-lo. Tinha mais poesia. E humor...

Sobre Brasil x Costa do Marfim...

Depois de jejum, Luis Fabiano marca dois gols na vitória brasileira. Já Robinho, companheiro no ataque do Brasil, ainda não deixou sua marca na África do Sul...
10 breves considerações:

- Hoje, enfim, tive a impressão de ver o Brasil em campo;
- A ideia de colocar um francês pra apitar o jogo, definitivamente, foi péssima;
- Odiei Kaká no primeiro tempo;
- Elano, mediano?
- Fabuloso fez o gol mais bonito da Copa até aqui;
- Dunga e Faustão combinaram: nada de extravagâncias no figurino nos próximos tempos;
- Robinho continua aparecendo mais nos comerciais do que dentro de campo;
- A Costa do Marfim pode deixar de lado o futebol e montar uma equipe e tanto de luta-livre;
- Gostei muito de Kaká no segundo tempo. Deu ouvidos ao diabinho que fala em todos nós e, enfim, cresceu e apareceu;
- Sim, o responsável pela expulsão de Kaká já é favorito ao Oscar 2011!!!

E você, o que achou do jogo?
Comentaê!!!

Bolão do B@belturbo - 2a. rodada

Esse é o espaço para que você publique sua aposta para o placar do jogo de logo mais, entre Brasil e Costa do Marfim. Quem acertar o placar marca 5 pontos. Quem acertar o resultado, marca 3.
Para saber mais sobre o regulamento e a premiação do Bolão do B@belturbo, clique aqui.
Boa sorte a todos! E sorte pra seleção, claro!!!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sobre Roberto Canázio e o rádio: força que nunca seca...

Ontem, no caminho para o trabalho, fui ouvindo rádio. Mais precisamente, a Rádio Globo. Há cerca de um mês, a Globo também é transmitida em FM, o que possibilitou que motoristas passassem a captar o sinal da emissora, antes detido pelas inúmeras montanhas que compõem a topografia carioca.
Ouvi o programa do Roberto Canázio, radialista experiente, que minha mãe costumava ouvir na época em que eu estudava. Canázio é um comunicador popular, carismático, dono de uma voz potente e de um humor bem ácido.
Pois bem, estava eu ouvindo o programa, achando graça das particularidades do rádio AM agora levadas para a FM quando começou um quadro chamado "Cadê Você?". O formato é o seguinte: um ouvinte liga para o programa para encontrar alguma pessoa importante em sua vida. No ar, conversando com Canázio, o participante dá o nome e outras referências de quem deseja encontrar. Nada muito original, é verdade. Mas o que me chamou a atenção foi a história do "personagem" que participou ontem: um senhor de 90 anos, que queria encontrar duas sobrinhas. A simpatia daquele senhor logo me capturou para aquela história. Solitário, ele dizia ter perdido tudo: os filhos, a mulher, os irmãos. Vive só, em São Paulo, com a sua aposentadoria. Nunca fumou ou bebeu. Praticava vários esportes num clube, até cair e comprometer os movimentos de uma das pernas. Narrou os tempos em que Silvio Santos era funcionário da Rádio Nacional. E, com uma doçura impressionante, contou:
- Eu não tenho mais ninguém. Ando pela rua com minha bengala sem que ninguém me dê a mão. Hoje, somos só eu, Deus e o meu rádio...
Canázio se emocionou. E eu, dentro do meu carro, também. Fiquei pensando na força extraordinária desse veículo fascinante e no número de velhinhos e velhinhas que encontram nesses aparelhinhos a companhia que a vida lhes roubou. E, mais que em tudo isso, fiquei pensando no sentido da vida. Será que há um, afinal? O que faz com que um senhor, depois de nove décadas vividas e de tantas perdas acumuladas, siga em frente? O que determina que o caminho desse homem seja o da solidão? E que diabos estamos fazendo aqui?
O rádio - e o programa do Canázio - não me deram as respostas. Mas me fizeram pensar...

Morre José Saramago...

Uma triste notícia!
Quando conheci a obra desse fantástico autor português, estranhei um bocado. Sua (ausência de) pontuação, sua acidez ao falar da sociedade, e a coragem ao abordar o Divino de uma forma bastante distante da usual.
Meu estranhamento durou pouco: Ensaio sobre a Cegueira, um livro um tanto angustiante, acabou me capturando para a genialidade de Saramago e os livros dele passaram a fazer parte da minha vida de leitor. As intermitências da morte e Caim foram obras que também me hipnotizaram. E me fizeram, de uma vez por todas, rendido ao dom do único Nobel de Literatura a escrever em Língua Portuguesa.
Passei pelo Querido Leitor e achei um vídeo muito bonito, postado pela Rosana Hermann. Traz o momento em que Saramago havia acabado de assistir a versão cinematográfica de Ensaio sobre a cegueira, de Fernando Meirelles. Eu não conhecia esse vídeo. E a emoção de Saramago dá a medida do quanto era importante para o escritor levar sua mensagem adiante. Um belo momento, que, certamente, Fernando Meirelles tem gravado em seu coração:
Bonito, né?
Caim eu li esse ano. É o último livro lançado por Saramago. E, vejam só, termina assim:
"A história acabou. Não haverá nada mais que contar."
É triste, mas é a verdade. Tudo tem fim. A graça, nesse caso, é a possibilidade de lermos e relermos as fantásticas histórias contadas por esse grande mestre da literatura. Porque, felizmente, sua obra já é eterna.
Que descanse em paz!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

As bizarrices do francês Raymond Domenech...

No meio de reunir frangos, jogadas medíocres, placares mixurucas e sopradas nas detestáveis vuvuzelas, a Copa da África do Sul tem sido uma boa oportunidade para conhecermos esquisitices de toda sorte. Mas hoje, no rádio, ouvi uma que superou todos os limites da sanidade: é que o empertigado Raymond Domenech, técnico da França, simplesmente se recusa a trabalhar com jogadores do signo de escorpião. Por conta dessa superstição maluca, atletas franceses nascidos entre 23 de outubro e 21 de novembro não vestem o uniforme bleu blanc rouge.
Na opinião do (esoté)cnico francês, um jogador do signo de escorpião é “ruim” para o grupo. Domenech já chegou a declarar em entrevistas que não confia em atletas do signo.
Além do veto aos jogadores de escorpião, o comandante da equipe francesa também evita escalar jogadores leoninos - mas, nesse caso, o critério é válido apenas para o setor defensivo da equipe. E Domenech se explica:
- Leoninos são sempre um problema porque cedo ou tarde eles vão tentar alguma coisa idiota (dentro do campo). Quando eu tenho um leonino na defesa, mantenho o meu rifle engatilhado.
É ou não é uma esquisitice daquelas? Sim, meus caros, a França está sendo comandada por uma espécie de Zora Yonara do Velho Continente...

PS.: Só uma curiosidade: se o critério de barrar jogadores de Escorpião fosse respeitado por todos os treinadores, nomes como o de Pelé, Garrincha, Maradona e Van Basten jamais teriam brilhado em Copas do Mundo. E a história da competição, com toda certeza, seria outra...

Placar do Bolão do B@belturbo...

Terminado o primeiro jogo do Brasil na Copa, já temos o placar da primeira rodada do sensacional bolão aqui do blog. Tudo ainda muito embolado, mas já publicado na coluna da direita, abaixo dos posts enviados pelo Twitter. A classificação dos apostadores já segue o critério de desempate, que é a ordem de publicação das apostas.
Mas a disputa está apenas começando! E tudo ainda pode mudar. Portanto, se você não apostou na primeira rodada, fique atento: no domingo pela manhã. vou publicar um novo post do Bolão. E o período de apostas da segunda rodada estará oficialmente aberto.
Para saber mais sobre o regulamento e a premiação, clique aqui.
Boa sorte!!!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Sobre a estreia do Brasil na Copa...

Seleção de Dunga sofre, vence...mas não convence em sua primeira partida na África do Sul...
10 breves considerações:

- Todo mundo odeia, mas o Ibope não deixa dúvidas: o brasileiro ADORA ver a Copa ouvindo as galvanadas do Galvão Bueno;
- Não, Dunga não estava usando um tailleur herdado de Jackie Kennedy Onassis;
- Kaká já pode cometer qualquer crime: a julgar pelo que vimos hoje, Galvão Bueno taí pra defendê-lo;
- Não, o técnico da Coreia do Norte não se chama Koo Lhão Huin;
- Os norte-coreanos comprovaram: 11 corpos podem ocupar o mesmo espaço. No caso, o espaço era o campo de defesa;
- Elano, o mediano, participou dos dois salvadores golzinhos brasileiros. Quem diria;
- Um Robinho, pedalando sozinho, não faz verão;
- Sim, tomamos um sufoco da 105a. seleção do ranking da Fifa;
- Quem conseguiu editar o VT de "melhores momentos" do primeiro tempo desse jogo, sem dúvida, é alguém muito otimista. Merece meus respeitos;
- Bom, pelo que vi hoje, acho que o prêmio do Bolão do B@belturbo vai sair logo, logo.

E você? Quais os destaques para essa estreia, digamos, Cho Chaaa?
Comentaê!!!

2.600!!!

Um número redondinho de postagens aqui no B@belturbo. Não dava pra deixar passar em branco...
E vamo que vamo!!!

Bolão do B@belturbo...

Bem amigos do B@belturbo, em poucas horas a seleção brazuca vai entrar em campo na África do Sul para dar início à jornada em busca do hexacampeonato. Depois de muitas discussões sobre a escalação do técnico Dunga, já dá pra ver que o brasileiro resolveu vestir a camisa e abraçar o grupo que une estrelas como Júlio César, Kaká e Robinho a nomes como Grafite, Kléberson e Michel Bastos.
E Copa que é Copa tem tradição. Tem aquele petisco de sempre pra hora do jogo, tem o lugar certo pra ver o jogo, tem a camisa repetida a cada apresentação da equipe. Tem gente até que faz questão de ver todos os jogos com as mesmas roupas íntimas (devidamente lavadas depois de cada jogo, espero). Pois bem, aqui no B@belturbo a tradição envolve as promoções. E promoção em época de Copa é bolão!
Vai funcionar assim: a cada jogo do Brasil, vou publicar um post com o título "Bolão do B@belturbo". Nos comentários, os leitores deverão postar os seus palpites para o resultado. Quem acertar o resultado (seleção vitoriosa) marca três pontos. E os sortudos que conseguirem cravar o placar exato, marcam cinco pontos.
O resultado sai no fim da campanha brasileira na Copa - ou seja, se Deus quiser e Dunga & Cia trabalharem direitinho, no fim da competição. E o vitorioso vai ganhar um DVD do filme Invictus, que conta uma parte bem bacana da história da África do Sul. Em caso de empate, o critério de desempate vai ser a ordem da postagem do último palpite. Por exemplo: se o Brasil disputar a final e três participantes mantiverem a mesma pontuação, o primeiro participante a postar sua aposta no post da final vai ser o vencedor.
Compreendido? Então, façam suas apostas!!!
Boa sorte a todos!
E que venha o Hexa!!!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A vuvuzela de Evaristo...

Aumento dos aposentados? Revelações sobre alguma operação da Polícia Federal? Informações sobre o mercado financeiro? Que nada! Ontem, pouco antes de sair para o trabalho, eu me surpreendi com um momento único na história do jornalismo televisivo...
É ou não é o imprevisto do imprevisto?
Fico me perguntando até onde vai essa tendência de deixar o telejornalismo mais informal...

Sobre o CQC 100...

O vitorioso humorístico da Band chegou à centésima edição nesta segunda-feira e apresentou uma edição irretocável. Ao agrupar os melhores momentos da atração - mesclados à cobertura da Copa do Mundo - a equipe do CQC aprontou um programa leve, muito engraçado e cheio de bons destaques. Em 100 edições, o programa acumulou momentos engraçadíssimos, personagens curiosos e grandes reportagens. Para quem não acopanha a atração todas as segundas, os vídeos de caráter retrospectivo deixaram claro: o CQC já entrou para a história do humor televisivo no Brasil.
Mas nem só de retrospectiva foi feita a centésima edição do Custe o Que Custar. E a pauta inédita mais louca da noite ficou sob a responsabilidade de Oscar Filho. Em Buenos Aires, o Pequeno Pônei viu o jogo de estreia da seleção de Maradona num bar da capital portenha. Disfarçado de torcedor argentino, Oscar levou um controle remoto universal. A missão: desligar a TV do bar sempre que a seleção argentina estivesse no ataque. O resultado foi muito, muito engraçado!
Mas o maior destaque foi a matéria de Mônica Iozzi no Congresso. A oitava integrante do CQC foi investigar um misterioso Projeto de Emenda Constitucional que introduz, vejam só, a cachaça na cesta básica. Ao questionar deputados que assinaram a tal PEC, Mônica foi xingada. Um dos parlamentares, numa clara demonstração do nível a que chegou a política brasileira, agrediu o câmera e chegou a quebrar parte do equipamento de gravação. Algo inadmissível! E muito revelador. Caçula na equipe e, até pouco tempo, alvo de críticas, Mônica se saiu bem, segura, e não tremeu diante de uma reação tão esdrúxula.
Diante de matérias como essa, cabe ao brasileiro parar e pensar. O caminho mais óbvio seria o riso. Mas talvez seja mais lúcido chorar diante de realidade tão absurda. E é muito interessante ver que essa reflexão pode partir de um programa de humor. Só por isso o CQC já mostra que cumpre, sim, o papel de fazer pensar.
Que venham mais 100!!!

Pra Nandinha...

Hoje, uma querida colega de trabalho está se despedindo de sua vovó. Esse é um momento duro, difícil mesmo. Quando a gente perde uma vó muito querida, é como se a vida nos desse um tapa na cara gritando: "vai pro mundo, você cresceu! Acabou a molezinha!". Nunca tinha pensado nisso, mas foi exatamente assim que me senti quando perdi a minha vó, há quase três anos.
De lá pra cá, é inegável: nunca mais fui o mesmo. Nunca mais tive a mesma relação com a velhice, nunca mais enxerguei a família da mesma forma e, de um certo modo, nunca mais me senti tão completo...
Mas não me tornei amargo, tristonho ou infeliz. Nada disso combina comigo. Mudei, cresci. Fiquei mais ciente da nossa impermanência e passei a valorizar mais cada momento que tenho pra desfrutar ao lado de uma pessoa amada. Sinto ainda muita saudade da minha vó, claro, mas a dor já tá mais abrandada.
Gosto de pensar que ela está num lugar lindo, sendo feliz, olhando pra gente aqui embaixo e fazendo de tudo pra nos proteger. Intercedendo para que nossos momentos de alegria superem sempre os de dor. E preparando o terreno para o dia em que estaremos todos juntos de novo. E, se é que existe outra vida, esse dia será de festa! Tenho certeza de que ela vai se empenhar muito para que seus salgadinhos estejam deliciosos como sempre!
Por isso, Fernandinha, chore sim. Sinta saudade. Mas pense que sua vovó agora tá lá de cima, protegendo você, sua família e guiando os passos de vocês. E tenho certeza de que ela ficará bem se todos estiverem bem...
Força, viu?

domingo, 13 de junho de 2010

O dia em que encontrei um mestre...

Ontem, num gelado final de manhã de domingo, eu e a equipe do Salto chegamos à Feira de São Cristóvão. O objetivo era gravar reportagens pra última série inédita que exibiremos nesse semestre, daqui a três semanas. Mergulhamos no universo dos repentistas, ouvimos repentes feitos especialmente para o programa e aprendemos a lição de que repente é como pão: pra ser bom, tem que ser feito na hora!
Mas o que mais me chamou a atenção foi a história do Mestre Azulão. Um paraibano de quase 80 anos, que há 61 anos vive a rotina da feira. Cordelista e repentista, ele já publicou 318 livretos de cordel. Escreve sobre tudo: sobre o ataque às Torres Gêmeas, sobre o assassinato da menina Isabela Nardoni, sobre os cuidados com o meio ambiente...até sobre os mensalões e os escândalos da política nacional.
A carreira de cordelista começou em 1954. O tema do primeiro cordel? O suicídio de Getúlio Vargas. Pois é...criando versos e rimas, Mestre Azulão é uma daquelas fantásticas testemunhas da história...
Além dessa trajetória longa, o que me chamou a atenção foi a vivacidade daquele velhinho. Sua simpatia, seu prazer em dividir suas histórias, sua simplicidade e toda a genialidade de quem sabe que a vida não deve ser tão levada a sério.
Os livretos de Mestre Azulão custam R$ 2. Pouco. Quase nada diante da sua incalculável sabedoria...

Aqui o Português é bem dizido... e escrivinhado...12

Como assim faz quase um ano que não publico posts dessa série tão emblemática?
Para matar as saudades, uma edição factual: baseada no Dia dos Namorados.

Olhem atentamente para o cartaz da floricultura e me digam: é ou não é de...cortar o coração???

sábado, 12 de junho de 2010

Da série: "a pergunta que não quer calar..." 88

Green, goleiro da Inglaterra, lamentando profundamente o frango que tomou no jogo contra os EUA
O que é mais deprimente?
A) Tomar um frango gigante, praticamente um Chester, na estreia na Copa;
B) Convocar um goleiro verde - até no nome - pra tomar conta do patrimônio da rainha;
C) Chorar na delicada posição da foto depois de botar o galináceo pra dentro;
D) Ser Beckham, deixar de curtir o dia dos namorados com sua personal spice, ir pra África do Sul, ver sua seleção papar frango, fazer careta pras câmeras de TV e virar piada no Twitter;
E) Todas as alternativas anteriores.

O tal do dia 12...

Olha, eu desculpo tudo. Há tristeza, há dor, há mágoa. Mas já trago comigo o perdão. Por esse silêncio, pelo não-telefonema, pelo torpedo que não veio, pelo e-mail carinhoso que jamais recebi. Desculpo tua ausência em meu Orkut, na lista de amigos do Facebook e o espaço que teu avatar não preenche em meio aos tantos outros que me seguem no Twitter.
É um tanto difícil pensar nisso, mas eu também relevo o jantar delicioso que não tivemos, esqueço a nossa música que ainda não existe e a noite fantástica que poderia ter sido e não foi. Deixo pra lá...
Deixo pra lá você, que não veio. Deixo pra lá o filme de amor que me faz pensar em como seria o final da nossa história jamais iniciada. Deixo pra lá o ímpeto de pensar em como seria mais gostosa e feliz a minha vida com alguém como você ao meu lado. Logo você, veja só, um alguém que nem sei quem é!
E nem se existe...
Tá tudo perdoado! E é com certo prazer que digo: doeu menos que das outras vezes. Mas, olha, vê se quebra o galho e chega logo: já sinto uma certa urgência de você...

B@belturbo na Copa: impressões sobre o início da disputa

- Se se mantiverem o nível dos jogos e a média de gols, essa será uma Copa bem mirradinha;
- A Argentina não é isso tudo;
- Fiquei com pena do goleiro da Inglaterra;
- Ainda não surgiu nenhum bicho-papão;
- O som das vuvuzelas durante as transmissões é detestável;
- Enigma: nunca aparece ninguém tocando o diabo da corneta quando as câmeras mostram a torcida;
- Os narradores, a cada dia, se tornam mais comentaristas e menos narradores. E comentam mal.

E você? Quais suas impressões iniciais sobre a Copa da África do Sul?
Comentaê!!!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A Vida Alheia e o jornalismo de celebridades no Brasil...

Dia desses, num almoço com companheiros de trabalho, falávamos sobre a série da TV Globo e a cobertura que a imprensa brasileira tem dado para a vida dos famosos. Em todo o mundo - e isso é um fato - o jornalismo de celebridades conquista espaço no mercado, atrai anunciantes e desperta cada vez mais o interesse do público. A demanda por notícias sobre os famosos - de todos os tipos - só faz crescer e, atentos ao fenômeno, setores da mídia abarrotam bancas de jornais, sites e mídias sociais com notícias de cunho duvidoso.
Seria jornalismo? Seria entretenimento? Seria a boa e velha fofoca?
Definir e/ou classificar esse tipo de cobertura é algo muito complexo. Complexidade que, em geral, falta aos textos e reportagens dedicados a tratar de temas como "Fulana vai ao shopping" ou "Beltrano joga futevôlei na praia".
Antenado, Miguel Falabella mirou nesse alvo e levou para a televisão, com grande ironia, os bastidores desse louco mundo que transformou celebridades em caça e parte da imprensa em caçador. Mas o grande mérito da série é mostrar que esse não é um jogo de cartas tão marcadas e que, em muitos casos, esses papéis de caça e caçador se invertem, se combinam e funcionam a serviço de uma lógica única: a venda de produtos. Para parte das celebridades, a própria imagem é o bem mais valioso e a exposição constante faz desse valor algo cada vez maior. Para as publicações voltadas para o tema, ter notícias envolvendo alguém que atraia o interesse do público é garantia de vendas, de cliques e de audiência. Um jogo de interesses no qual a ideia - quase sempre - é que todos saiam ganhando.
E aí está outra qualidade do trabalho de Falabella em A Vida Alheia: mostrar as artimanhas empregadas quando a proposta não é exatamente a de enaltecer ninguém. No tal almoço com os amigos do meu trabalho, alguém disse que a série apresenta uma visão "rancorosa" da mídia que, "aqui no Brasil não se vale de recursos como câmeras secretas, flagrantes invasivos" e etc. Eu argumentei que a série é ficção, não pretende um tom documental. E relativizei dizendo que, aqui e ali, há casos em que a mídia brasileira dá, sim, mostras de que vale tudo pela notícia. Mesmo quando essa notícia, do ponto de vista do interesse público, não vale nada.
Agora, navegando pela web, achei um desses exemplos. Uma matéria publicada pela coluna Retratos da Vida, do jornal carioca Extra. Um flagrante do ator Marcos Pasquim traindo a namorada numa boate. A namorada em questão também é famosa: a atriz Suzana Pires. Eis o link.
Muita gente pode dizer que Pasquim é uma pessoa pública e foi flagrado em ambiente público. E mais: que chegou a fazer pose para as fotos. Sim, é verdade. O que mais me chocou na história foi a informação de que a coluna ligou para a atriz antes de publicar as comprometedoras fotos para checar sobre o andamento da relação dos dois. Desavisada, a moça disse que tudo estava às mil maravilhas. O trâmite tem explicação: era preciso ligar para que a (até então) suposta traição fosse confirmada. Afinal, se a atriz dissesse que o namoro já estava acabado, não haveria "notícia".
Diante dessa história toda, pergunto: era preciso publicar essa conversa? Suzana Pires, que não foi flagrada em lugar nenhum, merecia ser exposta como "corna" assim, nacionalmente? Essa é ou não é uma demonstração de que o jornalismo de celebridades embarcou numa busca desenfreada por histórias que não respeitam os limites da vida alheia???
Acho esse um tema instigante. E polêmico, sem dúvida...
E você, o que acha?
Comentaê!!!

Sobre o show de abertura da Copa da África do Sul...

Estava na redação, com a TV ligada em volume bem baixo. E achei o show de abertura da Copa da África do Sul bem caidinho. Acho que o país perdeu uma oportunidade de se mostrar ao mundo, de mostrar sua cultura, sua cara. Por mais que curta o som de Black Eyed Peas, Alicia Keys e Shakira, achei suas apresentações longas e descontextualizadas...
A transmissão não ajudou muito: tudo parecia um grande clipe, com cortes em ritmo frenético e imagens que escondiam mais do que mostravam. Não vi, por exemplo, o calor e a alma da plateia que encheu o Orlando Stadium para ver a abertura da Copa 2010.
A gota d'água, no entanto, eu vi na hora do lanche: Shakira, rebolativa como sempre - e em ótima forma, diga-se de passagem - surgiu num vergonhoso playback. Achei constrangedor...
Tudo isso me fez pensar que, daqui a quatro anos, seremos nós, brasileiros, a viver esse momento. E o que será que anda pela cabeça dos organizadores da abertura do Mundial de 2014, hein?
E vocês, têm sugestões?

terça-feira, 8 de junho de 2010

Só me falta-me o gramour...

Essa é pra quem acha que televisão é só glamour...
Praça Tiradentes, Centro do Rio, quatro da tarde. Um vento gelado toma conta da cidade e parece atingir direto o esqueleto de um cansado jornalista. Depois de um dia intenso de trabalho, o repórter tenta parar populares para gravar entrevistas curtas, com opiniões dos passantes sobre o tema cultura. É o que, em TV, chama-se de povo-fala.
Lá estava ele, o repórter, abordando os transeuntes em busca de respostas para uma pergunta direta, que poderia originar diversas respostas:
- O que é cultura?
Enquanto o repórter gravava suas entrevistas, um grupo de jovens entregadoras de prospectos fazia algazarra. Queriam aparecer na televisão, embora em momento algum tivessem sido abordadas pela equipe. Rindo, falando alto e buscando chamar a atenção, tentavam entender qual o tema das entrevistas. Assim que uma delas soube do que se tratava, bradou, em alto e bom som:
- Cultura pra mim é séquisso!!!
Como diria o Ancelmo, pano rápido!

Da série: "a luz no fim do túnel é um trem vindo pra cá..." 44

Quando a gente acha que não tem mais espaço na TV para leilões de joias, tapetes, gado e - especialmente - programas religiosos, vem uma notícia como essa. Se você ficou com preguiça de clicar no link, resumo: o pastor Silas Malafaia está tentando arrecadar R$ 1 bilhão para montar...um canal de TV!!! De acordo com a reportagem de Ricardo Feltrin, do UOL, "o objetivo (...) é colocar no ar um canal com programação religiosa em 137 países. O dinheiro seria usado para gerar conteúdo e legendá-lo em várias línguas."
A campanha de arrecadação tem um nome curioso: "Clube de 1 Milhão de Almas". Esse clube funciona da seguinte forma: quem quiser ingressar no grupo deve doar R$ 1 mil à vista ou em (suaves?) prestações. Os "sócios" do clube ganham mimos depois de efetuarem a doação: "o livro "1001 Chaves de Sabedoria", de Mike Murdoch, e um lindo certificado do clube", diz o site do clube.
Eu sei que essa é mais uma das séries de posts de humor do blog mas, honestamente, não consigo fazer graça em cima de um assunto como esse. Primeiro, porque, obviamente, respeito a liberdade de cultos religiosos, a pluralidade de crenças e o direito de cada cidadão escolher a sua religião, a sua forma de expressar sua fé. Mas, além de tudo isso, também acho muito sério e preocupante que a sociedade acompanhe movimentos como esse de forma silenciosa. O uso político e religioso de concessões públicas, como são as emissoras de TV, deve ser observado com cautela - e bem de perto. Não dá pra ser tratado como um "clubinho" qualquer, ou como uma espécie de "ação entre amigos".
E você, o que acha dessa história?
Comentaê!!!

domingo, 6 de junho de 2010

Vingança de figurinista - parte 15

Dispensa legendas, né?
Tentei, mas a câmera do celular não consegue captar - em toda a sua extravagância - a palheta de cores que Faustão resolveu vestir para comandar o seu Domingão hoje. Parece que o ex-gordinho mergulhou numa aquarela gigante e partiu pra TV.
Honestamente eu acho que ele é o responsável por escolhas tão exóticas. Duvido que algum figurinista teria coragem de se arriscar a tomar tantas críticas por vestir o apresentador com maior salário da TV brasileira desse jeito tão...tão...esquisitão.

sábado, 5 de junho de 2010

Acróstico...

Sigo buscando o meu alguém
Olho em todos os lados e não encontro
Lembro de quando fui tão feliz
Imagino que talvez ainda possa ser de novo
Deixo a mente vagar um pouco
Até que a dor esmoreça em meu peito e eu enxergue
Onde está você...

Sobre o Altas Horas em homenagem ao Tremendão...

Presença rara em programas de TV, Maria Bethânia fez questão da participar das comemorações
O programa comandado por Serginho Groismman exibiu, na madrugada desse domingo, uma edição impecável. Ao celebrar os 50 anos de carreira de Erasmo Carlos - completados sem um terço do alarde promovido no ano passado, quando Roberto Carlos chegou à mesma marca - a atração reuniu um belo time de artistas da música popular brasileira, de várias gerações e estilos. E exibiu um belo painel que ajudou a deixar claras a importância da música de Erasmo para a música de todo o Brasil.
Se já não bastasse a relevância da homenagem, o Altas Horas ainda conseguiu outro feito: depois de muitos anos levou Maria Bethânia a participar de um musical na televisão. Tímida, a cantora revelou achar que "não faz bem televisão". Mas, a julgar pelo que se viu, eis aí um grande equívoco: Bethânia surgiu em cena surpreendendo o aniversariante e entoando os primeiros versos de "As canções que você fez pra mim". Um momento raro, muito bonito! Para alegria dos fãs, ela ainda completou com "Sentado à beira do caminho". Cenas que fazem notar como a TV aberta pode ser boa.
Os musicais foram bem interessantes. O único senão foi o dueto de Erasmo e Roberta Sá em "Não volte nunca mais pra mim". Nitidamente empenhada em diferenciar sua interpretação de gravações anteriores, como a de Adriana Calcanhotto, a cantora derrapou feio e conseguiu um resultado muito esquisito. Uma pena: essa é uma das mais belas canções de amor do Tremendão.
O saldo é positivo, claro! E com folga! Serginho Groismman, uma vez mais, mostrou que o Altas Horas é, sim, vinda inteligente na madrugada!

Da série: "a pergunta que não quer calar..." 87

Zapeando pela Rede TV!, vi uma chamada do TV Fama, aquele infame programa de fofocas comandado pelo Nelson Rubens. E a chamada era: "vidente revela final triste para a Seleção Brasileira na Copa".
Diante da falta de gols da equipe titular nos coletivos comandados por Dunga até aqui, pergunto-vos: precisa ser vidente pra ter prever o que está por vir???

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Maldição? Orquestra do Zimbábue dá uma de Vanusa e faz 'releitura' do Hino Nacional...

Quem viu o começo do amistoso entre Brasil e Zimbábue estranhou um bocado um certo "efeito rivotril" que parece ter afetado os músicos do Zimbábue que estavam responsáveis pela execução do Hino Nacional do Brasil. Parecia coisa de beberrão, de orquestra desafinada de desenho animado.
Espia só:
Depois de rever, não há dúvida: eles executaram o nosso hino. No sentido de matar, claro...
Sei não, mas acho que o maestro já pode se considerar candidatíssimo ao Mico do Ano, hein?

terça-feira, 1 de junho de 2010

A história do piercing que abre portas...

A história é totalmente verídica. Mas nada de nomes de santos, vamos direto ao milagre...
Agência bancária lotada. Mulher se aproxima da porta giratória e, ao tentar entrar, o dispositivo trava. O segurança se aproxima e diz:
- A senhora tem algum objeto de metal? Celular, guarda-chuva, moedas....
A mulher lembra das chaves que estão no bolso e deposita tudo no local indicado pelo guarda, à fim de não bloquear novamente a passagem. Ela volta até a porta e, novamente, o dispositivo trava. Volta o segurança:
- A senhora tem mais algum objeto de metal? Celular, guarda-chuva, moedas...
A mulher, um tanto contrariada, disse ao segurança, através do vidro, que não portava mais nenhum objeto de metal. Ele, de cara fechada, fez sinal para que ela voltasse a tentar entrar no banco. Ela obedeceu. E a porta, pela terceira vez consecutiva, travou. O guarda se aproximou e repetiu o texto-padrão:
- A senhora tem mais algum objeto de metal? Celular, guarda-chuva, moedas...
Até então tentando se manter controlada, a mulher - que não trazia consigo mais nenhum objeto de metal - sentiu a irritação atingir o nível máximo. Dando vazão ao estresse em velocidade cinco, ela olhou pro segurança e, aos gritos, disparou:
- Tenho, meu amigo! Tenho um piercing bem no meio da bu*#%$!!! Quer que eu tire aqui ou posso tirar depois que passar pela porta!
O guarda ficou surpreso. Fez sinal para que ela passasse pela porta que, dessa vez, não travou. Já dentro da agência, a mulher retirou suas chavez do coletor de objetos metálicos e, diante dos olhares de curiosos que tinham assistido o episódio, ela disparou:
- Descobri a senha para abrir essa porta enjoada: piercing na bu*#%$!!!