sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Um novo tempo...

Turma, falta pouco pro ano acabar e esse é um post de agradecimento. Hora de dizer obrigado pela parceria, pela nossa farra, pela risadaria, pelos comentários e e-mails, pela alegria cotidiana que é interagir com cada um de vocês aqui no B@belturbo.
O blog surgiu há quase seis anos pra me oferecer a possibilidade de brincar com textos leves, bem humorados. E sou muito feliz por ter conseguido alcançar esse objetivo - o que não seria possível sem vocês todos, claro!
Portanto, é de alegria que falo. E é alegria que desejo em nossas vidas no 2011 que começa daqui a pouco. Que a gente tenha leveza pra rir nos momentos bons e nos maus - quando a graça é menos óbvia mas, ainda assim, está presente. Que a gente tenha saúde para ver humor no estresse do dia-a-dia e nas pequenas chatices que se repetem cotidianamente. E que não nos falte amor no coração, porque com ele tudo fica mais leve, saudável e engraçado.
Feliz 2011!!!
E vamo que vamo!!!

MICO DO ANO: escolha incontestável em 2010!

Ok, ok - como diria o Nélson Rubens - a votação não bombou como em anos anteriores. Talvez pelo excesso de concorrentes, talvez pela ausência de micos incensados na mídia, como o Dunga. Mistérios da opinião pública que jamais serão revelados. Maaaaaaas, eis que depois de duas semanas de votos pingados, o B@belturbo já pode anunciar o resultado! O Mico do Ano edição 2010 vai para...

Turma, realmente...essa candidata se empenhou! Aliás, ouso até a arriscar que o foco de Weslian durante a campanha eleitoral era mesmo faturar o Mico do Ano aqui no blog. Porque, a julgar pelas performances no debate, política não é o forte da Sra. Roriz.
Danilo Gentili, que criou polêmica ao chamar Hebe de múmia quando a apresentadora voltou à TV no começo do ano ficou em segundo lugar, empatado com o Manhã Maior, que exibiu, ao vivo, um telespectador desbocado mandando os apresentadores tomarem láááááá naqueeeeele lugar. E na terceira posição veio o quase-cliente da travesti Luana, da Lapa, que tomou umas bifas da profissional do sexo em pleno Profissão Repórter. O episódio ainda cunhou a expressão "Tá pensando que travesti é bagunça?". Um mico clássico!
E como esse ano a brincadeira valia prêmio, é com muita alegria que anuncio: o vencedor da promoção foi Daígo Alcântara, querido amigo e leitor assíduo do blog. Daígo vai receber um cartão-presente da Saraiva, no valor de R$ 40.
Aos que participaram, agradeço pela farra. E estejamos todos atentos em 2011, porque esse povo adora pagar mico por aí...

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Sobre o #queimajesus...

Quem me segue lá no Twitter já conhece o #queimajesus, o meu projeto de fitness e fé. Fitness porque malho muito. E fé porque, quando piso fora da faixa, creio que o Altíssimo vai dar uma força e queimar as calorias excedentes.
E assim tem sido! O combo atividade física + dieta balanceada me fez chegar ao fim desse ano 15kg mais leve, com o corpo diferente e, mais que isso, voltado para uma nova filosofia de vida. Continuo o mesmo glutão, apaixonado por doces, mas sei que eles são inimigos íntimos - daqueles que a gente deve tratar com os dois pés atrás.
Além disso, hoje sou um cara mais feliz e menos estressado por conta das atividades físicas. Demorei muito tempo pra encontrar prazer em frequentar uma academia exatamente por não ver graça em nenhuma das modalidades até então conhecidas. E foi no Power Jump que encontrei a união entre a atividade e a diversão. E daí, meus caros, tudo mudou! Hoje encaro com prazer uma sessão de musculação e as aulas de spinning, alongamento e abdominais. Sem falar na corridinha de rua - sempre um desafio e sempre deliciosa!
Portanto, o #queimajesus é um sucesso! Fez de mim um outro sujeito - que até sente falta e fica irritado quando, por algum motivo qualquer, não dá pra ir à academia.
Fiz o post pra prestar contas a mim mesmo. E pra dar aquela força a quem tá afim de começar a "correr atrás do prejuízo". Comece! Por mais que pareça difícil, não é impossível!!!

A nossa intensidade...

Sorri pra mim com essa cara safada de quem sabe provocar. Olho essa tua boca e sinto vontade de mergulhar nela. E mergulho, deixando de lado o fato de que nunca sei nadar direito em você. Mergulho com vontade, com desejo, botando pra fora uma saudade que eu nem sabia que trazia comigo.
Você acha graça, diz que sou maluco e acha tudo muito doido. Deliciosa loucura é você, eu penso. E me divirto com esse devaneio lascivo que é te ter nos meus braços, corpo colado ao meu, elevando a temperatura a níveis que só são alcançados quando estamos assim, agarrados, cheios de vontade e com disposição de mostrar que o tempo não muda nada entre nós. Ou, melhor, que ele só melhora as coisas.
Beijos, mordidas, sussurros, gemidos...paixão! Se tivesse que resumir tudo numa só palavra, diria intensidade. E, com o sorriso que tenho agora no rosto, diria que nunca foi tão bom ser assim... intenso!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Hebe faz despedida emocionada (e emocionante) do SBT

Além da grande comunicadora que é, do carisma que tem e da respeitabilíssima marca de estar no ar desde a primeira transmissão de TV no Brasil, eu acho que, ao longo desses 60 anos, Hebe se tornou uma espécie de integrante da família de todo mundo. Quem não gostaria de ter uma mãe, tia ou avó com aquela vitalidade e com aquele humor? Quem não gostaria de ter um exemplo de vida como esse por perto?
No início do ano, quando ficou doente, a estrela se surpreendeu com o carinho do público. Eu não fiquei surpreso. Já gravei uma reportagem sobre os bastidores do programa dela no SBT e vi, de perto, como a plateia realmente a idolatra. E, além disso, como ela é carinhosa e faz questão de se manter próxima e acessível a todos. Hebe também é um exemplo de artista que teve êxito na própria relação com o sucesso.
Sou fã da loiruda. E acompanhei, ontem, seu último programa no SBT. Ficou bem claro que ela esteve, o tempo todo, muito emocionada. E a razão para tamanha emoção foi mostrada no último bloco, quando Hebe leu o texto em que se despedia do SBT.
Achei verdadeiramente tocante. O texto é bonito, agradecido e elegante. Soa sincero. Hebe parece sofrer como sofrem os que desfazem um casamento. Como salientou minha mãe, ao lado de quem vi o programa, dá até uma tristeza ver Hebe, sempre tão feliz, chorando e com a expressão tão entristecida. Mas, mesmo assim, ela teve a grandeza de não deixar que eventuais mágoas apagassem os bons momentos de uma relação que chegou pertinho das bodas de prata. Exaltou Silvio Santos, patrão e amigo que - de acordo com as notícias - pretendia reduzir seu salário mais uma vez, o que teria sido a razão da saída de Hebe da emissora.
Por outro lado, também achei bonita e correta a postura do SBT. Não lembro de ter visto um único caso em que uma emissora permitisse que um artista que estivesse de saída de seu elenco fizesse uma despedida no ar. Isso é incomum até em emissoras de rádio. A TV de Silvio Santos fez diferente: além de não cortar o trecho do programa, publicou um anúncio nos principais jornais do país nessa segunda:
Chamando a (agora) ex-estrela do elenco de "rainha da TV brasileira", o SBT pareceu gentil e ainda fez um afago nos fãs da apresentadora, magoados com o rumo dos últimos acontecimentos. Por outro lado, alguns fãs de Silvio Santos, por exemplo, enxergaram na saída de Hebe uma traição no momento em que as empresas de Senor Abravanel passam por dificuldades. Mas o fato é que não há motivo para mágoas: separações como essa fazem parte do jogo.
De minha parte, reafirmo: creio que o SBT perde mais que Hebe. Sobretudo no que diz respeito à identidade. Hebe era um dos rostos mais fortes do canal; talvez o mais forte depois do dono, Silvio Santos. Desde a saída de Gugu Liberato, o SBT vem perdendo estrelas sem conseguir substituí-las por outras de igual grandeza. Desafio ainda maior agora, quando a missão é preencher o espaço deixado pela Rainha Hebe.
Que ambos, Hebe e SBT, tenham sucesso em seus desafios futuros...

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Então é Natal...

Ando meio displicente com o blog, mas não poderia deixar esse data tão especial passar em branco. Portanto, aos leitores que fazem do B@belturbo um blog vivo e cheio de graça, o meu desejo de um Feliz Natal! Que essa seja uma noite de paz, de bons sentimentos e de alegria para vocês e seus familiares!!!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Bomba: revelada a identidade do irmão mais velho de Fiuk!!!

Dei uma olhada no especial que a Globo acaba de exibir, com Fiuk e Fábio Jr - que agora também é conhecido como pai do ex-protagonista da Malhação. Fiquei meio encafifado por perceber que, numa dessas artimanhas do tempo, o outrora galã da música popular parece ter ficado mais velho que...Roberto Carlos. E olha que o Rei fará 70 anos em breve!!! O que houve com o Fábio Jr, aquele que arrancava suspiros ao cantar Caça & Caçador, Alma Gêmea e afins???
No mais, uma bomba que me foi repassada em primeira mão no Facebook: Fábio Jr, que tem filhos conhecidos (Cléo e Fiuk) até aqui escondeu a identidade de seu primeiro filho. E ele é justamente o mais conhecido de todos. Reparem na imagem e digam: com o novo corte de cabelo o Fiuk não tá a cara do irmão mais velho???
Até o pescocinho virado de lado é igual, hein?
PS.: A sacada não foi minha. Daígo Alcântara, amigo e apreciador de especiais televisivos, é o autor da pérola. Valeu, amigo!!!

domingo, 19 de dezembro de 2010

Susana Vieira paga peitinho no Faustão e leva Menção Honrosa no Mico do Ano...

Como a eleição para o troféu Mico de Ano já está em curso, o Superior Tribunal Eleitoral do B@belturbo decidiu que o episódio protagonizado pela atriz global nesse domingo não a deixa em condições de entrar na disputa. Não cabe recurso, apesar de Susana ter jogado pesado para faturar o Mico do Ano: apareceu na TV cantando mal pra danar e, de lambuja, ainda deixou um seio escapar do vestido involuntariamente.
Se você ainda não viu, veja:

Sem dúvida, um micaço! Pena que a eterna senhora do destino tenha dormido no ponto e, assim, acabou deixando passar o prazo legal de inscrição da candidatura. Mas alguém aí duvida de que ela surgirá com tudo em 2011???

ATUALIZAÇÃO: O B@belturbo discorda veementemente, mas o YouTube enxergou erotismo (?!?!?!?!?!) nas imagens de Susana Vieira no Faustão e está deletando os vídeos com o conteúdo. Já fiz uma substituição, mas, como não dá pra ficar trocando o link o tempo todo, creio que quem viu, viu e quem não viu, perdeu....

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Aberta a votação do MICO DO ANO de 2010!

O momento mais democrático do ano chegou aqui no B@belturbo: a hora de relembrar as derrapadas alheias, as bobagens das celebridades, as lambanças das pessoas públicas - e das anônimas também; e premiar a mais marcante com o Troféu Mico do Ano.
A enquete com os candidatos ao "prêmio" está no topo do menu da esquerda e a votação vai até o próximo dia 31 quando, enfim, saberemos quem pagou o maior mico nesse ano que já se despede.
Além da escolha do prêmio, quero dar um prêmio pra quem acertar o vencedor do Mico do Ano. O que vocês acham? A ideia é a seguinte: cada leitor pode apostar num dos concorrentes. A aposta deve ser enviada pra HotLine do blog até o dia 24/12, uma semana antes do fim das eleições.
Atenção para as regras:
- Não serão aceitos palpites deixados aqui nos comentários. Só serão validados os que forem enviados para a HotLine;
- Se um único leitor acertar o vencedor do Mico do Ano, automaticamente será premiado;
- Em caso de empate, a promoção terá uma segunda etapa. Cada participante deverá elaborar uma frase justificando porque o vencedor do Mico do Ano mereceu ganhar o prêmio. As frases darão origem a uma nova enquete, que ficará aberta para votação por uma semana. A frase vencedora, e, portanto, seu autor, levarão o prêmio;
O prêmio vai ser um Cartão Presente, da Saraiva, no valor de R$ 40,00. Quem ganhar escolhe no site deles se quer trocar o cartão por um cd, um dvd, um livro...ou o que der na telha.
E então? Bora eleger o Mico do Ano e ganhar presente???
Agora é com vocês!!!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Sobre o nosso trilhar...

Sozinhos todos seremos sempre. O que muda é a forma como nos relacionamos com esses momentos em que nos deparamos apenas com a gente. Eu, de olhos fechados sobre o travesseiro, tenho apenas a mim. Você, num mergulho no fundo do mar, só tem a si mesmo.  E não há amargura alguma nisso. Afinal, a única companhia certa é a nossa!.
Mesmo quando se vive um relacionamento, convivemos mais com a gente mesmo. Com nossos sentimentos, com as dúvidas, as inseguranças, os desejos...
Pra que se possa desfrutar do melhor dessa companhia inseparável, cada um precisa se entender consigo; gostar da própria presença. Gostar de ser quem é e da certeza de carregar esse alguém para todo o sempre, pra não achar tão ruins os momentos em que apenas essa companhia estiver disponível.
E, acredite, esse processo pode ser uma chave para encontrar outras companhias, viver outras histórias, criar novas parcerias...ou, quem sabe, rever sob outras perspectivas as parcerias antigas.
Essas coisas...

Hebe está fora do SBT...

Participação da loira no especial de Revéillon do Faustão, gravada no último sábado, alimenta rumores de uma mudança para a Globo

Em meio aos rumores que cercavam as negociações pela renovação do contrato da loiruda com a emissora de Silvio Santos, muitos davam como certa a saída de Hebe do casting do canal. Estavam certos. A notícia foi publicada em primeira mão na coluna de Flávio Ricco, no UOL.
Não precisa ser mágico para prever que os próximos meses trarão muitas especulações sobre o destino de Hebe na TV. No Twitter, logo que a notícia começou a repercutir, pipocou uma campanha para que a rainha da televisão brasileira seja contratada pela Rede Globo. Mas há rumores de negociações com a Rede TV! e de sondagens da Rede Record.
Acho que qualquer emissora ganha em prestígio ao contratar Hebe. Ela está no ar desde o primeiro dia da TV no Brasil, e lá se vão 60 anos!!! Hebe é a maior apresentadora de TV do país, sabe tudo de comunicação e tem grande empatia junto ao público. Se isso não tem se traduzido em índices de audiência nos últimos tempos, vários fatores têm de ser considerados, inclusive as sucessivas mudanças de horário impostas pela direção do SBT. Afinal, TV é hábito.
Aposto que logo Hebe volta à televisão. E não vai me surpreender nada se for mesmo pra Globo. Mas, além disso, não me surpreenderei também se seu novo programa der mais audiência que o atual. O público ama Hebe, gosta de novidade e fará questão de dar-lhe as "boas-vindas" assim que a majestade pintar de novo na telinha.

Parceiros de jornada...


Esse blog não faz a linha "querido diário", mas é impossível deixar de comentar que tive um sábado incrível com amigos dos tempos da faculdade. Tê-los por perto me fez pensar na felicidade que é encontrar e preservar grandes parceiros ao longo da nossa jornada por aqui.  Tê-los por perto mostrou que são esses laços e esses momentos que, de fato, fazem a vida valer a pena. E que uma existência feliz é feita de uma coleção deles. Conto com vocês para que essa nossa coleção fique cada vez mais rica!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Hebe na Veja SP: merecidamente, ela foi a personalidade do ano...


Achei que a capa da Veja SP ótima. A imagem de Hebe Camargo sem sua cabeleira loira é impactante, forte e, felizmente, antiga. Feita em abril, a fotografia é uma recordação da batalha que a apresentadora mais popular da televisão brasileira travou contra o câncer no início desse ano. Ano de Hebe, como crava a capa da publicação, muito acertadamente. Se não bastasse o longo caso de amor com o público, Hebe venceu sua grave doença em 2010 e, num país sem memória, viveu as glórias de ser reconhecida como uma das poucas unanimidades brasileiras. 
Muito merecidademente, 2010 foi mesmo de Hebe Camargo, a personalidade do ano!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Vingança de figurinista - parte 23...

Observe bem essa foto, feita no Rio, essa semana, durante a entrega do Prêmio Extra de TV:

Agora me diga: a vingança foi mesmo do figurinista? Porque algo me faz crer que o fotógrafo também se vingou nesse click. Afinal, olhando pras pernas de Susana assim, texturizadas, a gente nem consegue lembrar que, na verdade, ela é assim...

domingo, 5 de dezembro de 2010

Sobre o aprendizado com as marcas na alma...

Se fosse há um tempo, afirmaria ter a capacidade de superar tudo e mergulhar novamente em você. Deixaria de lado as incertezas, os temores, as fraquezas e deixaria esse sentimento aflorar, dominando minhas atitudes e pensamentos. Entraria de corpo e alma nessa paixão, de peito aberto, com a pretensão de ser forte o bastante para superar eventuais decepções ou mesmo alguma artimanha do destino.
Mas isso, se fosse tempos atrás. Hoje, não mais...
Amadureci com as pancadas da vida. E não vejo isso com amargura. Se amadurecer é ganhar marcas no rosto é, também, colecionar algumas delas na alma. E essas, mais profundas que as da pele, servem para deixar gravados em nós os momentos em que nos perdemos e deixamos que uma fraqueza de momento virasse uma dor prolongada. Marcas de erros passados, que podem ajudar a evitar equívocos futuros...
Aprendo muito olhando para essas minhas marcas. Aprendo que nem todos os amores são eternos - mais que isso; são raríssimos os que de fato duram e, entre esses, ainda mais raros os que, de fato, são amores. Aprendo que apenas o encontro de duas pessoas boas e que se gostam não é o bastante para fazer delas um par feliz. Aprendo que, em alguns casos, o melhor a fazer é dizeu adeus. Mesmo que isso não traduza nada do que sentimos...
Com essas marcas e com  o amadurecimento aprendi, sobretudo, que nada é definitivo. E que pode ser melhor dar um dolorido adeus agora para, quem sabe, ter o prazer de um afetuoso reencontro depois...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Sociedade dá ideia, Prefeitura abraça e Rio ganha asfalto de primeira...

Num país com tantas necessidades e urgências como o Brasil, é mais do que compreensível que estejamos habituados a reclamar dos serviços públicos que não funcionam como deveriam. É um direito do cidadão clamar para que seus impostos sejam revertidos em ações efetivas do Estado nas áreas de interesse coletivo.
Mas acho que é bom também reconhecermos quando o poder público cumpre o seu papel. E é isso que senti vontade de fazer aqui desde que a Prefeitura do Rio lançou a Operação Asfalto Liso. Esperei pra ver se, mais uma vez, as obras ficariam restritas ao Centro e à Zona Sul. Mas, felizmente, tem sido diferente dessa vez...
Lembro que o nome Asfalto Liso surgiu entre os críticos da Operação Lei Seca. Foi uma espécia de reação da sociedade civil ao rigor do Estado no combate à combinação álcool e direção. Os criadores da Asfalto Liso não se colocaram contra a Lei Seca, mas exigiam que o poder público adotasse postura igualmente rigorosa no trato com as vias da cidade.
Sabiamente, a prefeitura tomou partido da história. Tomou pra si o nome e lançou um grande projeto de recuperação do asfalto de ruas e avenidas. Em toda a cidade! Se você é do Rio, sabe bem do que estou falando! O asfalto carioca - historicamente esburacado - virou um tapete! Por onde passam as máquinas da Asfalto Liso fica a certeza de uma rua perfeitamente coberta, num padrão que não deixa nada a desejar ao internacional. E, vale frisar: dessa vez as obras não se restringem aos locais de grande visibilidade na cidade. Todo o Rio de Janeiro está sendo recapeado, numa iniciativa que, ao que me conste, não tem precedentes nas últimas décadas.
Uma bela ideia surgida na cabeça de cidadãos, abraçada pelo poder público e que tem beneficiado toda a cidade.
PS.: Sim, eu sei que a Operação Asfalto Liso gera imensos engarrafamentos. Mas, vocês sabem, depois da tempestade...

Um cemitério no peito...

Dia desses, li uma frase no facebook de um colega de trabalho que me fez pensar muito. Dizia que é curioso como algumas pessoas têm a capacidade de se matar dentro do nosso coração. Uma metáfora forte, que logo podemos interpretar pela lógica dos relacionamentos amorosos, mas que pode ganhar muitos outros sentidos se pensarmos nas decepções com amigos, colegas de trabalho, parentes...
Pense nisso. Reflita como, em toda a vida, pessoas e mais pessoas já se mataram dentro do seu coração.
O meu é um grande cemitério! Só que, desses mortos, eu não sinto a menor falta.

domingo, 28 de novembro de 2010

Morre Leslie Nielsen...


No início dessa madrugada, circulou a notícia da morte de Leslie Nielsen. Seus filmes marcaram minha infância e juventude. Fica o registro desse grande mestre do besteirol, que em sua passagem por essa Terra, fez nascer milhões de sorrisos nos rostos dos espectadores de suas comédias.
Que descanse em paz!

Da série: "a pergunta que não quer calar..." 102

As séries do B@belturbo geralmente primam pelo bom humor. Mas, diante dos fatos recentes que mudaram a rotina de todo o povo do Rio de Janeiro, talvez seja interessante aproveitar esse espaço e a nossa interação pra discutir um tema sério: o tráfico de drogas.
Desde que as forças de segurança ocuparam o Complexo do Alemão na manhã desse domingo, as emissoras de TV mostram uma quantidade enorme de armas apreendidas, além de muita droga. O que assusta é o poderio bélico dos criminosos, com armas de longo alcance e alto poder de destruição. A questão é complexa, e um ponto que precisa ser debatido é a hipocrisia de parte da sociedade. Pedir paz, cobrar postura das autoridades e, ao mesmo tempo, comprar drogas ilícitas são atitudes compatíveis? Como vocês analisam a responsabilidade dos compradores de drogas diante de toda a situação que o Rio de Janeiro vive? Quem usa drogas financia ou não a ação de criminosos?
Acho esse um debate válido. E conto com a sua participação!

sábado, 27 de novembro de 2010

Reflexão: Direitos Humanos, inimigos e nossa longa caminhada...

Homens do Exército posicionados para o confronto com marginais no Complexo do Alemão

Os últimos dias têm sido muito tensos no Rio e essa não é uma novidade. Pra mim, as noites se tornaram especialmente complicadas. A gravidade da situação na Penha, Zona Norte da cidade, tem tirado meu sono. Fico imaginando como estão aquelas pessoas inocentes, a dois passos de um confronto que pode virar uma grande tragédia. Penso em seus familiares, nas famílias dos policiais e militares envolvidos na operação. E até nos inocentes que têm parentes envolvidos com o tráfico. Todos unidos pelo mesmo temor. Todos sofrendo.
Hoje, vi a mãe de um traficante preso dizer que nunca concordou com a opção do filho pela vida criminosa. Vi muita verdade no depoimento daquela senhora. Que mãe escolhe para um filho destino tão perigoso? E mais: que mãe tem a coragem de, numa situação como essa, pegar seu filho traficante, número dois da quadrilha, e levá-lo até à polícia para se entregar? Quanta dignidade vi naquela senhora...
Passei todo o sábado vendo telejornais e, de repente, vi a imagem que mais me marcou. Era duas crianças, duas menininhas, de uns 5, 6 anos. Aos prantos, tapando o rosto com as mãos enquanto na comunidade ecoavam os estampidos dos tiros trocados por policiais e bandidos. Que tristeza, meu Deus...
Imagens como essas me fizeram aplaudir a iniciativa das Forças de Segurança, que propuseram a rendição dos criminosos. Essa foi, por si só, uma atitude inédita: a história do Rio mostra que a polícia simplesmente invadia comunidades em conflito, sem se importar com vítimas que não estivessem ligadas ao confronto. Passei a tarde torcendo para que os criminosos se rendessem para que, assim, a invasão e suas consequências indesejadas pudessem ser evitadas.
As horas passaram e não foi o que aconteceu...
E aí, para meu espanto, passei a ver muita gente torcendo por uma invasão imediata. No Twitter, não foram poucas as mensagens clamando por um assassinato em massa dos bandidos. É a lógica do "bandido bom é bandido morto". Algo realmente assustador! Postura que até pode ser compreendida pela sede de vingança de uma sociedade que, ano após ano, ficou cada vez mais refém dos criminosos. Postura que pode ser compreendida, mas, jamais, defendida!
Se hoje temos 500, 600 "inimigos públicos" no Complexo do Alemão, não podemos nos esquecer das outras centenas e centenas deles, jamais declarados, que com suas ações públicas - e, mais ainda, com as secretas - contribuíram para que a situação se tornasse tão grave. Falo de ex-presidentes, ex-governadores, ex-prefeitos, ex-secretários de segurança, ex-deputados, ex-vereadores...! Homens públicos, bem vestidos, de fala mansa, que jamais empunharam fuzis e granadas - pelo menos, não publicamente - mas que, por ação ou omissão, por interesse e/ou por dinheiro, ergueram suas vidas sobre um mar de sangue e uma pilha cada vez maior de corpos de vítimas diretas e indiretas da guerra contra o tráfico. Homens que elegemos para nos representar e que, muitas vezes, além de não terem agido para impedir que o caos de agora se instalasse, ainda atuaram nas sombras para dar mais força àquele que, publicamente, tratavam como "inimigo": o "crime organizado". Crime que, nos bastidores, muitos ajudavam a organizar...
A ação de agora tem todo o meu apoio. Tem a minha torcida. É passada a hora de arrumar a casa, colocar ordem na cidade e dar condições para que todos os seus cidadãos vivam em paz. Mas isso tudo precisa acontecer dentro da legalidade, na observância de todos os Direitos Humanos. E esses direitos são de todos!
Estamos vendo no Complexo do Alemão os primeiros passos para que o Estado cumpra o papel que jamais deveria ter deixado de cumprir: o de estar presente, prestando serviços e garantindo paz e condições dignas de vida para todos os habitantes. Mas esses, como disse, são passos iniciais de uma longa caminhada. Uma jornada que também deve oferecer oportunidades de reinserção social, para que o banditismo deixe de ser a única opção para muitas das crianças e jovens dessas comunidades. E essa jornada deve ser acompanhada por todos os que querem uma sociedade verdadeiramente melhor. E para aqueles que, como eu, não desejam ver essas cenas de guerra se repetindo no futuro.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Da série: "a pergunta que não quer calar..." 101

Segundo a coluna Ooops!, do UOL, o Bope criticou duramente a postura da Rede Globo e da Rede Record. Segundo a matéria, o Batalhão de Operações Policias Especiais divulgou que as emissoras prestaram "um desserviço" com suas aeronaves.
Na Globo, o Globocop ficou o dia todo no ar. A emissora chegou a utilizar dois helicópteros na transmissão dos fatos que ocorriam na Vila Cruzeiro.
No Facebook, alguns amigos apontaram como crítico o fato de a transmissão revelar o posicionamento de policiais. Mas também alegaram que as imagens geradas pelas TVs ofereceram à Polícia a possibilidade de acompanhar qual a rota de fuga traçada pelos marginais.
Ou seja: a questão é pra lá de polêmica.
E você, o que acha? Operações policiais como a que o Rio acompanhou hoje devem ser transmitidas em tempo real pelas emissoras de TV?
Comentaê!!!

O dia em que o Rio declarou guerra à violência...

Bandidos fogem da Vila Cruzeiro enquanto Polícia toma conta da comunidade. Globonews, Globo e Record transmitiram a operação ao vivo...

O crescente número de ataques de traficantes gerou uma reação inédita no país hoje: equipados com blindados cedidos pela Marinha, com o apoio dos já populares Caveirões e armados até os dentes, policiais militares invadiram o local que, até então, era tido como base de uma das facções criminosas atuantes no Rio - a Vila Cruzeiro.
Até que a invasão se consolidasse, a apreensão foi grande. As emissoras de TV transmitiram tudo, o tempo todo. Cada novo veículo incendiado, cada passo dos grupamentos policiais - e até o trajeto dos blindados da Marinha. Diante da telinha, eu, você, nossos pais, tios, avós, irmãos...todos nos perguntávamos qual seria a história que estava sendo escrita nessa quinta-feira. Todos nos perguntávamos qual o rumo que o Rio de Janeiro tomaria depois da operação policial.
As respostas vieram de tarde, pela TV. Acuados pelo aparato policial, traficantes rastejavam pela mata, corriam entre as vielas, desviavam das balas e tentavam, desesperadamente, fugir da força do Estado. Eram pessoas, pareciam ratos.
Vi tudo na redação, um olho na pauta que precisava concluir, outro no monitor de TV. A Globo derrubou toda a programação vespertina, todos os intervalos comerciais e exibiu uma "sessão da tarde" que não "vale a pena ver de novo". Escrevi no Twitter que muita gente devia estar tentando matar os bandidos com o controle remoto, tal a força das imagens que revelavam a fuga dos criminosos para o vizinho Complexo do Alemão.
Fiquei muito, muito assustado. Pensava no horário de voltar para casa, nos amigos e nos desconhecidos que precisariam se deslocar em meio ao caos decorrente de tamanha quebra da rotina carioca. Pensava nos moradores das áreas cobertas pela operação, condenados a um fogo cruzado que, infelizmente, levará muitas vidas inocentes. Pensava em como ficarão as cabecinhas das crianças menores, ora transformadas em personagens de um video-game real. E sangrento.
Mas, por outro lado, esperançoso. Ver o Estado reagir com força e equilíbrio me deu a impressão de que podemos estar no caminho certo. Ver a bandidagem fugir revelou a todos nós - cidadãos de bem - que não há força, não há bunker, não há união de facções que faça frente ao poderio de um Estado forte, bem comandado e unido em torno de um único objetivo. Tive esperança de que, vendo os bandidos expulsos de seu (até então) porto seguro, crianças e jovens percebam que o caminho do crime nunca termina bem. E que só leva a dor e ao desespero. E tive esperança de que as bandeiras de paz balançadas nas janelas pelos moradores da Vila Cruzeiro - reconquistada hoje pelo poder público - sejam o prenúncio de uma paz verdadeira, democrática, e não disponível apenas para os que podem pagar por ela.
Torço muito por isso. E pra que o dia de hoje entre para a história como o dia em que a esperança começou a vencer o medo no que diz respeito à segurança de nossa maravilhosa cidade...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mico do Ano: promoção vira caso de polícia no Rio

Moradores de Ipanema se depararam com grandes caixas de madeira abandonadas numa das principais praças do bairro hoje cedo. Em meio à onda de ataques de criminosos, não titubearam: chamaram a polícia temendo que alguma ação terrorista estivesse em curso. O Esquadrão Antibombas foi chamado e uma das caixas chegou a ser explodida. Para espanto geral, não era nenhuma ação terrorista: era, sim, uma ação de marketing!!! Parte de promoção  "Avião do Faustão", que a Procter & Gamble está realizando no programa da TV Globo.
A história logo foi parar na internet e virou Trending Topic no Twitter. A marca divulgou comunicado se desculpando pelo ocorrido. Especialistas em marketing dizem que é cedo para avaliar os eventuais danos à marca, mas dizem que eles podem, sim, ser percebidos em breve.
Enfim, o episódio conquistou uma vaga na eleição de Mico do Ano do B@belturbo. Caso ganhe, o prêmio será devidamente atribuído à agência responsável por escolher tal mal o local e o momento para realizar uma ação do gênero.
E aí? É ou não uma forte candidata???

ERRATA: A assessoria da Rede Globo divulgou nota em seu site negando a relação entre o episódio e a promoção "Avião do Faustão". Por isso o post foi retificado. Eis o link para o comunicado da emissora: http://bit.ly/fDrxKK

Rio sob o domínio do medo?

Desde domingo, a população do Rio de Janeiro vive assustada. A onda de ataques incendiários a automóveis, ônibus e vans - em vários pontos da cidade e da Região Metropolitana, além de Cabo Frio - parece ter pego de surpresa os cariocas, numa inversão da lógica de redução dos índices de violência que vinha sendo registrada ao longo dos últimos 15 meses.
Se nos prendermos aos fatos, veremos que, depois de décadas encarando a questão da Segurança Pública como uma colcha de retalhos de ações pontuais, o Estado do Rio tem construído uma política clara na área. Essa política prevê a recuperação de territórios ocupados pelo crime organizado e a pacificação dessas comunidades por meio da instalação de unidades de policiamento. De acordo com o Governo do Estado, as UPPs tiraram mais de 200.000 cariocas do domínio da marginalidade.
Ainda atendo-me aos fatos, causa estranhamento, no entanto, que a política de pacificação tenha transcorrido na mais perfeita tranquilidade. Lembro-me apenas de reações pontuais no Pavão-Pavãozinho, em Copacabana. Em geral, a polícia chegava e encontrava a comunidade abandonada pelo tráfico. E a sociedade ficava sem entender o rumo que os marginais estavam tomando.
Esses são os fatos. Que geraram boatos...
Qual foi o carioca que não ouviu dizer que, acuados pela ação policial, os bandidos estavam se reunindo no Complexo do Alemão? Qual morador do Rio não soube que a Rocinha estava tomada de armas, que os traficantes estavam recrutando moradores e distribuindo armamento para reagir a uma eventual ocupação pela UPP? Quem não ouvir dizer que as UPPs expulsariam os bandidos dos morros e os jogariam no asfalto?
Boatos que até fazem sentido, mas que ainda não foram comprovados. As ações empreendidas por criminosos desde o último domingo revelam, sim, que eles se sentem na necessidade de brigar porque, pela primeira vez, estão acuados por uma política que não apenas reprime, mas que, de fato, enfraquece o crime e o tráfico de drogas. Ao recompor territórios dominados até então pela criminalidade, o Estado demonstra força e passa a contar com o apoio da população. Basta ver que o tema da segurança foi determinante na última eleição para o governo do Rio.
E é contra esse apoio da população que o crime organizado se volta. Ao fabricar o medo, os bandidos pretendem ver a sociedade, acuada, se voltar contra a política das UPPs, numa lógica simples: devolvam os morros pra eles pra que possamos ter paz no asfalto de novo. O que os bandidos querem, portanto, é repartir a cidade que as UPPs estão começando a unir. Querem que tenhamos medos de uma política que está jogando a bandidagem pra cima da classe média, e tirando esse ônus apenas das classes mais populares.
Concordo quando o governador fala em desespero. E esse despespero não pode contaminar a sociedade. É lastimável ver que perfis no Twitter e em outras redes sociais espalhem o terror, propagando boatos infundados. Hoje, li sobre incidentes em dois shoppings importantes da cidade. E nenhum dos dois episódios, de fato, aconteceu. Disseminar o medo não contribui em nada para que o atual estado de coisas seja revertido e não nos ajudará a retomar a paz e a vida normal. É claro que precisamos de cautela. Mas duvido que alguém, que não esteja a serviço da bandidagem, tire proveito da boataria.

Da série: "agora a coisa vai!!!" 19

Essa é para os homens. Você, meu camarada, ficou frustrado com a Playboy da Cléo Pires? Achou que Fani e Nathália não foram suficientes para empolgar a galera em seu ensaio em dupla? Não se animou ao ver as hastags de Tessália de fora? E nem se animou com o ensaio em 3D da Larissa Riquelme???
Enfim, você acha que falta uma musa nua nesse ano que se aproxima do fim???
Mas agora a coisa vai, rapaziada!!! Elza Soares disse à Quem que vai posar nua em breve!!!

Todo mundo correndo já pra fila da banca pra reservar a revista, hein!!!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Da série: "a luz no fim do túnel é um trem vindo pra cá..." 52

Hoje em dia tá na moda bancar o analista de mídia. Qualquer um se sente no direito de bancar o especialista em conteúdo e pode sair por aí soltando cobras e lagartos sobre essa estranha entidade chamada genericamente de "mídia"...
Mas é claro que há muito o que discutir quando o assunto é comunicação. E há, sim, excessos. O jornalismo popular, que vem alavancando as vendas de conglomerados jornalísticos, é um exemplo. Com manchetes "engraçadinhas" e de gosto muitas vezes duvidoso, as publicações do gênero conquistam espaço entre os leitores e levantam dúvidas sobre o teor jornalístico de suas páginas.
Hoje, no Facebook de uma amiga, eu me deparei com uma das pérolas do gênero. E de um jornal que eu nem conhecia.
Preparados?
Sério: pra fazer isso, alguém acha que precisa mesmo de diploma???
Triste fim o dessa minha profissão...

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Da série: "a pergunta que não quer calar..." 100

Dizem por aí que Amy Winehouse vem ao Brasil em janeiro. E pra fazer shows! Coloquei minhas barbas de molho, mas confesso que a possibilidade de ver essa grande artista em apresentação ao vivo me empolga bastante.
Só que, como bom libriano, estou a pesar os prós e contras do show. Acessei o site e fui ver os preços. Os valores variam entre R$ 700 e R$ 180 (estou falando das inteiras, claro). De cara, posso dizer que estou inclinado a pagar o mais barato. E explico: não tenho coragem de pagar caro pra essa maluca aparecer encachaçada não!!! Até porque, cá entre nós...vale a pena ficar pertinho pra ver dente faltando?

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Da série: "a luz no fim do túnel é um trem vindo pra cá..." 51

Eu vou até me poupar do trabalho de escrever. Vejam só:
Só posso dizer que, seja lá qual for essa droga, ninguém pode duvidar de seu poder alucinógeno...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Mico do Ano: jovem baiano engole apito (?!?!) e entra na disputa...

Eu vi essa matéria na tarde de hoje, na redação. O caso já seria bizarro pela própria natureza e dispensa maiores explicações sobre a inclusão do candidato na disputa pelo prêmio do Mico do Ano. Mas, vejam a matéria exibida no Jornal Hoje:
Agora me digam: essa edição também não foi um mico só? Botar o menino com essa tosse esquisitona pra fechar a matéria foi o fim!!!
PS.: Sou totalmente solidário aos colegas apresentadores. Não há como não rir de uma história doida dessas...
PS2.: Antes que algum puritano reclame, informo: o tal procedimento médico deu certo e o rapaz não tá mais apitando, ok?
PS3.: Ainda bem que tiraram, né? Porque se o menino fosse expelir o apito pelas "vias naturais", seria uma barulheira só. Tipo aquela leiteira que assoviava quando o leite tava fervendo, né?

Os barracos das nossas estrelas - Cláudia Leitte x vaias em Pato Branco...

A cantora Cláudia Leitte demorou para começar o show na cidade de Pato Branco e ouviu vaias e insultos da plateia enquanto estava no camarim. Assim que subiu ao palco, na primeira oportunidade, passou um belo sabão nos autores da manifestação. A bronca foi gravada e está no YouTube:

Eu particularmente acho meio mané vaiar show. Nesse caso, fica claro que a organização se eximiu da responsabilidade de comunicar ao público que os problemas técnicos atrasariam a apresentação da artista. Mas, por outro lado, acho que Cláudia Leitte acabou dando ao problema uma dimensão maior ao usar seu microfone para comentar uma atitude tão pequena de parte da plateia.
Ou não?

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

RESENHA: Muita calma nessa hora...

Uma comédia jovem, cheia de momentos inspirados, e com participações especiais que, por si só, já valeriam o ingresso. Ingredientes que, somados à farta divulgação na TV e ao forte apelo de alguns dos nomes do elenco, justificam o sucesso de "Muita calma nessa hora", consagrado como a terceira maior bilheteria do final de semana prolongado.
A comédia é bem popular, sem grandes sofisticações de linguagem ou de roteiro. E esse não é um ponto negativo. A partir da viagem de três amigas que, por razões distintas, resolvem reinventar suas vidas em Búzios, "Muita calma..." oferece ao espectador um emaranhado de situações divertidas, estreladas por alguns dos maiores nomes da comédia nacional - como sabiamente anuncia o cartaz promocional do filme.
Nomes como Marcelo Adnet - genial como o paulista aficcionado por equipameeeeeeeintos eletrônicos, Maria Clara Gueiros, Leandro Hassun, Lúcio Mauro Filho, Luís Miranda e Heloísa Perissé, que emprestam graça à trama que, numa análise um pouco mais detalhada, é, sim, muito superficial. O mérito da equipe responsável pela produção foi ter sabido fazer com que esse elenco talentosíssimo "segurasse a onda" do filme, e não o deixasse resumido a uma sucessão de esquetes de comédia televisiva.
Entre as protagonistas, fica óbvio que Gianne Albertoni está lá pelo biotipo. E, obviamente, não desaponta nesse quesito. As demais - Andréia Horta, Fernanda Souza e Débora Lamm - têm mais tarimba e, certamente por isso tiveram mais sucesso na construção de suas personagens. Mas que fique claro: Gianne também não tem porque se envergonhar. Só fica evidente que está no início da caminhada...
Débora Lamm é um talento enorme - não é por acaso que sempre aparece nos trabalhos com a griffe de Bruno Mazzeo. Carismática, criou uma hippie que poderia se limitar aos estereótipos, mas tira proveito de todos eles para fazer rir. Uma bela atriz! É, ao lado de Marcelo Adnet e Luís Miranda, destaque no elenco.
"Muita calma nessa hora" é filme leve, despretensioso, e que traz frescor ao cinema brasileiro. Um cinema que "se acostumou" a tratar das mazelas do país, mas que precisa lembrar que o humor é uma das principais características do DNA brasileiro....

Sobre a homofobia nossa de cada dia...

No último domingo eu cobri a Parada Gay do Rio. Vi a Avenida Atlântica tomada por uma multidão colorida, alegre e consciente da importância das reinvindicações do Movimento Gay. Há muito o que avançar no que diz respeito à garantia de direitos básicos para homens e mulheres que amam pessoas do mesmo sexo e que, muitas vezes, são tratados como cidadãos de segunda classe. Reflexo de um preconceito cristalizado, segundo o qual a sociedade julga essas pessoas pelo que elas fazem entre quatro paredes, e não pela vida que levam em grupo.
Entrevistei gays, lésbicas e travestis. Entrevistei um rapaz heterossexual que foi à parada para apoiar o pai, homossexual assumido. Entrevistei uma senhora lésbica que se disse descrente do poder de mobilização da parada - segundo ela, apenas um "momento de liberdade". Ouvi um jovem dizer que "ser gay é ser normal, como outra pessoa qualquer". E ouvi muitas coisas que me fizeram crer que o Brasil pode estar avançando como sociedade que respeita os direitos individuais.
Aí, voltei pra casa. E vi a história do jovem agredido com lâmpadas na Avenida Paulista, coração de São Paulo. Horas depois, soube do jovem agredido no Arpoador, logo depois da Parada Gay, no Rio de Janeiro. Casos isolados, mas que jogam luz sobre uma trágica realidade: a homofobia é parte do cotidiano de milhões de brasileiros diariamente.
A mídia pouco noticia casos dessa natureza. E, como li dia desses no Twitter de @jeanwyllys_real, quando esses fatos ganham espaço, raramente aparecem associados ao termo "homofobia". Há medo de assumir - e, portanto, de enfrentar - essa grave forma de discriminação. Cheguei a ouvir ontem um comunicador de rádio dizer claramente que o jovem foi baleado no Arpoador porque estava namorando num local público, enquanto "devia estar namorando em casa". Segundo o radialista, "ainda não estamos preparados para ver dois homens se beijando".
Pergunto: estamos preparados para ver alguém usar um microfone para banalizar um crime?
É claro que a sociedade é heteronormativa e, portanto, resiste à ideia de ver casais de iguais trocando carícias publicamente. Mas também é claro - e um evento de mobilização como a Parada Gay do Rio ajuda a comprovar isso - que esses tabus precisam ser revistos. Eles não podem impedir o avanço das conquistas das minorias. Tabus como esses existem para que sejam superados. Do contrário, ainda teríamos negros sendo trazidos da África como escravos e mulheres tolhidas de qualquer direito à participação nas decisões coletivas e impedidas de ingressar no mercado de trabalho.
Fico feliz de trabalhar numa emissora que cobre um evento como a Parada Gay sem interesse nos estereótipos e sem "carnavalizar" uma mobilização que é séria. E que, se tiver atendidos suas reinvindicações, poderá impedir que novos gays, lésbicas, transexuais e transgêneros sejam vítimas fatais de crimes bárbaros como esses de que tivemos notícia nos últimos dias.
A gravação que fiz para o Salto vai ao ar na temporada de 2011. Aviso aqui quando estiver perto.
E você, o que pensa a esse respeito?
Comentaê!!!

Da série: "a pergunta que não quer calar..." 99

Hoje, precisei tirar cópias de alguns documentos. Busquei um estabelecimento especializado no serviço e, ao encontrá-lo, eu me deparei com o seguinte aviso:

Oi?
Cada verso? Mas e se o que eu for copiar estiver escrito em... prosa???

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Do tamanho que damos aos obstáculos...

E a terra abriu sob os pés cansados da caminhada. Avistou a rachadura que revelava uma profunda escuridão lá embaixo. Mergulhar no breu não seria exatamente uma novidade, mas estava ciente de que a experiência não aliviaria os percalços daquela nova incursão.
Fechou os olhos e se viu novamente no meio daquele caos, tristeza dominando seus pensamentos, sofrimento pautando suas ações. Era como ver um filme repetido...
Então, abriu os olhos. Mirou o céu e viu que a luz estava lá. Voltou a olhar para o chão e, abrindo bem as pernas, atravessou a negra rachadura que dividia o solo e chegou ao outro lado. Sorriu. É bem verdade, sorriu sem alegria. Era apenas um riso desencadeado pela nítida sensação de evolução. O riso da experiência...
E pensou que os obstáculos sempre existirão. E que o determinante, no entanto, é o tamanho que escolhemos dar a eles. Dar a um obstáculo dimensão maior que a que ele de fato tem é o primeiro passo para não conseguir superá-lo.
Encheu os pulmões de ar e seguiu caminhando...

Brincando de forca com o patrão...

Que coisa mais lúdica a capa que o Meia Hora publicou na semana passada! O grande destaque foi a pindaíba do banco Panamericano, de Silvio Santos. E eles brincaram com um dos clássicos do apresentador do SBT, numa versão, digamos, pouco ortodoxa...
Ah, esse mancheteiro...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Do adeus a um velho companheiro...

Dois anos e meio. Quase mil dias. Quase mil noites. Muitas lembranças, muitas aventuras e muitas descobertas depois, deixei meu primeiro carro zero estacionado e, com pesar, entreguei tudo o que lhe dizia respeito a quem cuidará dele daqui por diante.
Tinha um novo carro diante de mim, com aquele cheirinho característico e com o painel indicando que o motor estava completamente zerado. Mas, vejam vocês, não pude deixar de sentir um certo pesar por deixar de lado meu velho companheiro de todos os dias. E, embora radiante pela nova aquisição, não posso negar que fiquei um pouco nostálgico, vivendo uma espécie de luto por descartar algo que, há tão pouco tempo, era tão especial para mim
Maluquice demais? Pode ser. Mas...de perto, quem é normal?

Vingança de figurinista - parte 22...

Essa senhora coreana aparece numa foto oficial ao lado de Lula e Dilma Rousseff, no encontro do G20. Não encontrei o nome dela - o Globo Online não diz. Mas, tudo bem. Li a notícia e obtive mais perguntas que respostas. E não necessariamente sobre a economia mundial. Eis duas delas:
- Cintura? Pra quê?
- Considerando que a saia é utilizada nessa altura, que dizer dos cintos? São afivelados em volta do pescoço por lá?

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Pa-panamericano! E o banco de Silvio Santos, hein?

Taí uma notícia que me surpreendeu! O homem que começou a fazer fortuna animando os passageiros nas barcas que fazem o trajeto entre o Rio e Niterói e construiu uma bela trajetória, que o levou ao posto de maior comunicador da televisão brasileira, vejam vocês, esse homem agora deve R$ 2,5 bilhões de reais na praça. E a praça não é dele, nem nossa!
Como garantia, Silvio deu todo o seu patrimônio. Segundo a Folha Online, 44 empresas. E certamente venderá muitas delas, que, somadas, valeriam cerca de R$ 2,7 bilhões - quantia insuficiente para cobrir o empréstimo e os juros. Pelo visto, a coisa não tá boa para o patrão... 
Agora, cá entre nós...se o Silvio Santos tá "na pindaíba", é sinal do fim dos tempos mesmo! Vamos cantar:
"2012 vem aí, lá-rá-lá-lá-lá-lá / 2012 vem aí, lá-rá-lá-lá-lá-lá..."

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Da série: "a pergunta que não quer calar..." 98



Ontem o dia foi corrido, e não tive tempo de escrever sobre esse novo hit do YouTube. Essa senhora fez e postou esse vídeo para reclamar - veementemente - de um suposto desrespeito às regras no jogo online "Colheita Feliz". E pelo tom que ela usa, se tem alguém feliz com essa colheita, não é ela...
Confesso que nem sei ao certo de que se trata. Não sei o que são nem quanto valem as tais "moedas verdes" - que, a julgar pelo protesto - devem valer mais que o dólar ou que barras de ouro! Sou um completo ignorante em termos dessa tal colheita e, pra ser bem sincero, sempre achei um porre ficar recebendo informações sobre o andamento da produção de amigos que utilizam esse jogo. Aliás, continuo com a mesma opinião.
O que me surpreendeu no vídeo foi o tom da mulher. Ela faz uma exigência tão enfática que chega a fazer crer que o joguinho é a coisa mais importante de sua vida. Tem provas, "tem fotos" e o "cacete a quatro". "Abre chamados", quer "atualização", reclama da zona em sua colheita. Algo realmente assustador...
O que achei da atitude? Não sei. Mas o país seria outro se todos exigissem seus direitos de forma tão aguerrida. Sobretudo se esses direitos fossem outros, que não o cumprimento de regras de joguinhos online.
E você, o que acha?
Comentaê!!!
PS.: Ah, sim...a pergunta que não quer calar é: por que diabos essas moedas verdes são tão importantes, hein???

domingo, 7 de novembro de 2010

A grande rasteira...

Passei o fim da tarde e boa parte da noite no hospital, acompanhando minha prima. E se o clima nunca é dos melhores em lugares do gênero, hoje estava especialmente ruim. Soube de duas mortes num curto espaço de tempo. Uma grávida, que teve a infelicidade de perder seu bebê no finalzinho da gestação; e uma senhora, que não resistiu depois de 20 horas de cirurgia e faleceu.
Vi os familiares das duas vítimas chorando e aquele clima me trouxe lembranças igualmente tristes. E fiquei penalizado com um jovem, filho da senhora que morreu depois da operação. Ele trazia nos olhos a dor de quem está devastado por uma perda irreparável. Deu a notícia a uma familiar e buscou apoio me chamando pra conversa:
- Se dependesse da gente, né, meu amigo, o mundo ficava lotado! Ninguém morria...
Acenei com a cabeça concordando. E, mentalmente, desejei muita força para aquele garoto, que se contentou dizendo que a mãe sentia orgulho dele e de seus irmãos. Tive muita, muita pena. Não suporto me imaginar no lugar dele e tenho a certeza de que não há experiência que possa me preparar para viver momento igual. A certeza de que nunca serei alguém que irá encarar a morte como algo cotidiano: pra mim, ela sempre será uma grande rasteira...

sábado, 6 de novembro de 2010

Da série: "agora a coisa vai!!!" 18

Rota entre China e Japão sugerida pelo Google Maps traz surpresas bem radicais para o internauta. E, além de cruzar as fronteiras, também ultrapassa os limites da...sanidade!

O Google Maps tem um serviço muito bacana, que indica trajetos pra quem deseja se deslocar entre dois pontos. A coisa é bem explicadinha, na basse do passo a passo, pra que ninguém se perca na hora de ir à casa da namorada pela primeira vez ou, quem sabem, pra não escolher a pior rota antes de sair de casa para fazer uma entrevista de emprego.
Mas cabeça vazia, vocês sabem, é oficina do demônio. E como não falta gente desocupada nessa internet de Deus, alguém teve a (doida) ideia de "perguntar" ao Google Maps qual o melhor trajeto a ser feito da China para o...Japão!!! O resultado, como não poderia deixar de ser, é um show de pérolas! E, digamos, não prima pela facilidade na compreensão. A julgar pela primeira das instruções:

Confuso? Imagina! Veja como é fácil escolher a direção correta a seguir:

E por aí vai. Depois de uma sucessão de observações plenamente compreensíveis e um festival de 潼关/铜川/绕城高速-潼關/銅川/繞城高速 繞城高速/绕城高速 pra japa (ou chinês) nenhum botar defeito, chega o momento da instrução crucial! Aquela que, certamente, torna possível o deslocamento entre os dois destinos. É a orientação de número 42:

Viram como é fácil! E ninguém pode dizer que não entendeu, porque essa eles publicaram em Português mesmo!!!
E então? Todo mundo preparado pra passar o Natal em Tóquio?

PS.: Tá achando que é mentira? O link pra página com todas as (insólitas) instruções de viagem é esse.
PS2.: A dica pra essa história incrível eu achei no Facebook do Alexandre Freire, um amigo que adora viajar. Mas, suponho, ainda não sabe pilotar jet ski...rs!
PS3.: E se você está preparado com os custos, o Google Maps adverte:
Diante de tal observação, se eu puder dar um conselho, sugiro que os empolgados com a aventura comprem carteiras à prova d'água...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Da série: "a pergunta que não quer calar..." 97

O Rio de Janeiro amanheceu ontem horrorizado com a notícia de que bandidos rivais deceparam a cabeça de um traficante do Morro da Serrinha, na Zona Norte da cidade, e arremessaram na rua. Um fato bárbaro, chocante e que demonstra a extrema violência que tem marcado os confrontos entre os grupos que disputam o controle do tráfico de drogas na região.
A notícia foi destaque no rádio, na TV e nos jornais impressos. Mas um deles, o Meia Hora, escolheu um tom "bem humorado" para reportar o crime:

Sou fã do bom humor e de muitas das manchetes criativas do jornal. Mas fiquei me perguntando se, num caso como esse, cabe fazer piada...
E você, o que acha?
Comentaê!!!

PS.: Sem contar que eu acho um tremendo mau gosto estampar na primeira página - ou em qual página for - a imagem de uma cabeça cortada...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O questionário de um fim infeliz...

Como aceitar isso?
Como acreditar que o coração - que clama por mais e mais - está errado em seu querer?
Como convencer meus olhos a apagarem a imagem doce do seu sorriso lindo?
Como reprogramar meu cérebro para deletar a sensação de que falta você em tudo?
Como dizer ao meu corpo para esquecer do teu?
Perguntas sem respostas. Tolas perguntas de quem não se conforma com o destino que as coisas tomaram. Questionamentos típicos de quem se viu empurrado para uma encruzilhada cinzenta, num improvável desfecho de uma história que sempre pareceu tão cheia de cor...

A whole new world...

Funcionária adentra o recinto esbaforida. Chefe, bem humorada, interpela:
- Onde você estava, Alladin?
- Alladin? - espanta-se a colaboradora - Não sabia que você me achava um gênio...
- Não, querida! É que quando você some, eu não sei se você subiu no tapete voador e foi-se embora ou se resolveu se esconder dentro da lâmpada mágica!!!
Tem como não rir???

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Você tem medo de quê?

Experiência como vampiro em Halloween familiar faz blogueiro pensar nos medos da infância...

Nunca fui um moleque especialmente medroso. Tive a fase do medo do Papai Noel, figura que me assombrava em supermercados e shoppings, mas o trauma passou logo que meus pais perceberam que, definitivamente, não me agradava a ideia de tirar fotos com aquele velho barbudo e todo de vermelho.
Aí veio a fase do medo de dormir no escuro. Natural, acho. Atravessei-a sem grandes sobressaltos...
Depois, lá pelos 9 anos, um pesadelo terrível me fez passar a ter medo de dormir sozinho. Essa foi uma fase angustiante. Chorava e implorava para que meus pais me pusessem em seu quarto. E só nele - e com eles - eu conseguia dormir em paz. O tal pesadelo que me assombrou me colocava sozinho no mundo, depois que todos - absolutamente todos!!! - tinham morrido. O tormento durou uns três meses. E, logo depois, meu pai morreu, deixando-nos - eu e minha mãe - de fato sozinhos...
Foram esses meus medos. E escrevo sobre eles nesse Dia de Finados por conta de uma experiência que tive no último Dia das Bruxas. Minha família organizou uma festa - produzida mesmo, com antecedência - e a melhora na infecção da minha garganta contribuiu para que eu não faltasse à comemoração. Todos fantasiados, lá fui eu de vampiro: com presas afiadas, maquiagem especial e lentes de contato. Resultado: a criançada morreu de medo!!!
Achei graça e, vá lá, um tanto sádico, gostei de assustar os pequenos. Débora, filha de uma prima, só falava comigo de longe. Fã de fotografias, só se deixou fotografar ao meu lado depois que eu prometi não colocar "meus dentinhos" de fora. Miguel, também filho de uma prima, passou a noite me encarando de longe, morrendo de medo daquela figura pálida de vampiro. Chegou perto só no fim da noite, quando eu já tinha retirado as presas para poder comer em paz - aliás, só resta aos vampiros chupar sangue mesmo: comer com aqueles caninos é tarefa das mais difíceis!!!. E Duda, filha de amigos, fez uma advertência firme, com a disposição de quem estava prestes a me cravar uma estaca no peito: "Não me morde!".
Fato é que eu me diverti horrores. E fiquei pensando nos motivos que me impediram de ter medo de seres fantásticos quando tinha a idade daquela turminha. Nunca saberei ao certo. Mas talvez eu tenha nascido com a convicção, cá dentro de mim, de que, nessa vida doida, devemos mesmo é temer os humanos...
E você? Tem medo de quê?
Comentaê!!!

A eleição nos tempos do Twitter...

No começo do ano, quando o assunto dominante na rede dos 140 caracteres era o Big Brother Brasil, lembro de ter comentado que gostaria de ver tamanha adesão ao tema mais importante do ano: as eleições. E foi exatamente o que vi!
Estimulados principalmente por redes como o Twitter e o Facebook, que permitem comentários, réplicas e tréplicas inesgotáveis, os internautas brasileiros botaram a boca na web e opinaram sobre cada lance decisivo da campanha. No Twitter, não foram raras as vezes em que a lista dos tópicos mais populares traziam palavras relacionadas à disputa presidencial - desde #dilmanão a #serrarojas.
Mas o mergulho dos internautas brasileiros na política esteve longe de ter apenas aspectos positivos. Muitos falavam no assunto apenas para fazer graça e outros, tanto pior, utilizaram as ferramentas disponíveis na web para propagar preconceitos e boatos maldosos. Quem não recebeu uma avalanche de e-mails anunciando que um pastor fez nefastas previsões sobre um eventual governo de Dilma Rousseff? Quem não acumulou scraps - sim, o Orkut balança mas não cai!!! - de amigos criticando esse ou aquele candidato? Práticas lamentáveis que, além de invadir o espaço de cada um, revelam uma falta de educação sem tamanho.
Ontem, com a eleição definida, houve quem comemorasse o esfriamento dos ânimos. Comemoração precipitada: alimentados pela divulgação dos mapas da apuração, contendo informações sobre a votação de Serra e Dilma de acordo com a região do país, tuiteiros voltaram a gastar seus 140 caracteres para vomitar preconceitos. Eis alguns (tristes) exemplos:




Como disse no post anterior, essas eleições também trouxeram à tona um fortíssimo preconceito de classes. Gente que se acha numa posição privilegiada e que, frustrada com os rumos que o país toma, acaba se imaginando no direito de desqualificar o desejo da maioria. São intelectuais de quinta, que sequer sabem respeitar o princípio básico da democracia, que estabelece que o desejo da maioria deve ser respeitado e acatado como o desejo de todo o país.
Alguns dirão que a democracia também pressupõe o respeito à liberdade de expressão. E estão certos, claro! Mas liberdade de expressão nada tem a ver com demonstrações que beiram a xenofobia. Demonstrações que deixam claro o quanto ainda precisamos evoluir como povo. E, mais que isso, revelam que muitos de nós, pretensamente superiores e intelectualizados, ainda carecemos de valores humanos.

domingo, 31 de outubro de 2010

Porque a eleição de Dilma me faz feliz...

Primeira mulher eleita Presidente do Brasil, Dilma Rousseff conquistou cerca de 56% dos votos válidos
Já no início da cobertura das eleições, a imprensa falava numa campanha plebiscitária. PSDB x PT, disputando voto a voto o direito de comandar o país pelos próximos quatro anos. Acompanhei todo o processo com particular interesse - porque realmente gosto de política - e confirmo esse tom polarizado na disputa. Mas creio que ele foi muito além da briga entre as duas legendas mais fortes da jovem democracia brasileira...
O que vi ao longo dos últimos meses aponta para um país dividido. Um país marcado por preconceitos que, de tão profundos e arraigados, fazem-se crer inexistentes. Uma nação na qual parece ter valor apenas o saber da Academia, na qual só pode ter autoridade para representar sua população um orador fluente, capaz de dominar a língua e todos os seus meandros. Preconceito antigo, que há pelo menos 25 anos recai sobre Luiz Inácio Lula da Silva...
E esse foi apenas um dos preconceitos que desabaram sobre Dilma Rousseff desde que seu nome começou a despontar nas pesquisas de intenção de voto. "Ela fala mal", diziam uns. "É grossa", disparavam outros. "É feia", opinava outro grupo. Sem falar em outros comentários que, de tão pequenos, sequer merecem menção. Um lamentável show de preconceitos estampados na testa de muitos cidadãos.
Mas, na minha opinião, nada pode ser mais cruel do que o preconceito de classes. Sim, ele não só persiste como é muito forte. E, nessas eleições, surgiu sob uma lógica que apregoava, aos quatro cantos, que o Bolsa Família estaria "comprando os votos dos pobres" para a candidata de Lula. Argumentação tola e elitista, que, em momento algum, considera as substanciais melhorias na qualidade de vida de milhões de cidadãos brasileiros que, nos últimos oito anos, passaram a ter o "privilégio" de...comer! Argumentação de quem sente falta de um passado no qual a miséria era aquela ilustre desconhecida, escondida nos rincões do Jequitinhonha ou do Nordeste, abafada nas favelas das periferias do Sul e Sudeste, submersa sob as palafitas de quem só tem madeira e papelão pra chamar de lar.
E quem disse que é pouco ou menor votar pela continuidade de um governo que, pela primeira vez, proporcionou que famílias até então miseráveis tivessem garantido o direito à alimentação? Quem disse que esse voto não é legítimo?
Quem disse que é vergonhoso votar pela continuidade de um governo que fez avanços tão importantes no que diz respeito à diversidade? Governo que devolveu a crianças e jovens negros e pobres o direito ao sonho com um futuro melhor, com a universidade no horizonte?
Lá atrás, Lula falou que a Esperança venceu o medo. E venceu mesmo! Hoje, os 56% de eleitores que conduziram Dilma Rousseff ao mais alto posto da nossa República demonstraram claramente que gostaram de ter de volta a possibilidade do sonho. E que esperam um governo que faça mais e mais. Por todos! Mas, sobretudo, pelos setores da nossa sociedade que, historicamente, foram alijados das possibilidades de inclusão.
É com esses setores que me identifico. Por ser sensível à luta histórica desses setores votei, com orgulho, em Dilma Rousseff - nos dois turnos dessa eleição. E é por esses setores, por Dilma e por um Brasil cada vez melhor que me dedicarei a torcer daqui pra frente.