quarta-feira, 17 de novembro de 2010

RESENHA: Muita calma nessa hora...

Uma comédia jovem, cheia de momentos inspirados, e com participações especiais que, por si só, já valeriam o ingresso. Ingredientes que, somados à farta divulgação na TV e ao forte apelo de alguns dos nomes do elenco, justificam o sucesso de "Muita calma nessa hora", consagrado como a terceira maior bilheteria do final de semana prolongado.
A comédia é bem popular, sem grandes sofisticações de linguagem ou de roteiro. E esse não é um ponto negativo. A partir da viagem de três amigas que, por razões distintas, resolvem reinventar suas vidas em Búzios, "Muita calma..." oferece ao espectador um emaranhado de situações divertidas, estreladas por alguns dos maiores nomes da comédia nacional - como sabiamente anuncia o cartaz promocional do filme.
Nomes como Marcelo Adnet - genial como o paulista aficcionado por equipameeeeeeeintos eletrônicos, Maria Clara Gueiros, Leandro Hassun, Lúcio Mauro Filho, Luís Miranda e Heloísa Perissé, que emprestam graça à trama que, numa análise um pouco mais detalhada, é, sim, muito superficial. O mérito da equipe responsável pela produção foi ter sabido fazer com que esse elenco talentosíssimo "segurasse a onda" do filme, e não o deixasse resumido a uma sucessão de esquetes de comédia televisiva.
Entre as protagonistas, fica óbvio que Gianne Albertoni está lá pelo biotipo. E, obviamente, não desaponta nesse quesito. As demais - Andréia Horta, Fernanda Souza e Débora Lamm - têm mais tarimba e, certamente por isso tiveram mais sucesso na construção de suas personagens. Mas que fique claro: Gianne também não tem porque se envergonhar. Só fica evidente que está no início da caminhada...
Débora Lamm é um talento enorme - não é por acaso que sempre aparece nos trabalhos com a griffe de Bruno Mazzeo. Carismática, criou uma hippie que poderia se limitar aos estereótipos, mas tira proveito de todos eles para fazer rir. Uma bela atriz! É, ao lado de Marcelo Adnet e Luís Miranda, destaque no elenco.
"Muita calma nessa hora" é filme leve, despretensioso, e que traz frescor ao cinema brasileiro. Um cinema que "se acostumou" a tratar das mazelas do país, mas que precisa lembrar que o humor é uma das principais características do DNA brasileiro....

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