segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Você tem medo de quê?

Experiência como vampiro em Halloween familiar faz blogueiro pensar nos medos da infância...

Nunca fui um moleque especialmente medroso. Tive a fase do medo do Papai Noel, figura que me assombrava em supermercados e shoppings, mas o trauma passou logo que meus pais perceberam que, definitivamente, não me agradava a ideia de tirar fotos com aquele velho barbudo e todo de vermelho.
Aí veio a fase do medo de dormir no escuro. Natural, acho. Atravessei-a sem grandes sobressaltos...
Depois, lá pelos 9 anos, um pesadelo terrível me fez passar a ter medo de dormir sozinho. Essa foi uma fase angustiante. Chorava e implorava para que meus pais me pusessem em seu quarto. E só nele - e com eles - eu conseguia dormir em paz. O tal pesadelo que me assombrou me colocava sozinho no mundo, depois que todos - absolutamente todos!!! - tinham morrido. O tormento durou uns três meses. E, logo depois, meu pai morreu, deixando-nos - eu e minha mãe - de fato sozinhos...
Foram esses meus medos. E escrevo sobre eles nesse Dia de Finados por conta de uma experiência que tive no último Dia das Bruxas. Minha família organizou uma festa - produzida mesmo, com antecedência - e a melhora na infecção da minha garganta contribuiu para que eu não faltasse à comemoração. Todos fantasiados, lá fui eu de vampiro: com presas afiadas, maquiagem especial e lentes de contato. Resultado: a criançada morreu de medo!!!
Achei graça e, vá lá, um tanto sádico, gostei de assustar os pequenos. Débora, filha de uma prima, só falava comigo de longe. Fã de fotografias, só se deixou fotografar ao meu lado depois que eu prometi não colocar "meus dentinhos" de fora. Miguel, também filho de uma prima, passou a noite me encarando de longe, morrendo de medo daquela figura pálida de vampiro. Chegou perto só no fim da noite, quando eu já tinha retirado as presas para poder comer em paz - aliás, só resta aos vampiros chupar sangue mesmo: comer com aqueles caninos é tarefa das mais difíceis!!!. E Duda, filha de amigos, fez uma advertência firme, com a disposição de quem estava prestes a me cravar uma estaca no peito: "Não me morde!".
Fato é que eu me diverti horrores. E fiquei pensando nos motivos que me impediram de ter medo de seres fantásticos quando tinha a idade daquela turminha. Nunca saberei ao certo. Mas talvez eu tenha nascido com a convicção, cá dentro de mim, de que, nessa vida doida, devemos mesmo é temer os humanos...
E você? Tem medo de quê?
Comentaê!!!

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