terça-feira, 30 de maio de 2006

Furacão em Lisboa, ai Jesus!!!

Navegando pelo orkut - juro que não ganho nada pra falar desse site aqui, viu? - acabei me deparando com um link para download da apresentação de Ivete Sangalo no Rock in Rio Lisboa, que aconteceu nesse último final de semana. Nem pensei duas vezes... - sim, eu sei que pirataria é crime! Prometo que não vou sair vendendo cópias pra ninguém!
Logo na primeira música, confesso que senti um orgulho danado de ver/ouvir uma brasileira fazendo tanto sucesso lá na terrinha dos nossos patrícios. O público canta os hits da minha baiana preferida como se o espetáculo tivesse acontecido em qualquer canto de Salvador! Em tempos de patriotismo pré-copa do mundo, é legal ver um artista brasileiro bombando lá no Velho Continente. Li críticas que diziam que a popularidade da baiana lá é tamanha que sua foto estampava quase todos os out-doors e cartazes de promoção do evento!
Ok, essa é apenas a minha opinião; ninguém precisa concordar. Ok, não quero discutir qualidade de repertório. Ok, não quero analisar se a música da Ivetuda é ou não comercial. Ok, ela botou silicone recentemente. Ok, ela é linda, simpática, e canta muito.
Ah, como eu amo essa minha profissão!!!rs...
P.S.: Pra rapaziada, sugiro uma volta até a foto. Agora sim, aí! Pra encerrar essa passagem por aqui com chave de ouro, dêem uma conferida nas pernocas da muchacha! Quem disse que show é só música, hein? Hein? Hein?rs...

segunda-feira, 29 de maio de 2006

Orkut em crise???

Não tenho dados oficiais, e nem sei se eles existem. Até devem existir, mas a empresa responsável pelo site não deve disponibilizá-los. Bom, o fato é que tenho notado uma onda crescente de pessoas insatisfeitas com os rumos que o Orkut tá tomando. Muita gente deletando seus perfis, cansando da rede, apagando scraps e sendo infectada por vírus.
O Orkut é um bom brinquedo, não dá pra negar. Dá pra encontrar muita gente bacana que a vida tratou de afastar de nós. Dá pra conhecer pessoas novas - e pra ser reconhecido por elas também. Agora, acho que tem uma galera que não sabe usar o site. Aquele não é um espaço de bate-papo! Não dá pra contar a vida no orkut! Colocar telefone, locais que freqüenta, etc, é dar mole pro azar!
Tem muita gente de olho naquilo lá. Muita gente afim de fofocar; mas muita gente afim de coisa pior também. Outro dia uma policial aqui do Rio fazia um alerta desse tipo na televisão. Casos de polícia envolvendo o site de relacionamentos já não são raros. Então, tem que rolar uma certa prudência nos scrapbooks.
Por enquanto, não vou aderir à onda de orkuticidas. Mas continuo recusando estranhos que adicionam "do nada", continuo não clicando em links doidos e continuo deletando todas aquelas mensagens insuportáveis de bichinhos, bombinhas e afins! Se quisesse ver desenho, eu ligava minha tv no Cartoon e ficava numa nice...!
Ah, e se você chegou até aqui pelo link no meu orkut, seja bem-vindo!
Boa semana a todos, orkuticidas ou não!
[]s aos que são de []s, Bj pra quem é de bj!

domingo, 28 de maio de 2006

Tempo de espera

E de novo notava a criança ali, disfarçada num corpo adulto. Agora, adormecida; cansada da bagunça de um dia todo de farra.
E, também de novo, pensava na vida. Na nossa pressa sem fim; na ansiedade que corrói a beleza de esperarmos que coisas e pessoas aconteçam no momento em que devem acontecer.
E sorriu. Não podia garantir nada, claro. Mas sentia apenas que aquele era o momento.

Manual de instruções

Já disse algumas vezes que esse blog não é um diário. E reafirmo essa premissa! Mas, vez em quando, acontecem algumas coisas que merecem um texto. Como ontem. Reunião com amigos da época da faculdade, muitos outros presentes - que, por obra do destino, não tive a oportunidade de conhecer melhor na época em que estudávamos. Bom rever todos, bom rir com eles, bom saber que o tempo passou e que todos continuam tendo muito mais motivos pra rir que pra chorar.
De repente, alguém que não me conhecia tão bem diz que me imaginava muito mais sério do que sou. Apenas sorri e disse o que digo sempre:
- Sou tímido...até ter intimidade com alguém, sei que pareço muito sério...
A recém-colega não viajou na maionese não. Muitos dos meus amigos já tiveram essa mesma impressão. Outros, que já sabem que eu não presto mesmo, ainda estranham a minha seriedade na televisão, por exemplo. Tudo bobagem; não dá pra achar que vou tratar entrevistados como trato meus amigos mais íntimos, né?
Então, esse breve post serve de bula: não sou "muito sério"; sou um cara tímido, ok? E completamente normal: gosto de curtir a vida, de zoar com os amigos, de aproveitar as coisas boas que nos cercam.
Exatamente como todo cara de 25 anos!

sexta-feira, 26 de maio de 2006

I can see clearly now the rain is gone...

Como é bom voltar pra casa e encontrar quem a gente ama. Olhar pros mascotes e ter a certeza de um amor que é incondicional, de uma entrega honesta, sem exigências. Abrir nossos armários, sentir o cheiro das nossas coisas; olhar pra nossa cama, convite a uma noite perfeita de sono...
Na prateleira, que já começa a pedir arrego, mas um livro novo: a excelente biografia de Carmen Miranda, escrita pelo Ruy Castro. No armário, um perfume novo - gosto sempre de experimentar novos cheiros. Pra resumir, no quarto, um homem novo: refeito de um trabalho estressante que me consumiu por quase dois meses, satisfeito com o resultado de uma semana de trabalho em Sampa; feliz com as boas coisas da vida. E cheio de bons planos pra pôr em prática...
Ê coisa boa!!!
Lembram da chuva?
Pois é...passou!

quinta-feira, 25 de maio de 2006

Minha temporada em SP

Um frio danado aqui nessa terra da garoa! E, graças a Deus, encontrei uma cidade bem diferente daquela de duas semanas atrás. Há muita polícia nas ruas, mas também tem muita gente se divertindo, indo ao shopping, passeando pela Paulista gelada, com aquele vento que sopra e parece querer cortar nossa cara! Sinal de que o pior, felizmente, já passou!
O trabalho tem sido só prazer. Eu, que sou fascinado por história, estou ouvindo histórias fantásticas da época em que a televisão - outra grande paixão - dava os primeiros passos aqui no Brasil. Ontem, tive o prazer de gravar com a Vida Alves, a simpatia em pessoa! Ela foi a atriz que deu o primeiro beijo de novela da história da tevê brasileira. A novela era "Sua vida me pertence", uma produção de 1951, da TV Tupi de São Paulo.
Hoje, um dia inteiro na TV Cultura, conhecendo pessoas que fizeram questão de nos receber de braços abertos. Todos apaixonados por um mesmo projeto - a TV Rá-tim-bum - todos felizes com os resultados do trabalho. E felicidade pega, né?
No meio de tudo, ainda arranjei tempo pra conferir "O Código da Vinci". Muito bem produzido, locações primorosas...mas quem lê e curtiu o livro - como eu - sempre fica com a impressão de que faltou algum detalhe! Mas é um bom filme - só dispensaria a fuga em marcha-ré, em alta velocidade...
E não é que, aqui na Paulicéia, encontrei o meu amigo "Dicionário"? Bom papo, bela caminhada pela Paulista gelada...e o cara ainda é meu vizinho de hotel nos Jardins!!! Muro com muro! Se a gente quisesse combinar, não teria saído tão perfeito!
[]s, Gustavão!
[]s pros que são de []s,
Bj pra quem é de bj!
E até a volta, já na Cidade Maravilhosa!!!

terça-feira, 23 de maio de 2006

Os bastidores...dos bastidores!!!


Fotos de celular:
1- A vaga do "Homem do Baú" / 2- Hebe nos bastidores, e os seguranças / 3- Gravação rolando. No sofá, além da "Loiruda", Magic Paula e o jogador Denílson.
Logo na entrada já dá pra notar que estamos entrando no universo fantástico da televisão. O logotipo sobre a portaria serve de alerta aos incautos: aquela é a fábrica de sonhos do SBT. O tamanho e a estrutura do Centro de Televisão da Anhangüera impressionam mesmo os que já estão habituados ao mundo da televisão.
Nossa missão era registrar os bastidores da gravação do programa "Hebe". Chegamos no horário marcado. Caía uma chuva fina, típica de São Paulo. Paramos a van bem pertinho da entrada da recepção. Logo no desembarque, olho pro chão e me deparo com um estrela. Ali, pintada no asfalto. E descubro que, ao lado da nossa van, está parado o carro de Sílvio Santos. Enquanto eu faço o click daquela calçada da fama a la SBT- a foto vai ilustrar esse post assim que eu conseguir mandá-la pra cá - a equipe descarrega os nossos equipamentos. De repente, movimentação: homens de terno e rádio-comunicadores nas mãos estão correndo na nossa direção.
- O Sílvio Santos está saindo agora. Vocês podem, por favor, colocar o carro numa outra vaga?
Cena de filme mesmo. Esquema de segurança forte; aquela é uma das maiores personalidades do Brasil. A mesma cena se repetiria momentos depois, no início da noite, com outra estrela: Hebe Camargo. Obedecemos e seguimos em frente...
Como disse, chovia. Já estávamos esperando no estúdio o início da gravação - de Hebe, porque nós já havíamos gravado bastante. Até que um cinegrafista do SBT me informa que a primeira dama da televisão brasileira está presa num engarrafamento. Famintos, Érika - a produtora - e eu resolvemos lanchar. Corremos. Ficamos sabendo que um carro cheio de seguranças partiu ao encontro de Hebe. Comemos. Voltamos. Na entrada do prédio, o carro preto chega em alta velocidade. E se repete a cena: seguranças bem vestidos saltam das quatro portas, rapidamente. Um deles abre um guarda-chuva. E desce a estrela. Ela corre. E nós, também. Precisamos voltar para nossos lugares - reservados pela atenciosíssima produção do programa na segunda fila do auditório.
Minutos depois, a orquestra dá os primeiros acordes do tema do programa. A platéia - recheada daquelas típicas senhorinhas fãs da loiruda - vai ao delírio. As luzes traçam um balé sobre o palco - e sobre o indefectível sofá, a outra grande estrela da atração. E surge a dona da festa: Hebe Camargo, pioneira da televisão brasileira, radiante para comandar mais uma noite de festa!
Olho para Celso, nosso cinegrafista, já atracado com a câmera apontada para Hebe e para a movimentação - frenética, aliás, dos bastidores. Ali começava mais uma noite de trabalho pra gente também...

domingo, 21 de maio de 2006

Hasta Luego

Quem já viveu as alegrias de um dia feliz sabe que ele sempre passa rápido. Mas é intenso também. Risos, beijos, abraços, piadas, papos sérios, comida, cultura, abobrinhas, buracos mil na pista, compras...e, quando a gente se dá conta, percebe que os ponteiros do relógio correram mais do que gostaríamos que corressem. Coisas da vida! Talvez esse seja o segredo pra que a gente siga sempre buscando mais um dia perfeito: ficar com aquela vontade boa de que aquelas vinte e quatro horas durem mais e mais...e mais! Cheios de lembranças boas que chegam a apertar o peito...
Bom, tô indo viajar a trabalho. Posts podem acontecer, mas em edição extraordinária, sem periodicidade pré-estabelecida...
Espero que todos tenham tido um início de semana tão bacana quanto o meu foi; que toda a semana siga no mesmo clima. E também espero que esses cinco dias passem voando, porque já tô com aquele gostinho de quero mais...
[]s aos que são de []s, bjs aos que são de bjs!
E até a volta!

Parcial / Charadas Musicais

Bom, a resposta da última charada musical , a segunda do concurso, é "O Sol". A música é o mais recente sucesso do Jota Quest. E nossa enquete ficou assim:
- Rodrigo Caixeta: 2 pontos
- Erica e Dicionário da Mente: 1 ponto
Quem não fez pontos ainda tem chance! São 5 etapas!
Fiquem ligados aqui no Babelturbo!!!
[]s e parabéns ao vencedor dessa etapa!

sexta-feira, 19 de maio de 2006

Pra minha amiga Flor...

A morte é algo que não entra na minha cabeça. Mesmo! Quem já me conhece sabe a razão disso e sabe também que essas notícias sempre me abalam.
Como num passe de mágica, lá se vai muita coisa: a chance de abraçar, de sentir o cheiro, de ver o sorriso e de rir junto, de jogar conversa fora, de chorar no ombro, de pedir e de dar conselhos, de lembrar das coisas boas da vida e de, juntos, lutar pra superar os momentos ruins.
Hoje, uma das minhas grandes amigas tá passando por essa dor. Uma dor que parece querer dividir a gente em dois; em milhares de cacos de gente. Um vazio que nunca mais se preenche; com o qual apenas tentamos aprender a conviver...e esse é um aprendizado sem fim!
Flor, minha amiga querida, que seu irmão possa descansar; que possa trilhar caminhos de luz e encontrar - onde quer que ele esteja - as explicações que não temos aqui para entender as razões de tantas coisas tristes que nos acontecem.
E que Deus te dê força, Florzinha, pra encontrar nas lembranças alegres - que devem ser muitas - a forma de matar as saudades do teu irmãozinho.
Conte comigo, viu?
Bjão e fique com Deus!

quinta-feira, 18 de maio de 2006

My words are my gift for you

Palavras apenas. Um conjunto delas formando uma pequena frase. Uma pequena frase que, ouvida ali, de surpresa, era grande o suficiente pra lhe tocar direto no coração.
Sorriu. Respondeu com outra frase curta e afetuosa, como aquela que, momentos antes, tinha surpreendido seus ouvidos.
Queria ter dito mais. Queria ter podido dizer que estava começando a acreditar de novo em tudo. Acreditando naqueles velhos sonhos; nos planos de antes e que voltavam a ser planejados. Acreditando numa história que seria bonita, e que poderia, sim, não terminar. Que seria incapaz de magoar, de fazer sofrer. Queria ter dito que estaria sempre perto, zelando, confortando, acariciando e cuidando para que tudo de bom sempre rondasse seus destinos.
Queria ter dito, por fim, que esperava que aqueles dois destinos se tornassem, então, um só. E que já sentia que, se isso acontecesse, o "para sempre" típico das histórias de amor ainda seria pouco tempo...

quarta-feira, 17 de maio de 2006

As agruras da produtora de voz potente...

Os dias têm sido curtos pra tanta coisa que anda acontecendo lá no trabalho. Estamos na maior correria para produzir uma série de reportagens sobre a televisão, e a balbúrdia impera na redação! Produtoras tentando marcar gravações com personalidades importantes na história da tv; reuniões para a definição de como vai ser cada matéria e, além de tudo, a produção paralela de outras 30 reportagens, de outros temas. E mais tudo o que envolve um programa diário e ao vivo: convidados chegando, matérias editadas que precisam ser assistidas previamente, etc...
Nesse cenário de caos completo - e de produção efervescente - eis que, milagrosamente, faz-se o silêncio. Uma produtora, grande amiga de voz potente, está ao telefone. Segundos antes, tinha olhado pra mim e dito:
- Vou tentar agora ligar pra TV Record em São Paulo...
Coitada! Muita coisa na cabeça. Milhares de pessoas falando, milhares de ligações por fazer. E, depois de fazê-las, mais um punhado delas a executar. É preciso ter autorização de 300 departamentos até que se consiga a palavra final para gravar uma entrevista com algum artista da Tv...nada é simples! E tudo é confuso!
Pois então. Lá está a produtora de voz potente ao telefone. Silêncio total na redação. Do outro lado da linha, alguém atende a ligação. E ela emenda:
- Alô! É do SBT?
Alguém responde. Claro, não era do SBT. E ela argumenta:
- Nossa, é claro! Imagina...é que são tantas ligações...queria falar com a produção do programa do Roberto Justus...
Sorri. Fiz um sinal pra ela, só pra pertubar, indicando que eu tinha percebido o mico ali, em seu habitat natural. Ela sorriu também.
Minutos depois, a mesma produtora tem uma nova missão: marcar uma entrevista com uma famosa atriz da TV, que participou de um programa infantil chamado "Capitão Furacão", nos primórdios da TV Globo. O personagem-título era interpretado pelo ator Pietro Mario Francesco.
Até aí, tudo bem. O problema é que, no meio do caminho da produtora de voz potente estava um outro programa infantil; o "Capitão Aza", que era interpretado pelo ator Wilson Vianna, morto em 2003. Pois bem, no meio de tantos capitães, e solidária na conversa com a atriz, a produtora da voz possante lamentou:
- Pois é, uma pena que o Wilson faleceu...
E a atriz:
- Mas eu não trabalhei com o Wilson!!!
A produtora, sem perder o rebolado:
- Claro, claro...mas é triste que ele tenha morrido, né?
Por essas e outras é que acho que, muitas vezes, os bastidores são a melhor parte de um programa de televisão.
E que bom que essa minha amiga da voz possante e do coração de ouro sabe rir de si mesma. Ela me contou o diálogo com a atriz e tornou possível esse texto. Gente que se leva muito a sério é meio chato, né não?

terça-feira, 16 de maio de 2006

Mais um troca-troca no SBT...

Do jeito que as coisas mudam por lá, não é de se espantar se eles aparecerem assim no ar...

Pois é... quando todo mundo pensava que tudo já tinha mudado o suficiente, Ancelmo Gois publica no Globo de hoje que Sílvio Santos vai mudar tudo no SBT pela enésima vez. Ratinho, que estreou novo programa às segundas no última dia 8, vai para as noites de sábado. E Hebe, que estava de castigo nos sábados à noite, voltará ao seu horário habitual - as noites de segunda - já no início de junho.
É esperar pra ver se até lá tudo não muda. De novo...
PS.: E não é que o Ratinho ficou "uma gracinha" de Hebe???
PS2.: E não é que o blogueiro tá aprendendo a fazer montagens toscas???

domingo, 14 de maio de 2006

O doce mistério da vida*

Não havia como negar que não era mais a mesma pessoa de anos antes. Coisas tinham acontecido numa quantidade e numa velocidade absurdas. Sentimentos tinham surgido e se extingüido, pessoas tinham cruzado seu caminho como furacões; outras como a brisa do mar. Umas deixaram muito, outras levaram muito. Mas todas contribuíram para que se tornasse daquele jeito. Seus olhos, ora tristes, ora olhos de esperteza; traduziam todas essas mudanças.
E traduziam, além delas, a força de quem não cede e nem esmorece diante dos desafios - por mais radicais e insuperáveis que pareçam. Traduziam que aquela alma encarava tudo que a vida reserva como uma grande surpresa. Como uma caixa a ser aberta.Uma alma que torcia para que, como no filme, a vida fosse sempre como uma caixa de bombons...
*O título foi extraído de uma música homônima gravada pela Bethânia.
* O vitral que ilustra o post - "Fortaleza" - foi googlado. O link é esse.

Cena triste de domingo...

Domingo frio, cansado depois de um dia de festa, resolvo ficar em casa vendo TV. Fantástico. As notícias sobre a situação da segurança pública em São Paulo assombram bastante. Triste realidade...
Mais triste, só o choro inconsolável da mãe e do filho do bombeiro morto durante essa série de ataques na capital paulista. Em pleno dia das mães, ver aquela senhora chorando sobre o caixão de seu filho, dilacerada por uma dor tão violenta, foi muito triste mesmo!
[]s a todos e que venha por aí uma semana cheia de alegrias...

sábado, 13 de maio de 2006

Pra ela...

Até hoje ela conta, vira e mexe, que passei da hora de nascer. Que estava sentado em seu útero. Conta das aflições de quando engoli uma moeda que quase me matou, e de quando me afoguei na piscina.
Até hoje ela se preocupa quando saio. É capaz de me avisar pra não aceitar nada de estranhos; sem notar que o menino de tempos atrás já é um homem de 25 anos! Até hoje noto o brilho em seus olhos toda vez que algo de bom me acontece, como da primeira vez em que ganhei uma estrelinha na escola por ser bom aluno.
Quando meu pai faltou, fez-se duas, quatro...mil! Para que não me faltassem o carinho nem os motivos para sorrir; pra que os maus caminhos não mudassem o meu destino. E batalhou. Batalhou muito pra me dar conforto, pra me dar educação. Quando falhei e não ouvi seus conselhos, resignou-se. Depois, sofria junto comigo as conseqüências, ciente de que era aprendizado meu.
Olho pra ela e sinto todo o amor que tem me dedicado ao longo de todos esses anos. Só no olhar sinto também que é quem mais presta atenção em mim; quem mais torce para que as coisas tomem sempre os melhores rumos. Olho pra ela e vejo alguém que dedicou a vida toda a me preparar, a me ensinar as regras do jogo da vida.
Olho pra ela, minha mãe, e vejo um exemplo de mulher, de filha, de amiga. Vejo quem mais me ama nesse mundo, e quem eu mais amo também.
Alguém a quem eu também não quero deixar que faltem os motivos pra sorrir...
Mãe, parabéns pelo seu dia!
Parabéns, também, a todas as mamães que passarem aqui hoje!
Bjs!

Sobre "O caçador de pipas"...

Estou lendo essa bela obra de estréia do Khaled Hosseini. Comprei dois livros de cara: um para uma amiga que fazia aniversário, e outro pra mim. E acabei me dando um excelente presente! Há muito tempo que não lia algo tão sensível, tão bonito mesmo, sobre as relações humanas...
Lembro de, na infância, ter lido um livro chamado "O veleiro de cristal" (Jose Mauro De Vasconcelos), pra um trabalho da escola. É a história de um menino com deficiências, que faz da fantasia uma grande aliada para superar todas as dificuldades de seu cotidiano. Quando li, creio que não tinha nem 10 anos. Mas carreguei aquelas impressões aqui dentro por muito tempo - e, ainda hoje, percebo que as trago comigo.
Agora, lendo as aventuras de Amir e Hassan, sinto que encontrei um livro que retrata esse mesmo universo de sentimentos: amizade, devoção, lealdade. E me senti de novo embarcando no velho veleiro da minha infância. Uma viagem cheia de saudade de um tempo bom demais!
Recomendo os dois livros. Sendo que "O veleiro de cristal" é infanto-juvenil, pra quem tem filhos, primos, afilhados e irmãos pequenos. Ou para os que acham que sentimento não tem idade...

quinta-feira, 11 de maio de 2006

Despertar

A manhã fria e cinzenta dava os primeiros sinais de que aquele seria mais um dia daqueles. Frio, triste até. O edredon cumpria bem a função de impedir que o frio interrompesse seu sono. Aliás era lá, no meio do sono, que encontrava o calor de que precisava.Era um calor diferente. Não esquentava apenas os pés gelados ou a ponta do nariz.
Era um calor que esquentava dentro do seu peito, onde aquele coração descrente dessas coisas ainda morava. E batia. Era um calor que fazia reluzir em seus olhos a velha chama que só quem crê sente arder. Uma chama que transforma pequenos instantes em longas lembranças; gestos sutis nas maiores e mais tocantes provas de carinho e ternura. O calor dos que gostam...
Quando o som do despertador ecoou pelo quarto gelado,espreguiçou-se e logo se desvencilhou do velho edredon. Agora já se sentia mais confortável vestindo apenas a própria pele...

terça-feira, 9 de maio de 2006

Agruras de um repórter...

Cheguei para cobrir o seminário sobre telejornalismo. Como manda o manual do bom jornalismo, pauta bem estudada, perguntas previamente elaboradas. Tudo certo. Só faltou um detalhe: pensar que um dos entrevistados - representante da Rede de TV Al Jazeera - não falaria português comigo...! Bom, errar é humano, e quando saquei que tinha vacilado, corri pra traduzir minhas perguntas pra língua do Tio Sam e da Rainha. Peço um tempo para a produtora. Sim, mais de seis meses sem dizer uma única palavra em inglês resultam nisso. Traduzi a primeira e parti pra segunda e última pergunta da pauta (sempre prezei a objetividade e, naquele momento, agradeci a Deus por isso!). Eis que me deparo com um verbo. E não acho o equivalente em português. Paro, coço a cabeça e...nada! Respiro fundo, começo a buscar sinônimos e...a produtora bate no meu ombro:
- Murilo, he is Gabriel!
Como não ficaria bem dar uns sopapos na minha amiga ali, na frente de todo mundo, sorri e cumprimentei o entrevistado. De cara expliquei minhas dificuldades com o inglês (precisava ganhar a simpatia dele!!!). E, enquanto a equipe ajustava os equipamentos, iniciei aquele papo pré-gravação. E...ponto pra mim! Descubro que o cara é filho de um mexicano e, si, habla español! Não vi minha cara nesse momento, mas tenho certeza de que a expressão era de total alívio! Combinei de gravarmos em espanhol, ele concordou na boa. Meus problemas estavam resolvidos!
Recebo o ok do cinegrafista. Começamos a gravar. Faço a primeira pergunta de pronto, toda em espanhol, traduzindo em tempo real (como aqueles tradutores da festa do Oscar!!!). O cara olha pra mim, sorri e...RESPONDE EM INGLÊS!
Como não ficaria nada bem dar uns sopapos no meu entrevistado ali, na frente de todo mundo, sorri e apelei a todos os santos pra que me ajudassem a traduzir a segunda pergunta. À essa altura, já achava que preciso ser ainda mais objetivo! Droga! Pra que duas perguntas???!!!
Nem prestei atenção no que ele me respondeu...! Mas o tal verbo apareceu, eu traduzi e consegui levar a entrevista até o fim.
Quando acabou a gravação, nova sensação de alívio. E vem o operador de áudio, sorrindo, me dizer:
- Pra mim não valeu não, viu?
Eu quase matei o cara! Como assim? Não tínhamos gravado a entrevista? Ele riu:
- Não, não é isso! Não valeu porque eu não entendi nada.
Foi minha vez de rir. Afinal, pra mim também não tinha valido...
Rindo da minha desgraça, né? Então aproveita pra dar seu palpite na charada musical. O vencedor vai ganhar um prêmio bacaninha! Clique aqui e participe!

segunda-feira, 8 de maio de 2006

Ela vai voltar!!!

Não dá pra negar que, vira e mexe, os autores de novelas piram na batatinha. Hoje, lendo a Patrícia Kogut, descobri que a Bia Falcão está viva. Quer dizer, apenas confirmei a suspeita; já que ninguém levou muita fé na morte da arqui-vilã da novela das 8. O problema é que a megera volta do nada, já no próximo dia 15, como se nada tivesse acontecido. Como se nem soubesse que foi dada como morta!!!
Suspense? Sim! Ponto pro Sílvio de Abreu. O problema é que, muitas vezes, na hora de solucionar esses mistérios, a solução nem sempre é inteligente. Nem sempre é lógica. E o público fica se sentindo assim...otário, otário! Bom, num rápido debate aqui na redação, uma amiga lançou sua aposta. Bia volta do nada, realmente. Sem nem saber de tudo o que se passou. Afinal, coitada, ela é vítima do Mal de Alzheimer...!rs
Bom, seja lá qual for o álibi que o autor encontrar, pelo menos teremos o prazer de ver a grande Dona Fernanda na telinha de novo!
E se você veio palpitar na Charada Musical dessa semana, clique aqui e boa sorte!!!

domingo, 7 de maio de 2006

Valeu, doutor!

O sorriso e a voz alta do palhaço me despertaram. A voz jovem pedia um "bom dia" mais animado. Meus companheiros de viagem no ônibus lotado - ora convertido em auditório - responderam, empolgados. Ainda sonolento, estranhei aquele cara maquiado, às 10 da manhã, dentro de um ônibus rumo ao Centro da cidade. Mas a estranheza logo deu lugar a uma admiração. Verdadeira, profunda. O cara, que logo bagunçou o coreto e sacaneou quase todo mundo, pedia uma ajuda pra umas das instituições de trabalho mais respeitável no Brasil: os "Doutores do Riso".
A alegria daquele cara, sua espontaneidade, seu despojamento, e a nobreza daquela sua atitude; tudo isso me fez pensar em como o mundo seria melhor se todos fizessem sua parte. E que, certamente, alguém em algum lugar vai poder recompensá-lo com muito mais que algumas moedas.
Toda aquela farra no ônibus fez com que o meu dia começasse melhor, tenho certeza. Graças a alegria e a beleza do gesto do doutor palhaço.
E é assim que espero que essa nova semana seja para todos: muito melhor!
E se você veio aqui pra palpitar na charada musical, clique aqui!
[]s!

sábado, 6 de maio de 2006

Qual é a música?*

Uma caminhada marcou o início de uma nova fase em sua vida. Sem dores e sem medos que não levavam a lugar algum - que nunca levaram ninguém a lugar algum. As vozes; da dor e do medo;aquelas vozes de sempre ainda cochichavam algo, vem em quando, em seus ouvidos. Tal qual os diabinhos dos desenhos animados o fazem. Em vão. Decidiu não mais escutá-las - e não havia registro de vez em que houvesse voltado atrás depois de uma decisão tomada.
Queria um novo tempo. Olhou para o horizonte e lá estava o maior e mais brilhante convite para um destino novo. Cheio de luz, calor e...felicidade!
* Esse post é a segunda parte do desafio das charadas musicais. O texto é baseado numa música que fez (ou está fazendo) muito sucesso. Quem acertar - colocando seus palpites nos comentários - acumula pontos. No final da gincana, o vencedor ganhará um CD. Se chover muito na horta dos promotores da competição, pode ser um DVD! O concurso vai ter cinco etapas. Elas sempre seguirão o modelo de um texto remetendo a uma canção, e os posts virão sempre acompanhados dessa ilustração da nota musical aqui do lado. Se você ainda não acertou nada, ou se nem participou da primeira etapa, corra! Ainda dá tempo de virar o jogo!
As etapas não têm uma periodicidade definida.Então, a manha é ficar ligado aqui no Babelturbo, ok?
[]s e Boa Sorte!

Martelo batido

E aí, turma?
Bom, esse post é só pra avisar que a primeira etapa do sensacional concurso das charadas musicais está encerrada! A resposta certa era: "Se eu não te amasse tanto assim", de uma certa cantora baiana que o blogueiro aqui acha um espetáculo. Bom, marcaram pontos:
- Rodrigo Caixeta
- Dicionário da Mente
- Erica
Os eventuais votos que chegarem a partir desse momento serão desconsiderados, certo?
Parabéns aos vencedores da primeira rodada. O próximo desafio vem aí, fiquem ligados!
[]s!

sexta-feira, 5 de maio de 2006

2em1

E quando ninguém mais esperava que algo pudesse acontecer para juntar de novo aquelas duas histórias numa só, a vida veio e surpreendeu de novo. Sorrateira, como é de seu feitio, agiu para que o enredo - que parecia já ter rendido todas as emoções possíveis - ganhasse novo fôlego.
E tudo era mesmo novo. Agora as coisas pareciam começar do começo, devagar como deve ser. Ansiedades dosadas, carinho desmedido, amizade sem fronteiras.
E tudo era vivido: do breve caminho até o destino em comum até as noites de amor intenso.
E tudo era presente: cada instante juntos aproveitado ao máximo.
E tudo era futuro: planos mais fáceis de realizar.
E tudo parecia ser apenas fruto da união daquelas duas histórias numa só...

quinta-feira, 4 de maio de 2006

Making of

Quem não conhece os bastidores de um programa de televisão ao vivo não faz idéia da tensão que ronda o ambiente. Por trás de apresentadores simpáticos e sorridentes, há toda uma equipe antenada em milhares de detalhes: luz, enquadramentos, áudio, tele-prompter...! Uma infinidade de peças que, uma vez encaixadas, dão forma ao produto que se vê no ar.
Num programa com interatividade, como o "Salto", uma das peças é o telefone. Os cursistas - que compõem uma audiência fiel - telefonam e são atendidos por uma equipe pedagógica. Passam suas informações; nome e estado de onde estão falando. Feito isso, o apresentador recebe essas informações - pelo ponto-eletrônico - para chamar o participante. O apresentador não conhece o teor das perguntas que chegam por telefone, o que faz dessa interação algo muito espontâneo; desafiador até. Nesse momento, é preciso prestar muita atenção no que diz o cursista, para evitar que a pergunta deixe de ser respondida na sua totalidade...
Na semana passada, no último programa de uma série sobre a Literatura, achei que todos os imprevistos já tinham acontecido. Falhas no tele-prompter, pane no ponto-eletrônico, problemas com ligações telefônicas...até mesmo um convidado me pedindo pra cantar uma música no encerramento de uma das edições! Achava que tudo de inusitado já tinha acontecido. Que nada! Na sexta-feira, momentos finais do programa, sou avisado de uma ligação do Tocantins. Chamo a cursista pelo nome e ela diz, simpática:
- Boa noite, Murilo! Eu quero dizer que você é muuuuuuuuuito lindo!
Juro que durante os três segundos seguintes eu queria sumir! Podem dizer que é incoerência ser tímido e trabalhar na televisão, mas sou assim! Senti o rosto ficar quente - sem maquiagem, teria ficado vermelhíssimo! Mas durou só três segundos, no máximo. Respirei, sorri e me concentrei na pergunta que vinha do Tocantins. Afinal, o show tem que continuar...

Cara de um...

Não quero ser venenoso não...mas, cá pra nós, esse ministro dos hidrocarbonetos da Bolívia não parece MUITO com aquelas tradicionais carrancas do Rio São Francisco???
Eu hein! Será que a gente pode acusar a Bolívia de plágio???