sábado, 31 de março de 2007

Sobre o fim do confinamento...

83 dias atípicos: 83 noites em claro, 83 manhãs de sono, 83 madrugadas de produção intensa e, vá lá, algumas cochiladas fora de hora! Parece a visão do inferno, mas não foi. Longe disso! Meu período "confinado" no PA do BBB (o ponto de apoio à produção do programa) é, definitivamente, uma época que nunca vou esquecer. Primeiro, pela experiência num novo veículo - tão massificado, a ponto de registrar 50 milhões de acessos num único dia. Difícil pensar que um dia tanta gente poderá voltar a ler uma linha do que eu venha a escrever...
Inesquecível, também, pela diversão. E digo diversão de dois tipos: a proporcionada por essas 16 figuras que toparam o desafio de ficar na "casa mais famosa do Brasil"; e a propiciada por uma infinidade de outras figuras, partes da equipe que faz (e se diverte) com um dos sites mais acessados do país.
Gostei muito! Mesmo! Parto de férias até um pouco triste, porque queria concluir minha aventura até o final, até que o R$ 1 milhão que mobilizou todo o país ao longo desses 3 meses tivesse seu destino revelado (ou comprovado, caso se confirme o favoritismo do participante que, até aqui, parece ter caído nas graças do público). Mas também saio aliviado, com a certeza de que voltarei a dormir, a malhar, a ter vida social. E, ainda, com a certeza de que não faltarão oportunidades para rever - e rir novamente - com essa turma boa.
Por ora, um até logo. Para os coleguinhas de aventura na Globo.com (incluindo você, Diogão, amigo de madrugas, leitor atencioso e o maior descolador de links interessantes de que tenho notícia). Até logo, também, para os leitores do B@belturbo. Exausto, o blogueiro parte em instantes para uma semana de férias. No período, acho pouco provável postar qualquer coisa (até porque, convenhamos, ando meio cansado de internet). Mas, ao retornar, prometo retomar a programação normal.
Então, boa semana a todos, obrigado pelas visitas e voltem sempre!
[]s pra quem é de []s, e Bj pra quem é de Bj!

Vã suposição

E de repente, veio uma saudade grande...saudade de um tempo outro, de outros lugares, de outros cheiros, de outro abraço. Sem razão de ser, tomou-lhe de assalto e doeu em seu peito. Lá no fundo, bem naquele lugar em que ficam os sentimentos que a gente já supõe mortos. Vieram em cascata, do peito para a mente; dela para os olhos. E, em forma de lágrimas, chegaram ao seu rosto.
De todas as saudades que há, pensou, a pior é aquela do que não se pode ter. Talvez, pela certeza de que nunca será superada. Ou - e acreditava mais nessa hipótese - porque, de fato, nunca se teve aquilo de que se sente falta.
Respirou fundo. De fato, ainda não havia chegado o seu dia...

quinta-feira, 29 de março de 2007

Eu sei de onde você me lê!!!

Atenção você, que me lê de Teresina! Aquele abraço! Alô, alô, leitores de BH! Abração! Salve turma de Duque de Caxias e Nilópolis! Visitantes de Valbom e Quarteira, em Portugal, grande e forte abraço para vocês também, ó pá! E, é claro, o carinho de sempre pra toda a cariocada que visita, comenta, acessa, indica e linka esse humilde blog aos seus blogs! E um pedido: que tal deixaram aqui, nos comentários, uma identificação? Seria bem bacana conhecer essa turma que visita o B@belturbo!
Pois é, para saber a quantas andam os acessos ao B@belturbo, assinei um serviço do Google que monitora as visitas a este endereço. Na verdade, eu esperava bem pouco: apenas um contador de acessos (como o que, outrora, havia lá no rodapé da página, e que foi sumariamente deletado desde que migrei para o "novo" blogger). Mas o tal do Analytics gerou muitas descobertas! Além de indicar a posição geográfica de meus leitores - isso mesmo, não inventei aquelas cidades do parágrafo anterior não!!! - a ferramenta me mostrou que, mesmo com esse nominho complicado, mais de 75% dos leitores digitam o http://www.babelturbo.blogspot.com/ direto em seu navegador. Blogs amigos como o "Parece que bebe" e o "Ideas a Mil" também geraram visitas a este diário recentemente. Beijos para Érika e Tatiana, blogueiras e amigas! Sem falar da turma que chega aqui via orkut, origem de cerca de 5% das visitas.
Não é pra qualquer blogueiro ficar besta? Pois é...fiquei!
Da mesma forma que o músico toca buscando ouvidos que se deliciem com sua arte; do modo que o pintor cria formas que despertem olhares para suas telas e do mesmo jeito que o ator representa para a platéia; ninguém escreve para não ser lido. Creio muito nisso. E é bom demais quando alguém nos lê, bom quando gosta - ou não - do que escrevemos; quando se emociona, quando comenta...
A todos, obrigado! Pela leitura, pelas visitas - silenciosas ou comentadas. E pelo prazer de saber que, até em alguns inimagináveis cantinhos do planeta, tem gente interessada em saber o que se passa na conflituosa, poluída e boba, muito boba, mente do blogueiro aqui!
Valeu mesmo!
[]s pra quem é de []s e Bj pra quem é de bj!

domingo, 25 de março de 2007

Sim, eu rejeitei Daniela Mercury!!!

Numa breve folga no início de uma madrugada de trabalho, você resolve aproveitar os (rápidos) momentos de refresco para arejar a mente e desanuviar um pouco da tensão. Aí, você acessa seus e-mails. Aí, você abre o seu orkut. E acha um pedido de adição à sua lista de amigos. Vindo de...Daniela Mercury!!!
De tão patética, a situação chega a ser engraçada! Alguém que se faz passar pela cantora baiana me adicionou como amigo! Logo eu, que até gosto do repertório de Daniela, mas... prefiro o carisma, a simpatia e a alma entertainer de Ivete!
Bom, cliquei em não. Não sou do tipo de pessoa que quer ter um cover em sua lista de contatos. Aliás, deixo o espaço dela para alguém que, de fato, eu conheça. Ou que, de fato, me conheça.
Dias depois, lá estava ela de novo! Insistente! Novo scrap, que dizia qualquer coisa, mas que poderia repetir os versos da célebre canção da estrela ( a verdadeira, claro): "Não, não me abandone...". Me chamando de lindo, reforçava o pedido para que eu a aceitasse. E eu reforcei a negativa!
Mas, movido por um espírito voyeur (será que esse lance de BBB contagia?), e, também, estimulado por uma coleguinha de redação, resolvi dar uma espiadinha no perfil da minha ex-quase-futura-amiga. Nos recados, várias pessoas perguntando a razão de terem sido incorporadas à sua lista de contatos. Um ou outro regogizava-se: "Meu Deus! É a mais maravilhosa, absoluta e fantástica cantora me adicionando!', vibrava um tal rapaz. Coitado...
Fui para as fotos. Bem escolhidas, tinham até um certo quê de imagens de arquivo pessoal. Coletiva em Lisboa, show aqui, evento acolá...até que meus olhos - e os de minha perspicaz amiga - se voltaram para uma foto. Daniela - a verdadeira, claro - ao lado de um dos nomes mais conhecidos do showbizz mundial. Mas a legenda, ah...a legenda! Não deixava dúvidas de que eu tinha agido certo, deletando a Daniela Mercury genérica que tinha invadido a minha vida por duas vezes em menos de uma semana. Ali, debaixo da foto com o ex-Beatle, a moça escreveu: "Eu e Paul Macartein".
De doer, né? Faria naufragar até o "Yellow Submarine"...

segunda-feira, 19 de março de 2007

Estrela, estrela*

Não sabia de onde essa esperança teimosa vinha. Porque, sim, ainda vinha! Talvez, de algum livro, de alguma história com final feliz ou de um daqueles filmes que a televisão mostra de tarde. De certo, só o cansaço da falta de um brilho que lhe ofuscasse os olhos, de tão próximo. De um brilho que iluminasse seu caminho, que orientasse seus passos. E, de certa forma, desse sentido a eles. Brilho que lhe esquentasse o peito e que, quando apagado, resultasse num mergulho no breu da saudade. Não aquela, que experimentava ali, olhando para o céu. Queria, agora, saudade da boa...
Livre para viver a alegria de dar amor, parecia não ter a sorte de recebê-lo. Os acordes do piano na canção em idioma desconhecido, o vento balançando as folhas das árvores, a aranha quieta em sua teia; tudo parecia apontar para essa verdade.
Pensou nessa tal verdade, sua inimiga desde sempre, enquanto olhava as estrelas do céu. Mesmo a menor, a mais longínqua, a mais isolada delas tinha seu brilho. Tantas e tão lindas, tão brilhantes. Sempre atraindo olhares. E, ainda assim, condenadas à sorte de um brilho solitário.
Injustiça, pensou. Tanto brilho e tanta solidão. Tanta beleza para mostrar a olhos que só viam parte e não o todo. Queria mais, bem mais. Esperava mais...
*Título extraído da canção homônima gravada por Maria Rita

sexta-feira, 16 de março de 2007

Cannonball

Adorei a música desde o primeiro dia em que a ouvi. Aliás, o cd de estréia do Damien Rice é muito bom!
Curioso é notar que tanto tempo se passou e, hoje, me descubro novamente apaixonado pela canção. Em especial, por dois belos versos: Ainda há um pouco de sua canção em meu ouvido / Ainda há um pouco de suas palavras que eu desejo ouvir. Mas o conjunto todo é belíssimo...

there's still a little bit of your taste in my mouth
there's still a little bit of you laced with my doubt
it's still a little hard to say what's going on

there's still a little bit of your ghost your witness
there's still a little piece of your face i haven'tkissed

you step a little closer to me
still i can't see what's going on

stones taught me to fly
love taught me to lie
life taught me to die
so it's not hard to fall
when you float like a cannonball

there's still a little bit of your song in my ear
there's still a little bit of your words i long to hear
you step a little closer each day
so close that i can't see what's going on

stones taught me to fly
love taught me to lie
life taught me to die
so it's not hard to fall
when you float like a cannon

stones taught me to fly
love taught me to cry
so come on courage
teach me to be shy

'cause it's not hard to fall
and i don't want to scare her
it's not hard to fall
and i don't wanna lose
it's not hard to grow
when you know that you just don't know
(Damien Rice)

quarta-feira, 14 de março de 2007

Sossego

Quando se deitou, a cabeça dava mil voltas. Eram tentativas frustradas de tentar entender o que teria acontecido, buscas infindáveis por respostas que, sabia, não conseguiria alcançar. Tentava se desvencilhar dos pensamentos, mas era um esforço em vão. Como também tinha sido em vão o olhar lançado para o céu naquele início de manhã, na esperança de se distrair com a bela aquarela em tons de azul, vermelho e lilás.
Adormeceu sem encontrar as respostas. E, tampouco, sem esquecer das perguntas...
O sono pesado, de quem dorme vencido pelo cansaço, foi interrompido pela música. Levantou, no susto, e atendeu a ligação já sabendo quem chamava. Ouviu aquela voz e, num instante, tudo havia se dissipado: dúvidas, perguntas, chateações. Desde o começo, sabia que não tinha se enganado. Em nenhum momento havia hesitado com relação a isso. Mas não podia negar que era muito bom ter, novamente, aquela confirmação.
Assim, puro sossego, voltou a dormir.

I've found an angel

Sempre achou que a pureza contida naqueles olhos - de uma cor que ninguém mais tem - era uma pureza única, diferente. Quando dormiu naquele início de dia, lembrou-se daqueles olhos puros - e tão bonitos, e tão diferentes. Uma ponta de saudade fez nascer um aperto no peito. Uma vontade de estar em outro lugar naquela hora. Vontade de estar em outros braços naquela hora...
Fechou seus olhos pensando naqueles outros olhos. Como num close de filme, apenas aquele olhar aparecia na tela em que sua mente havia se transformado. Aos poucos e sem pressa, a imagem ia se afastando. Enxergou, então, os cabelos, o sorriso - e toda a paz que sempre existia nele. Um pouco mais longe, viu os braços, abertos como se esperassem o momento do abraço que, agora sabia, seria adiado uma vez mais. De tanto esperar, não cansava. Queria mais e mais que chegasse a hora de se aninhar ali e sentir todo o calor, todo o carinho e um pouco daquela mesma paz que podia sentir quando estavam juntos.
A imagem se afastou mais. E mais. Estavam num campo verde, claro, lindo. Céu azul, sem nuvens. Silêncio e um aconchego que lhe fazia livre de todas as agruras, de todos os tormentos. De repente, olhou para aqueles olhos. A cor que só eles tinham era agora ainda mais bela. Notou que os olhos falavam e "vem cá" era o que diziam. Foi e, chegando mais perto, notou algo de que, até então, apenas havia desconfiado. Sorriu ao ter a certeza.
O abraço foi o melhor dos abraços, o mais terno, o mais amoroso abraço de que já se soube. E não tinha mais dúvidas: as asas que pendiam daquelas costas eram o sinal definitivo...

domingo, 11 de março de 2007

Bush, o vilão nº 1 do...Brasil???

Com um certo atraso, resolvo me manifestar sobre o festival de manifestações realizadas contra a visita do (temível e detestável) presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. Acho legítimo o direito ao protesto, à exposição (pacífica, claro) de idéias e visões de mundo. Mas, sinceramente, acho que há muitos mais motivos para protestar aqui mesmo, dentro das fronteiras do Brasil.
Cadê a UNE que não foi às ruas se manifestar sobre o assassinato do menino João Hélio? Cadê o movimento estudantil, que não briga para combater a violência, praga responsável pelas mortes de tantos e tantos jovens?
Vamos protestar contra o Bush sim, claro! Ele é de última! Mas, antes disso, que tal resolvermos os problemas do nosso quintal? Antes que eles, lá de cima, resolvam vir pra cá exercer o poder de "síndicos do planeta".

quinta-feira, 8 de março de 2007

Um post para as moças...

Capazes das mais belas palavras de amor, dos mais doces olhares, dos mais afáveis carinhos. Mas não só: capazes das mais duras palavras, das mais severas broncas, das mais dissimuladas cobranças. Dos mais belos sorrisos e das mais doloridas lágrimas. De muito amor e de um ódio que, quando surge, parece infinito.
Capazes de fazer crescer dentro de si outro ser, a quem são capazes de devotar o mais sincero, profundo e verdadeiro dos sentimentos. Capazes de ganhar o pão de cada dia e, ainda por cima, dar carinho, atenção e aconchego a tantos quantos lhe solicitarem essas demonstrações de devoção.
Capazes de mentiras abomináveis e verdades cortantes, duras, secas e irritantemente certeiras. Capazes de implicar com tão pouca coisa, e de largar tudo pro alto quando sentem que pode ser o momento certo.
Já disse aqui, há um ano, que elas emprestam charme, beleza, doçura e competência a qualquer paisagem! Hoje, quero melhorar essa idéia, dizendo que também é delas o mérito de fazer o mundo mais terno, mais ácido, mais romântico...! E ainda é todo delas o mérito pela esperança que brota em nós toda vez em que vemos um barrigão gerando um outro alguém.
A vocês, meninas, desejo parabéns pelo dia de hoje. Agradeço pelas risadas compartilhadas, pelos abraços, carinhos, palavras de amizade, beijos e tudo o mais de bom que se pode fazer na admirável companhia feminina. É maravilhoso dividir o planeta com vocês!
;)
Bjos!!!

terça-feira, 6 de março de 2007

Uhuuuuuuuuuuu!!!

Que delícia sonhar com férias depois de um período tão intenso de trabalho...
Que bom curtir um paraíso desses...depois de 3 meses confinado, acho que vai me fazer muito bem! Solzinho, um mar sem comparação, e ótimas companhias por perto! Só falta o destino conspirar a favor...
De minha parte, estou torcendo!!!

segunda-feira, 5 de março de 2007

Fomos achados pelas balas...

Alana, Priscila, Jaúna, Joseane... com quantas vítimas se faz uma história de horror? Com quantas mortes se configura uma guerra?
Quatro moças, jovens, brasileiras. Quatro histórias de vida interrompidas pelo seco impacto de uma bala. De revólver, de fuzil... não importa! Prejuízos e sofrimentos não têm calibre e não se tornarão menores ou maiores de acordo com a espessura dos projéteis.
Fala-se em balas perdidas. Discordo. Essas e tantas outras balas são partes de uma realidade que cada vez mais pune os jovens. Balas que têm endereço certo: o coração da nossa sociedade! Alvos principais da covardia, da brutalidade, da violência e da omissão, todos nós saímos sempre sangrando quando caem no chão meninos e meninas como Alana, Priscila, Jaúna, Joseane...
Resta saber até quando vamos resistir ao fuzilamento...

domingo, 4 de março de 2007

Rocky Balboa

Cresci sabendo quem era Rocky, o lutador. Histórias de superação, combates que pareciam intermináveis nos ringues - e a gente torcendo do lado de cá para, ao menos, o adversário ter piedade do nosso herói, poupando-o de mais socos torturantes. Parece muito, mas é só do que lembro. Não lembro de detalhes das aventuras do Rocky e, confesso, num determinado pedaço de minhas recordações, o lutador começa a dar lugar a outro cara, com uma faixa vermelha na testa, e com nome também iniciado em "R".
Ainda assim, fui assistir o novo filme do Rocky. Sessentão, Stallone insistiu na franquia do lutador e, além de estrelar o longa, é responsável pelo roteiro e pela direção. E, cá entre nós, o cara fez um bom trabalho. O mote do campeão que ainda se sente capaz de seu último combate é interessante. Os dramas do personagem também são: um é a frieza do filho, que renega a história do pai por se considerar condenado a viver à sombra do mito; o outro, a ausência dolorida de sua esposa, morta há quatro anos.
O que vemos na tela é um Rocky retirado do baú, que passa as noites contando - e repetindo - as suas histórias dos tempos de glória para os clientes de seu restaurante. Numa dessas noites de nostalgia, um amigo mostra algo que vai alterar o destino do herói: na TV, uma simulação feita em computadores põe no mesmo ringue Balboa e Mason Dixon, o apático campeão de boxe da atualidade, criticado por ser técnico demais e, além disso, acusado de ter tantos êxitos na carreira por nunca ter lutado com um adversário à sua altura. Na simulação, Rocky leva a melhor...
Resultado? Os agentes de Dixon propõem um tira-teima na vida real. Contra tudo e, inicialmente, contra todos, Balboa topa a parada. E lá estamos nós diante de seqüências que nos remetem aos demais filmes da série: Stallone pegando peso, Stallone correndo ao subir uma escadaria, Stallone espancando o saco de areia. Nessa hora, Rambo sumiu da minha cabeça. Foi aí que me reencontrei com o maior boxer da história do cinema.
Vem a luta e, confesso, bate uma certa aflição. A torcida pelo Stallone envelhecido e com a cara esquisitona toma conta dos espectadores - até dos menos afoitos com o esporte violento que é o boxe, como é meu caso. Na tela, um festival de socos, respingos de sangue e suor e gritos de uma torcida que parecem não terminar ao longo dos 10 assaltos da disputa.
No final, a gente sai do cinema com a certeza de que Stallone estava certíssimo ao defender essa sexta aventura de seu personagem mais simpático, mais marcante. O filme tem bom texto, é bem dirigido. E a torcida deixa claro: Rocky ainda tem um lugar no coração de todos nós...

Music and Lyrics

Alex Fletcher é um cantor que fez muito sucesso na década de 80, com a banda PoP!. Hugh Grant é Alex Fletcher.
Sophie Fischer é uma regadora de plantas. Hipocondríaca, espontânea, irmã da dona de um Spa, e traumatizada com um relacionamento anterior. Drew Barrymore é Sophie Fischer.
O filme que coloca esses dois personagens frente a frente é "Letra e Música", estréia da última sexta. Conferi hoje (domingo, dia 4) e gostei bastante! Primeiro, porque há um humor debochado nessa comédia romântica. Piadas inteligentes, ironia fina...e um primor de reconstituição da cafonalha que era a estética dos anos 80 - época de ouro da tal banda PoP!. Destaque para o clipe do grupo: arranca risos da platéia (na faixa dos 30, com idade para reconhecer as referências que ganham a telona).
Bom, Sophie vai regar as plantas no apartamento de Alex e acaba sendo convidada por ele para compor uma letra. Mas não é qualquer letra: trata-se de uma letra a ser gravada por Cora Corman, a mega-pop-star da atualidade. Veja e, certamente, você reconhecerá muito de Britney, Aguillera e Shakira. E com todo o tom de deboche que essas "estrelas" merecem...
O filme retrata o processo de criação da música e, como não poderia deixar de ser - afinal, estamos falando de uma comédia romântica - a paixão que resulta do envolvimento entre a dupla de compositores. Drew Barrymore é uma gata, e não lembro de tê-la vista tão doce antes. Hugh Grant também se sai bem na história e arranca risos com seus trejeitos a la Sidney Magal.
Do trabalho da dupla, nasce a baladinha "Way Back Into Love", que não vai me surpreender se virar sucesso. É...bem pop mesmo!
Recomendo!

sábado, 3 de março de 2007

Enfim, a última página...

Algumas considerações sobre o fim de "Páginas da vida": para mim, está mais do que claro que não dá certo deixar para a última semana o desfecho de tantas tramas. Fica tudo corrido demais, forçado demais. Um exemplo: a tal da Irmã Má, que resolveu, depois de um tombo, revelar o seu segredo a pobre da Letícia Sabatella. Com tanta coisa mais importante para se descobrir, ficou a impressão de que o drama da personagem da Marly Bueno não interessou ninguém...
Outro exemplo de fim meio acochambrado foi o dos personagens do Tarcisão e da Sônia Braga - ela, aliás, viveu uma historinha acochambrada do começo ao fim da trama. De repente, tchum: os dois gamaram. Pouco convincente, ainda mais quando o autor resolve acrescentar um diálogo no qual um constrangido Tarcísio Meira precisa se definir como um "homem de uma mulher só, que se casou virgem e, desde que ficou viúvo, nunca mais conheceu outra mulher"...alguém merece?
Mas houve também coisas boas. As seqüências de tribunal foram muito boas - com destaque para Eva Wilma, sempre arrebentando! Renata Sorrah mostrou que, quando lhe dão chance, sabe ser uma atriz ímpar. Regina Duarte viveu seu melhor momento em toda a novela - e, pra mim, essa foi uma novela muito ruim pra ela. Sem grandes afetações, sem revirar os olhinhos e o pescoço, a Helena da vez soube dar o tom de angústia, alegria e alívio ao presenciar as audiências que poderiam afastá-la de sua filha. Aliás, a melhor cena do capítulo, na minha opinião, reuniu Regina, Marcos Caruso e Tiago Rodrigues. Após o julgamento - no qual o rapaz perdeu a guarda dos dois filhos - Regina se aproximou para cumprimentá-lo e selar a paz. Caruso fez o mesmo, numa cena cheia de subjetividades. Ali, os mais velhos quebram o gelo e dão o tapa de pelica no mais moço, até então, cheio de empáfia e querendo se mostrar o dono da razão. E os três atores acertaram no tom.
Lília Cabral pirada foi fantástico! Um prêmio para a atriz que roubou a novela. A seqüência em que Marta fala sozinha e quase cai da varanda do apartamento encerrou com chave de ouro a brilhante interpretação de Lília.
Grazi Massafera mostrou a que veio em toda a trama e, no fim dela, autor e direção mostraram que captaram a mensagem - e o promissor - talento da ex-BB. Um festival de cenas com a moça bonitona, a quem Thiago Lacerda deve agradecer muito. Se não fosse por Grazi, a novela teria passado em brancas nuvens para o eterno Matteo...
No mais, aquela cafonalha do Jayme Monjardim, enfeiando a paisagem do Rio com tantos efeitos na coloração. Cafonalha que também foi notada no encerramento da trama, com aquelas páginas meio esquisitinhas nas quais apareciam os desfechos dos personagens - muitas páginas, já que o autor resolveu esquecer de tante gente, e se relembrar só no final.
Agora, embora comovente - pelo desempenho do Marcos Caruso - achei muito dispensável aquelas cenas de Alex, Helena, Francisco, Clara e o fantasma de Nanda no Jardim Botânico. Primeiro, porque demonstraram uma total falta de criatividade: o mesmo local foi usado no desfecho de "Por Amor", outra novela do Manoel Carlos. Segundo porque aquela cena de ciranda em volta da "moça bonita" ficou de matar! Até o Kardec deve ter se espantado...! Era tanta interação com a mocinha do além que um companheiro de trabalho imaginou um desfecho mais verossímil: "Já sei! Estão todos mortos! Alex, Helena e as crianças morreram num acidente de carro a caminho do Jardim Botânico! Agora eles estão felizes porque reencontraram a Nanda".
Bela aposta, né?
Bom, achei a novela ruim, mas recheada de belos momentos protagonizados pelos vários tipos de talentos que o autor e o diretor souberam recrutar.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Arrumação...

Nova fase por aqui, deixando bem claro que, mesmo com o cansaço, a correria e o pouco tempo até para jogar conversa fora, tudo está azul!
Apesar da tinta nova nas paredes, a casa continua sendo sua! Esteja à vontade e divirta-se!

B@belturbo - ANO I

Dizem que ele é o "senhor da razão". Outros, que é "melhor remédio". Para o poeta, trata-se de um "compositor de destinos". Há, ainda, os que o vêem como uma "fábrica de monstros". Admito: não sei de que forma posso defini-lo. Sei, apenas, que é implacável, e que sua passagem é tão certa quanto o quatro que resulta da soma de dois e dois.
E essa certeza, dos tempos que passam, se comprova hoje. Pelo menos aqui, nesse ponto-de-encontro virtual. Aqui, 365 dias se passaram desde que o primeiro caracter digitado por mim ganhou espaço nesse espaço. Sim, Babelturbo completa hoje um ano - e 410 posts! Pode parecer uma bobagem, mas essa data me deixou bem feliz. É bom quando uma idéia se concretiza e, melhor ainda, quando ela nos dá tanto prazer. E é só o que tenho sentido por aqui...
Televisão, política, cultura, carnaval, música, internet, bizarrices...tanta coisa já foi tema nesse blog. De Maria Bethânia a Ivete Sangalo, passando por Maria Rita. De "Seu" Ico a Eduardo Galeano, via Mamonas Assassinas. De Chaves e Chapolin a José Saramago, incluindo Didi vestido de Bethânia, Ratinho, Hebe e Sílvio Santos. Até a sobrinha do Osama já passou por aqui! É...menu variado mesmo!
Muita coisa a ser dita...e que foi dita...num dia, uma proposta para passear, no outro, uma triste renúncia. Um eclipse para enfeitar o céu e pessoas que passam como chuvas, que entram em nossas vidas só de passagem, como o grão de areia que o vento leva no meio da tempestade no deserto, no meio do tufão que, muitas vezes, parece bagunçar as peças de nosso quebra-cabeças.
Ora garoa, ora chuva, não importa: pingos de solidão doem sempre, ainda mais quando são pingos que não caem do céu. Pingos-prantos, que saltam dos olhos. Pingos-lágrimas...doídas, tristes. Sinceras...
Pausas, plays, stops...comandos que movimentam nossas vidas. Sentimentos que também fazem parte dela - com ou sem tradução exata! Saudade é homesick? O que, afinal, significa a sigla de duas letras? Que paraíso é esse habitado por uma versão em miniatura do diabo?
Um painel de sentidos e sentimentos, de impressões e de olhares para a realidade e, muitas vezes, para o que gostaria que ela fosse. Um ano de blog, de posts quase diários, de velhos e novos amigos que por aqui passam para deixar palavras de carinho, de acordo e de desacordo. Amigos que entram, olham, e nem comentam. E que, ainda assim no escuro do anonimato, têm o carinho de ler e, de certa forma, sentir o que o blogueiro aqui rascunha.
Comentaristas ou não, anônimos ou conhecidos...a todos vocês, agradeço pela companhia! E espero que nossos laços se estreitem cada vez mais - virtualmente ou não. Porque, podem acreditar, a brincadeira por aqui está apenas começando...
PS.: Gostou da brincadeira com os links? Faltou muita coisa...mas, em um ano, já há um arquivinho considerável. E que está de portas abertas, esperando pela sua visita! Passa lá!