quarta-feira, 14 de março de 2007

Sossego

Quando se deitou, a cabeça dava mil voltas. Eram tentativas frustradas de tentar entender o que teria acontecido, buscas infindáveis por respostas que, sabia, não conseguiria alcançar. Tentava se desvencilhar dos pensamentos, mas era um esforço em vão. Como também tinha sido em vão o olhar lançado para o céu naquele início de manhã, na esperança de se distrair com a bela aquarela em tons de azul, vermelho e lilás.
Adormeceu sem encontrar as respostas. E, tampouco, sem esquecer das perguntas...
O sono pesado, de quem dorme vencido pelo cansaço, foi interrompido pela música. Levantou, no susto, e atendeu a ligação já sabendo quem chamava. Ouviu aquela voz e, num instante, tudo havia se dissipado: dúvidas, perguntas, chateações. Desde o começo, sabia que não tinha se enganado. Em nenhum momento havia hesitado com relação a isso. Mas não podia negar que era muito bom ter, novamente, aquela confirmação.
Assim, puro sossego, voltou a dormir.

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