sábado, 31 de março de 2007

Vã suposição

E de repente, veio uma saudade grande...saudade de um tempo outro, de outros lugares, de outros cheiros, de outro abraço. Sem razão de ser, tomou-lhe de assalto e doeu em seu peito. Lá no fundo, bem naquele lugar em que ficam os sentimentos que a gente já supõe mortos. Vieram em cascata, do peito para a mente; dela para os olhos. E, em forma de lágrimas, chegaram ao seu rosto.
De todas as saudades que há, pensou, a pior é aquela do que não se pode ter. Talvez, pela certeza de que nunca será superada. Ou - e acreditava mais nessa hipótese - porque, de fato, nunca se teve aquilo de que se sente falta.
Respirou fundo. De fato, ainda não havia chegado o seu dia...

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