segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Noel na berlinda...

"Seja rico, seja pobre, o Velhinho sempre vem"...mas, afinal, quem é o tal Velhinho?

Tenho lido aqui e ali coisas sobre a figura do Papai Noel. Ontem, por exemplo, o Fantástico exibiu uma matéria cheia de cálculos sobre, por exemplo, a velocidade do vôo do trenó do Bom Velhinho, puxado por renas com altíssimo poder de arranque! A rapidez é tamanha que, segundo o estudo que originou a reportagem, explicaria a razão de nós não conseguirmos enxergar o gorducho barbudinho, apesar de sua indumentária nada discreta.
Hoje, a Folha publica uma matéria sobre Gerry Bowler, autor de "Papai Noel: uma biogragria". E o escritor explica que o distribuidor de presentes viveu no século 4, na costa da atual Turquia. Tratava-se de um velhinho de 1,68m, nariz quebrado, queixo e testa protuberantes e que, por causa de seus milagres, conquistou adeptos em toda a Europa. Com as reformas religiosas do século XVI, Nicolau acabou entrando no ostracismo. E só no século XIX sua figura ressurgiu, já com as bases que consagrariam o personagem como um dos principais símbolos dessa época do ano.
Tá bom, isso não muda nada em nossas vidas. Mas é interessante perceber esse poder de construção de um mito! Seguindo a teoria de Bowler, lá se vão 17 séculos desde que o velhinho pisou o solo desse planeta e ele segue, firme e forte, estrela maior da gurizada louca por um presentinho qualquer de Natal.
De minha parte, confesso, tinha medo do Bom Velhinho. Acho que aquela figura cheia de cabelo branco, barba branca, com um rosto quase indecifrável e uma voz muito grave me dava um certo pânico. Uma vez, cheguei a abrir o berreiro quando minha mãe tentou tirar uma foto minha com o "Noel tradicional" num supermercado. E ele, claro, limitou-se a bradar o seu "Ho, Ho, Ho"...
Só sei que bem antes dos meus 10 anos eu já sabia que o meu Papai Noel não tinha nada a ver com a imagem mostrada nos programas de TV. Meu Papai Noel era moreno, tinha 1,90m, olhos verdes e adorava ganhar de mim quandos jogávamos Atari. Figuraça esse velhinho, né não?
Fato é que a imagem de Papai Noel importa muito pouco. O que vale é a fantasia, a esperança que enche os corações e os olhos da meninada. E que, de uma forma ou de outra, a gente cresce e acaba deixando um pouco pra trás.
Portanto, desejo a todos um Natal cheio de esperança! E que Papai Noel - seja branquinho, barbudinho, baixinho e gordinho; moreno, oriental, negro, índio ou o que quer que seja - traga apenas coisas boas nessa noite especial!

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