domingo, 9 de dezembro de 2007

A filosofia do enlatado...

Hoje, vendo um dos episódios da última temporada de minha série predileta, "Six Feet Under", uma das personagens disparou uma frase que, por sua vez, disparou uma série de pensamentos no meu cérebro. "A vida não é uma máquina onde se deposita virtudes para ganhar felicidade em troca", disse a moça da ficção.
Gostei da frase, da imagem que ela supõe e pensei em anotá-la num pedaço de papel para tornar possível esse post. Não anotei, não quis parar de ver o dvd. E agora, diante do PC, a primeira coisa que me veio à cabeça foi a cena. A conclusão da personagem até pode parecer boboca, mas se choca com uma série de ideais que alguém tratou de incutir em muita gente por esse mundão.
É como a história do Papai Noel, que "só dá presentinho pra quem se comporta bem e tira boas notas na escola", lembram? Uma idéia simplória de troca, que fez do velhinho barbudo e vestido de vermelho o responsável por tantas frustrações de garotos e garotas que sempre preencheram os requisitos e nunca viram a cor do presente de seus sonhos; talvez grandes demais para os orçamentos de suas famílias bem intencionadas.
É como quem está infeliz com a própria história e resolve se auto-flagelar, questionando os rumos seguidos pela vida, já que "sou legal, mereço ser feliz"...
E quem nunca fez isso?
Tem horas em que não creio nesse ideal de felicidade mágica, full time. Aliás, na maior parte do tempo é assim que penso. Gosto da idéia de que todos experimentamos momentos felizes; e que a sabedoria da vida está em saber aproveitá-los sem pensar que "algo maior - e melhor - pode estar por vir".
Tem horas em que penso que felicidade é como ônibus em dia de chuva: basta esquecer que existe pra que apareça...por outro lado, como diria aquele baiano célebre, "ou não"...
É, o post serviu só pra aprofundar essa reflexão meio louca. Acho melhor voltar para a série, para o dvd. Quem sabe não me surpreendo com outra frase genial e despretensiosa?

Nenhum comentário:

Postar um comentário