domingo, 25 de maio de 2008

Sobre "O melhor amigo da noiva"...

Entrosamento entre os atores é um dos principais trunfos de "O melhor amigo da noiva", que tem texto inspirado, bela fotografia, e ótimos coadjuvantes em cena...


Bom, quem tiver vindo por aqui com certa freqüência vai perceber que sim, deixando de lado todas as preferências machistas, esse humilde blogueiro que vos escreve é um adepto das comédias românticas...
Hoje, conferi "O melhor amigo da noiva". Gostei bastante do todo, há boas interpretações e o texto é inspirado, embora a idéia original lembre bastante a de "O casamento do meu melhor amigo", um dos meus preferidos no gênero. Em "O melhor amigo...", cabe a Patrick Dempsey o papel título. Ele é Tom, um mulherengo, cheio de regras que só servem para protegê-lo de um temido amor.
Sua melhor amiga, a noiva do título, é Hannah, vivida pela linda Michelle Monaghan. Juntos, os dois vivem uma grande cumplicidade - reforçada pela absurda "química" existente entre os atores. A amizade dos protagonistas muda de nome - e de sentido - quando a mocinha viaja a trabalho para a Escócia por seis semanas. Cheio de saudades, Tom se descobre apaixonado pela melhor amiga e decide se declarar quando ela voltar de viagem.
Mas ela volta noiva. E com um escocês a tiracolo...
E ainda convida o amigo para ser sua "dama de honra" - que, na tradução, acabou virando madrinha. E, então, caberão a ele todos os detalhes para a realização da cerimônia que vai entregar seu grande amor a outro.
Apesar de romântico, o filme tem muitos - e muito bons - momentos de comédia; algo que eu acho fundamental para não transformar histórias como essa em mais um "filminho água-com-açúcar".
Recomendo aos apreciadores do gênero...
E, cá entre nós, algo que me ficou rondando a mente desde que saí da sala de cinema: vocês já notaram que o cinema brasileiro não produz filmes desse tipo? Não sei se é impressão minha, mas há uma forte tendência a se produzir filmes com teor documental, mostrando apenas a miséria, a violência e a periferia. Acho ótimo que sejam produzidas coisas assim. Mas seria ainda mais bacana ver na nossa tela e na nossa língua, romances com a cara do Brasil.
O que vocês acham?

5 comentários:

  1. Oi Murilo,
    Eu quero ver esse filme!
    e eu concorda com vc sobre filmes Brasileiro... eles so mostrar miseria e violencia mesmo, e um pena pq Brasil pode produzir filmes excelente assim tb.
    Eu acho uma das unicas filmes "normal" o que eu gostei aqui foi "Bossa Nova" (do Diretor Bruno Barreto, com Antonio Fagundes e Amy Irving) o que mostrei tudo a beleza de Rio de Janeiro sem violencia e miseria, foi um filme muito romantica e de qualidade tb (nada como essas "filminhos" tipo de novelas do Globo)
    se filmes assim foi mostrado para o mundo então o Brasil pode conseguir uma imagen muito melhor e tb melhorar o turismo aqui!
    Meu Tia assistiu "Cidade de Deus" la em Inglaterra quando foi lançado e falou pra mim "nossa! o Rio e tão violenta! como vc pode morar la?! ficei chocada!" e depois eu explicou por ela o que aquela foi dentro de uma favela e tudo o Rio não e assim...
    Abração

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  2. É, rapaz. Esse é mesmo um debate interessante. Não acho que a nossa realidade, tantas vezes dura, deva ser escondida sob o tapete. Mas também é empobrecedor mostrar apenas o Brasil da miséria e da violência na telona...
    Valeu por mais essa visita! E tranqüilize sua tia, viu?

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  3. Oi Murilo! Tudo bem?

    Depois de seu "puxão de orelha" resolvi passar e comentar um pouco.

    Ãhm... Assim, eu tenho que discordar de você sobre a produção nacional de comédias-românticas. Temos, como exemplo, "Avassaladoras", "Sexo, amor, traição" ou "A Dona da História" (este último eu curto MUITO).

    Bem, se eles possuem a mesma conjunto de qualidade técnicas dos filmes que retratam a miséria, pobrezas e outras mazelas mil do Brasil (com perdão da rima), já não posso afirmar, pois não possuo de aparatos qualificadores para tal.

    Entretanto, não podemos ignorar que vez ou outra um filme da área desponte. "Amores possíveis", por exemplo, é inteligente e divertido, naquilo que se propõe. "Pequeno dicionário amoroso", apesar de ZILHÕES de erros, não chega a ficar devendo tanto assim há certos filmes internacionais (no que diz respeito a roteiro).

    No momento me foge da mente outros filmes nacionais recentes que retratem o tema, mas sim, eles existem! (rs) Talvez não tão verossíveis ou diversificados como os hollywoodianos, mas já não são como as bruxas... (que metáfora péssima, não?).

    Um abraço!

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  4. Grande Gustavo!
    Também há "Se eu fosse você", aliás, um grande sucesso. Mas você há de convir que, sobretudo na produção mais recente, o apelo - inclusive de marketing - tem girado em torno de temas relacionados à pobreza e à violência. É isso que eu acho limitador demais, ainda mais num país tão plural quanto é o nosso!
    Valeu pela visita!
    Abração!

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  5. Oi Murilo,
    concorda com vc.
    O problema nessa situaçao e o que nosso Brasil acabou sendo famoso somente por essa "imagen violenta e pobre"
    sempre quando pessoas a fora falar sobre o Brasil tb ficar falando dessa pais tao violenta, o que como vc falou nos tem aqui (juntos com todos os paises do mundo) mas tem muito beleza, paraisos, cidades de cartao postais e gente muito bem-educado tb... mas infelizamente tudo isso ficar esquecido completamente graças a "Outdoor" o que esses filmes mostrar para o mundo!
    Lamentavel mesmo...
    Abraçao amigo!

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