sábado, 13 de dezembro de 2008

Meu anjo...

Dia desses, sei que você veio me abraçar na hora do sonho. A saudade e a emoção foram tamanhas que me fizeram acordar aos prantos; coisa do moleque chorão que você sabe que eu sempre fui. E se a dor agora faz a vida mais amarga, insisto em lembrar de como ela já foi adocicada pela tua presença...
Aliás, ainda que eu pudesse contabilizar todos os doces de amendoim, balas e sacolés que eu e meus primos roubamos de você - e por mais astronômico que parecesse esse resultado - ainda seria pouco perto da doçura que você trouxe para a minha vida. Do seu jeito, sem muitos abraços e beijos, você se firmou como uma das pessoas essenciais pra mim; a maior referência de caráter, superação e dignidade. O maior e melhor exemplo de amor pela família...
Tanta coisa boa que você me deu faz ainda mais difícil a tarefa de me acostumar a não ter mais você por perto, vó. É uma saudade absurda, um vazio que tenho lutado muito para preencher.
E que ainda não consegui...
Guardo com carinho as lembranças da sua última festa de aniversário. E do dia seguinte, quando a senhora me falou que aquele tinha sido o momento mais feliz de toda a sua vida. Naquele dia, eu não sabia que seria assim. Mas ouvir isso fez daquele o momento mais feliz da minha...
Então, te trato como meu anjo. Peço sempre a sua benção e rezo pra que a senhora esteja sempre num bom lugar - embora saiba que, pra senhora, o melhor lugar do mundo seria sempre aqui, pertinho de nós. Rogo a Deus pra que a senhora esteja em paz e olhe por toda a sua família, tão vazia e tão menos alegre desde a sua partida. Mas que, apesar dessa despedida tão inesperada, segue te amando demais! Como eu te amo, vó!
Pra sempre!

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