quinta-feira, 25 de junho de 2009

Sim, Michael Jackson morreu.

Rei do Pop se despede aos 50 anos de idade. Notícia pegou o mundo inteiro de surpresa...

A notícia da morte de Michael Jackson pegou o mundo de surpresa. E comigo não foi diferente. Um baque tremendo, uma surpresa danada, ainda mais agora, quando todos esperávamos o renascimento desse grande artista na turnê londrina que iria começar em julho.
Michael foi o artista da minha geração! Sempre gostei de sua voz, de sua habilidade incrível para dançar e da força que demonstrava nos palcos. Lembro de ter ficado vidrado diante da TV quando ele fez shows no Brasil, na década de 90. E, confesso, sentia uma certa frustração por nunca ter tido a oportunidade de assistir a uma de suas lendárias apresentações.
Acompanhei seu talento e seu mergulho num universo de bizarrices e conturbações com olhos de fã. Sempre vi algo de muito estranho em toda a mitologia que envolvia esse astro. E, de certo modo, enxergava que além de suposto algoz em alguns casos, Michael e sua história foram cruéis algozes dele mesmo. Excêntrico, acusado de pedofilia, dono de uma casa que mais parecia um parque temático, o Rei do Pop sempre exalou um ar de vítima do sistema. E do tratamento recebido do pai, ainda na época do Jackson's Five. O que, claro, não justifica os erros de Michael, mas explica boa parte deles.
E por que acompanhei tudo isso como fã? Porque gosto demais de música e de shows. E um e outro, da forma como os reconhecemos hoje, devem muito à figura de Michael Jackson! A música permeada por batidas eletrônicas, os vocais registrados com uma harmonia impressionante, uma forma de cantar atual - e que permanece atual até hoje, mesmo quando ouvimos suas gravações mais remotas. E os shows? Alguém imagina o que seriam das apresentações ao vivo sem toda a revolução que Jackson criou nos palcos, usando e abusando de telões, fogos de artifício e toda a sorte de recursos visuais e cênicos? Não! Não dá pra imaginar mesmo. Ele inventou muito do que conhecemos - e adoramos ver - hoje em dia. Sem falar na revolução do videoclipe, outra contribuição gigantesca para a instalação da indústria cultural - mundial! Quem não ficou espantado ao ver, em Black or White, pessoas se transformando em outras na batida da música? Hoje parece um efeito corriqueiro, mas foi mais uma das revoluções lideradas pelo Rei do Pop. E pensar que, em 1982, eu tinha medo do clipe de Thriller. Convenhamos, era um vídeo um tanto assustador para um garoto de 2 anos...
E só hoje me dei conta que, por ironia do destino, não tenho um único disco dele, embora por várias vezes tenha pensado em comprar, inclusive, todos os seus álbuns...
No mais, achava incrível a história do negro pobre que alcançou o topo do mercado da música em todo o mundo. Que se tornou Rei, que revolucionou tudo o que estava envolvido com essa arte que tanto admiro. E que, hoje, deixou seu nome gravado para sempre na história desses nossos tempos.
Sem contar que terei a oportunidade de dizer aos meus filhos e netos que vivi na mesma época de um homem que nasceu pobre, cantou para o mundo inteiro ouvir, fez sucesso como ninguém jamais havia feito e, ainda por cima, mudou de cor e de rosto a olhos vistos, embora sempre negasse tudo. Direi que esse homem viveu na Terra do Nunca. O que é muito próprio, porque talvez nunca venhamos a entender o que era ser Michael Jackson...

MICHAEL NO
B@BELTURBO

Michael é um dos artistas mais citados aqui no blog. Foram várias as vezes em que escrevi algo sobre ele. Desde o primeiro ano do B@belturbo, quando entrevistei alguém que conheceu o Rei do Pop. Voltei a falar de Michael quando retornei ao Second Life e o meu avatar embranqueceu. Aliás, o embranquecimento do cantor foi algo que realmente me espantou.
Ano passado, nos 50 anos de Michael, também fiz um post...
Já comentei sua estranha fisionomia e comentei a turnê que ele anunciou para esse ano - e que, infelizmente, não vai acontecer. Também falei das recentes especulações sobre o estado de saúde do cantor e tentei desvendar qual era a sua expressão numa foto esquisita.
Fiz piada sobre o coro que ele queria usar na nova turnê e encarnei em minha mãe, que queria usar máscara para evitar a gripe suína...
Mas o post que eu não queria ter escrito, mesmo, foi esse. Um texto que trazia uma dúvida, mas já com ares de certeza lamentável...
Pena.

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