quarta-feira, 30 de abril de 2008

Sobre o coordenador descoordenado...

Por mais que se diga que o desempenho dos estudantes do curso de Medicina da UFBA no Enade foi baixo, eu esperava (muito) mais do coordenador do curso, o senhor Antônio Natalino Manta Dantas. Muito mais respeito ao povo baiano, muito mais ética ao comentar os resultados da avaliação do MEC, muito mais profissionalismo ao se referir aos alunos do curso, muito mais noção do ridículo.
As declarações desse senhor, que você encontra aqui, em matéria do Globo Online, merecem o repúdio de toda a sociedade brasileira. A Bahia, que já nos deu Castro Alves, Jorge Amado, João Ubaldo Ribeiro, Caetano Veloso, Gilberto Gil e tantos outros artistas, pensadores e criadores - anônimos e famosos - não merecia ser tratada com tamanho desrespeito.
Ao supor que o povo baiano tem alguma espécie de déficit intelectual, o senhor Antônio Natalino Manta Dantas revela um completo despreparo para estar no lugar em que está. Ou em que esteve até aqui...

6 comentários:

  1. luiz claudio de oliveira p1 de maio de 2008 às 11:25

    intoDepois de ver e rever diversas vezes os comentários desse professor não conseguí identificar nenhum traco de preconceito em suas palavras, entretanto vale salientar a sua coragem e lucidez em diagnosticar e expor um problema cultural que veem afetando a todas as camadas da sociedade que dispõe de um atendimento médico no mínimo imcompetente que vem acumulando óbitos a cada dia outrossim, é de suma importância ressaltar não ser realmente sinal de inteligência e muito menos de cultura saber tocar um simples berimbau, alliás Olodum e seu pares só existem por conta da nossa total ignorância, assim como as agonias do samba por ai a fora, é muito fácil se achar culto enquanto se ganha fortunas..

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  2. Salve, Luiz Claudio!
    Nem preciso dizer que discordo completamente de boa parte do que você escreve.
    Mas, de qualquer forma, obrigado pela visita!
    PS.: Se o Olodum existe por conta da nossa "total ignorância", como explicar o sucesso do grupo em países europeus?

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  3. Oi gente...
    Luiz, desculpe, mas tenho que discordar de você... os comentários do coordenador foram totalmente preconceituosos e pernósticos...
    quanto ao péssimo atendimento médico a que você se refere, é fruto de muito mais coisa... há muito mais envolvido nisso... despreparo, condições de trabalho, salários etc
    em relação aos universitários, acho que, de uma forma geral, os estudantes brasileiros de hoje estão muito despreparados... muitos chegam às universidades com uma base péssima... e não falo aqui só dos alunos que vieram de escolas públicas, não (se duvidar, esses são os mais esforçados)... mas, isso não tem absolutamente nada a ver com hereditariedade... na minha opinião, ignorância é afirmar algo desse tipo, como fez o coordenador...
    quanto ao olodum, talvez a nossa "total ignorância" seja não conhecer o trabalho do grupo na essência... existe um trabalho social belíssimo por trás... de ressocialização... de oportunidades para jovens... não é interessante o que um "simples berimbau" pode fazer?

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  4. Tell, muitíssimo bem lembrado! Eu mesmo já estive no Pelourinho, gravando um dia inteiro de aulas e atividades na Escola Criativa do Olodum e vi de pertinho a força e a importância que o grupo cultural tem na vida de centenas de crianças baianas. Sem falar que trata-se, sem dúvida, de um patrimônio cultural brasileiro inestimável!
    Valeu pela lembrança e, mais uma vez, pelos comentários sempre cheios de lucidez...

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  5. E pra desgraça total do Sr. mANTA, o Olodum acaba de ser nomeado embaixador da ONU na América Latina.

    Que rufem os atabaques baianos!!!

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  6. Pelo andar da carruagem, acho que o (ex?) coordenador do curso de medicina também deve virar embaixador. Em Netuno, já que Plutão não é mais planeta...

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