domingo, 26 de abril de 2015

#Globo50

Em série exibida para celebrar o aniversário do canal, JN trouxe de volta à bancada a dupla que mais tempo esteve no comando do principal telejornal da televisão brasileira: Cid Moreira e Sergio Chapelin

Eu soube o que era jornalismo pela tela do plim-plim. Na década de 80, cresci vendo Cid Moreira e Sérgio Chapelin dando notícias sobre o Brasil e o mundo e é muito viva a memória de, ainda pequeno, ficar espantado diante do poder (mágico?) daqueles dois homens de saberem tudo o que estava acontecendo no planeta.
Assim, fascinado e brincando de reproduzir o JN, cresci nos anos 80, diante da TV, filho único que era. Vi Leda Nagle fazer entrevistas com astros e estrelas no Jornal Hoje, dei muita risada com Os Trapalhões, me divertia com as aventuras de Juba e Lula na Armação Ilimitada e aprendi o que era deboche com a TV Pirata. Brinquei, cantei e dancei com a Turma do Balão Mágico e me diverti vendo Xuxa ser maluca sem medo de ser feliz em seu Xou.
Em 50 anos, Globo produziu mais de 300
novelas. Algumas, antológicas, como
Vale Tudo
Descobri a alegria de ver um filminho na Sessão da Tarde, acompanhei todos os clipes de Michael Jackson pelo Fantástico, viajei pelo mundo com o Globo Repórter e embarquei em histórias também fantásticas, de tramas como Que Rei Sou Eu?, Vamp, Vale Tudo, Mulheres de Areia, A Viagem, Perigosas Peruas, Cara e Coroa, Barriga de Aluguel, Roque Santeiro, Mico Preto, Lua Cheia de Amor e tantas outras; capítulos de uma história que teve episódios mais recentes em Avenida Brasil. Só nunca tive saco pra Malhação...
Se sou jornalista, em parte devo isso ao tal encantamento inicial pelo JN. Mas, se sou o que sou, e sou um apaixonado pela TV, devo muito disso à incrível capacidade de produção da TV Globo, ao seu rigor com a qualidade técnica, à valorização do talento nacional - e não digo só dos talentos artísticos - e a tantos maravilhosos produtos criados e transmitidos pela agora cinquentenária emissora para todo o país. Sim, temos uma das melhores e mais diversificadas televisões abertas do mundo. E isso, em grande parte, deve ser creditado à ação da Rede Globo.
Por mais críticas que possam ser feitas ao posicionamento político-editorial da empresa em alguns momentos da história do país - inclusive os mais recentes - é impossível não concordar que a TV Globo tem um peso imenso na formação e na consolidação dos valores, da cultura e da própria sociedade brasileira. 
Por isso, pra mim foi especialmente emocionante rever Cid Moreira e Sergio Chapelin na bancada do Jornal Nacional na última sexta. Não pelo que disseram, mas pelo que representam nessa minha particular viagem de construção do que sou. E por perceber como tudo aquilo tudo ajuda a me explicar. E a me entender.
Nesse 26 de abril de 2015, os meus parabéns aos colegas que trabalham na TV Globo. E a todos que por ela passaram e ajudaram a erguer essa potência da comunicação do Brasil. 
Plim-plim!!!

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