domingo, 5 de abril de 2009

Preço plural?

Flagrante: loja exibe dois preços para o mesmo produto, tumultua a vida do blogueiro e, de quebra, funcionários ainda dão um show de incompetência...

A Páscoa é uma daquelas épocas em que o comércio enlouquece. E como não dá pra comprar chocolate com meses de antecedência, a gente acaba enlouquecendo junto...
Ontem, fui ao shopping pra comprar os bombons desse ano. Primeiro, fui numa grande rede de departamentos. Os preços eram tão convidativos quanto os doces, mas as filas estavam de amargar! Desisti!
Aí, eis que encontro uma rede de lojas com fama de vender contrabando, mas que trazia anúncios logo na entrada: "aqui você não enfrenta fila!". Chequei e era verdade: nada de sofrimento na hora de pagar!
Lá fui eu!
Da escolha ao caixa, foi tudo tranquilo. O problema é que, na hora de pagar um dos ovos que tinha comprado, minha prima - e fiel companheira de infortúnios - acabou descobrindo que estavam prestes a lhe cobrar um valor maior que o anunciado nos cartazes da loja. Eram dois reais de diferença, mas ela, exercendo seu direito de consumidora, reclamou.
Lá foi o fiscal da loja verificar. Passados uns cinco minutos, ele trouxe um cartaz com o tal valor mais caro. A caixa registrou e processou a cobrança.
Antes de sair da loja, cismada com a situação, minha prima foi checar. E viu que tinha razão: o cartaz informando que o ovo custava menos do que o que lhe havia sido cobrado estava lá. E reclamamos.
E esperamos. E nos aborrecemos com a falta de habilidade que os funcionários da loja têm de lidar com o que foge do previsto. São grosseiros e não fazem a menor questão de fingir que estão do lado do cliente. Em suma: sabe aquela história de que o cliente tem sempre razão? É coisa do passado!
Ainda esperávamos quando uma das funcionárias com a qual havíamos reclamado passou por mim. Segui a moça com o olhar e notei quando ela, lá longe, e cheia de deboche, questionou uma amiga:
- Não sei onde a mulé disse que viu o ovo mais barato!
Aí, amigos, foi demais pra mim! Fui até ela e, sem fazer a menor questão de esconder a irritação, disparei:
- Aqui, querida! Nesse cartaz! Ela viu o preço menor e tem razão em reclamar!
Com a cara inocente e já sem a impáfia do momento em que a flagrei, ela murmurou:
- Ah...a promotora de vendas se enganou...
- Eu não tenho nada com isso! E por favor, vê se resolve logo o nosso problema, porque ninguém aqui tem tempo pra ficar perdendo não! São dois reais mas a razão é nossa! - devolvi.
Logo o problema foi resolvido. Mas fiquei especialmente irritado com a má vontade dos funcionários da tal loja. Parecem tão empenhados em puxar a sardinha pra empresa e se esquecem de que, fora dela, são apenas consumidores como eu, minha prima e você, leitor. E, portanto, sujeitos a erros tão primários quanto esse do qual fomos vítimas.
Um pé no saco!

2 comentários:

  1. meu bem, a regra é clara: em caso de preço plural vale o menor, direto no caixa sem esse lance de esperar alguém resolver. quem faz o consumidor de palhaço merece ser processado, sei que são só 2 reais, que vc tinha o dinheiro e que a raiva já passou, mas imagina o constrangimento daquela senhorinha que estava com o dindin contado e teve que largar a mercadoria no caixa por conta do erro da promotora? como já diz a funkeira: 'bota no pau!" já vi na tv o caso de uma consumidora que foi indenizada por uma floricultura pq as orquideas não duraram o tempo estimado... não importa a grana mas a sensação de ter seu direito reconhecido, ninguém gosta de ser feito de bobo. agora eu sou asim, cruel como o gato do gargamel!! bjs

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  2. É, a Casa & Video roubou do governo e agora quer roubar do consumidor...rs

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