quarta-feira, 28 de abril de 2010

Sobre o dia em que gravei uma entrevista com a mestra da boa conversa: Leda Nagle...

A conversa, sobre a história da TV e sobre o Sem Censura, vai ao ar em maio, no Salto para o Futuro
Sou um jornalista formado pela televisão. Embora sempre tenha lido muitos jornais e revistas - e o sempre não é exagero: desde a infância eu cultivo esse hábito - foi da TV que tirei minhas primeiras referências para o jornalismo. Lembro de, muito cedo, ver telejornais e me encantar com a habilidade que aqueles homens e mulheres que apareciam ali tinham para contar tudo o que acontecia. Gostei disso. E foi isso que quis pra mim: ser um contador de histórias.
Uma das figuras que eu observava quando moleque na televisão eu  via no Jornal Hoje. Lembro de assistí-la e de prestar atenção ao seu jeito de conduzir as entrevistas todo sábado. De me surpreender com sua voz grave e com seus cabelos curtos e negros. Era Leda Nagle que, claro, nem sabia que eu existia, mas já me mostrava algo que eu teria muita vontade de fazer no futuro: conversar com as pessoas, extrair delas bons causos, ganhar a confiança para ouvir suas histórias. De um jeito leve, despretensioso, caloroso. Ali, ainda muito menino, eu começava a descobrir os segredos de uma boa entrevista...
Terça-feira, eu tive a oportunidade de conversar longamente com Leda. Gravamos uma entrevista para uma série do Salto sobre a televisão. E, vejam só: agora era eu, o garoto de tempos atrás, a entrevistar a mestra da boa conversa. Batemos um papo sobre as memórias da telespectadora e da profissional que acompanha a TV há muitos anos e que se revelou completamente apaixonada pelo veículo. Generosa e muito carinhosa, Leda dividiu suas histórias comigo e, em breve, nós, do Salto, vamos compartilhá-las com o nosso público.
Ali, enquanto a ouvia e me preocupava com o enquadramento do cinegrafista, com a pegunta que faria depois, achei graça. Achei graça das histórias e dessa vida imprevisível que nos leva a lugares que sequer poderíamos imaginar conhecer. Vida louca, breve, que me tirou do sofá da casa da minha infância e me colocou ao lado de alguém que, ano após ano, se firmou como uma referência profissional.
É sintomático que, em 10 anos de carreira, eu tenha acumulado 10 anos de experiência na TV. Atrás e diante das câmeras. E tenho muito prazer em desempenhar cada uma das funções que me cabem nesse veículo tão fascinante. Da pauta às gravações; da edição dos vídeos à hora de apresentá-los, ao vivo, no programa. É porque na TV, tô em casa. E taí algo que descobri ter em comum com a coleguinha Leda Nagle.
Com certeza...

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