quinta-feira, 8 de abril de 2010

SBT põe no ar um mico: Ratinho entrevistando Guilherme de Pádua

Ao contrário do que dizia a tarja colocada no ar pela produção do Programa do Ratinho, Guilherme de Pádua não contou nada...
Antes de mais nada, preciso dizer que não vejo problemas na entrevista. Não seria a primeira e nem a última vez em que um condenado por um crime bárbaro seria entrevistado por uma grande emissora de televisão. E Ratinho lembrou disso, ao citar entrevistas dos canais concorrentes com o Maníaco do Parque, por exemplo. Guilherme de Pádua, julgado, condenado e livre depois de cumprir a pena que lhe foi imposta, portanto, seria apenas mais um.
Questionar a duração do tempo que ele e sua ex-mulher passaram na cadeia é outra coisa...
Mas o que se viu foi um mico. Gigante! Quase um King-Kong! E para os dois! Para Ratinho, o mico se explica porque ele não parecia preparado para entrevistar Guilherme. Habilidoso, o ex-ator disse apenas o que quis. E foram poucos os instantes em que parecia que apresentador e entrevistado estavam falando sobre o mesmo tema, tal o descompasso entre o que Ratinho indagava e o convidado respondia.
Para Guilherme - que justificou a falta de novidades em seu discurso com o medo de ser processado - a entrevista também foi um grande mico. Se ele se diz feliz, se está satisfeito com a vida que leva, se já cumpriu sua pena e, acima de tudo, se sentia medo de contar a "sua versão do crime", que diabos foi fazer na televisão? Mordido pela mosca da vaidade, se expôs de uma forma desnecessária. E ainda ouviu do apresentador, irritado com a modorrenta "entrevista": "Se eu fosse a Glória (Perez), também não perdoava você!".
Um capítulo deprimente na história da televisão brasileira...
Sei não...mas tem pinta de forte concorrente ao Mico do Ano, hein?

PS.: Antes que alguém me critique por "ver" o Ratinho, explico: vi a entrevista online, no YouTube, horas depois de ter sido exibida. E acredito que os profissionais de televisão devem, sim, tomar conhecimento do que se está fazendo por aí. Daí a gostar do que se assiste em ocasiões como essa, são outros quinhentos...

PS2.: Ao contrário do que costumo fazer, optei por não publicar os links para a entrevista. E apenas por um motivo: é ruim demais!

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