terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Viver a Vida segundo o B@belturbo 2...

Não vejo a novela das oito há tempos. Mas não é de hoje que estou interessado em colaborar com Manoel Carlos escrevendo um pedacinho que seja da saga de Helena. E como o estilo do autor muito me instiga, eu busco adotá-lo em mais essa modesta sugestão de capítulo para Viver a Vida. Notem que, dado o andamento da história, o ritmo já está frenético...



Externa. Búzios. Giovanna Antonelli conversa com sua filha. E a garota, com inequívoca vocação para a cafetinagem, sugere que a mãe dê em cima (debaixo e do lado) do tal argentino que era do elenco de apoio e foi promovido. (ÕBS.: Desculpe, produção, mas não guardei o nome do personagem). Corta. Clipe com imagens de Búzios. Toca Shimbalauê, de Maria Gadú. (OBS2.: MAS TEM QUE SER O REFRÃO, POIS TODA POESIA DA MÚSICA ESTÁ NESSES VERSOS!!!). Helena caminha à beira-mar. Cabelos esvoaçantes. Ela acaricia o ventre lembrando do bebê que foi despejado dali pela natureza. Close up. Uma lágrima furtiva escorre por sua face. Zé Mayer se aproxima, seca a lágrima e diz, também em close up, que a ama. Beijo apaixonado.



Roda vinheta.



Interna. Casa de Lília Cabral. Na cozinha, as criadas reclamam que o clima na casa está pesado. Gritos invadem o cômodo e todas correm para ver o que há. Chegam à sala e se deparam com Lília tirando o cinto e ameaçando a filha-malvada. Corta. Interna. Hospital. A médica japa se queixa com uma figurante qualquer que perdeu o doutor-bom-moço pra filha-malvada de Lília Cabral. Maria Luísa Mendonça chega de repente e sugere que basta comer um enfermeiro qualquer pra esquecer do doutor-almofadinha. Corta. Interna. Casa de Lília Cabral. Assustadas, as empregadas seguram a patroa para conter seu ímpeto violento. Close up em Lília com ódio no olhar. (OBS.: Atenção, direção: pode ser aquele mesmo olhar de ódio que ela fazia em Páginas da Vida. Vai ficar ótimo!). Corta. Externa / noturna. Leblon. Thiago Lacerda e o marido de Fernanda Lima correm na orla. Passa uma figurante gostosona e os dois olham pra retaguarda da moça e, em seguida, caem na gargalhada. Mas seguem correndo. Corta. De longe, sentada num quiosque, Bárbara Winehouse Paz enche um coco de vodka e finge viver uma fase natureba.



Intervalo.


Interna. Casa de Lília Cabral. As empregadas dão tudo de si para conter a patroa, mas Lília solta o pitbull que mora dentro dela e distribuiu fartas doses de cinturadas em todas: na filha malvada e nas duas criadas. Bate com força, tirando sangue. Até o cinto rasgar. Quando o cinto rasga, ela chuta as três, já desfalecidas sobre o carpete da sala. Bate até cansar. Depois, aflita, tem uma crise de nervos e cai aos prantos. (OBS.: Atenção, direção: ela pode chorar com a mesma cara que chorava depois de apanhar do marido em A Favorita. Vai ficar ótimo!). Vamos sonorizar a choradeira com a música da Nana Caymmi? Acho que Shimbalauê não cai bem aqui...



Intervalo.



Helena e Zé Mayer chegam em casa. Alinne Moraes está deitada. Enquanto Helena e Zé Mayer tentam dormir, Alinne grita o tempo todo, pedindo coisas mil. (Atenção, direção: vamos dar um toque em Alinne pra que ela controle sua bocarra nessas cenas. É grande demais e fica parecendo que ela vai engolir o telespectador a qualquer momento). Helena vai até o quarto de Alinne Moraes e, com lágrimas nos olhos, aplica uma injeção de Lexotan na mala da enteada. Alinne tenta gritar, mas Helena a sufoca com um travesseiro. Corta. Externa/noturna. Leblon. Uma ambulância retira Bárbara Winehouse Paz da mesa do quiosque. Ela parece bêbada. Dentro da ambulância, seduz o enfermeiro e ele concorda em substituir o soro por uma garrafinha de vodka na veia. (OBS.: Bárbara, sei que pode ficar repetitivo, querida, mas será bacana que você apareça sempre bêbada. Talvez, assim, o povo creia que você também não estava sóbria quando ficou com o Supla na Casa dos Artistas, ok?). Corta. Casa de Helena. Toca a campainha. Zé Mayer abre a porta e vê Lília Cabral. Ela tem ódio no olhar. Empurra o galã-senil e vai até o quarto de Alinne Moraes. Arromba a porta com um chute e vê Helena aplicando a injeção em Alinne. Lília tira o cinto e, quando se aproxima de Helena, é surpreendida quando a mocinha saca de dentro da cabeleira um facão.



Depoimento de alguém "bem sofrido" encerra o capítulo.


Que tal???

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