domingo, 6 de dezembro de 2009

Eu, hexa!!!

Sou Flamengo porque meu pai era. Nem lembro ao certo em que momento da minha vida direcionei minha torcida para os lados da Gávea, mas foi esse o rumo que tomei. E lembro que há 17 anos, eu tinha 12. Era criança ainda e, embora já rubro-negro, não sentia o coração palpitar ao ver os jogos do meu time...
Hoje, aos 29, continuo sendo um flamenguista distante do estereótipo do torcedor fanático: não vivo em estádios, não sou capaz de dizer os nomes de todos os jogadores do time e sei reconhecer quando a derrota - mesmo sofrida - parece merecida. Alguns amigos já me acusaram de torcer apenas quando o time está ganhando. Mas não é isso: torço quando reconheço no time garra e vontade de vencer. E de honrar com as vitórias a maior torcida do mundo. E, convenhamos, garra e vontade são características cada vez mais raras dentro das quatro linhas...
Mas nesse Brasileirão, sobretudo no segundo turno, eu vi garra e vontade nesse time. Vi força, vi alegria e vi disposição de brigar pelas vitórias. E pelo título. Um time afim de pôr um fim no jejum de quase duas décadas longe do mais importante título do país do futebol. Um time que se uniu, que superou condições pra lá de adversas e, rodada após rodada, soube se valer da força que a torcida emanava, não só na nossa casa, o Maracanã, mas nos quatro cantos do país...
Ver a força de Adriano, Petkovic, Léo Moura, Bruno & cia despertou o coração rubro-negro que bate no meu peito. Vi os jogos do time e não foram raras as vezes em que me percebi arrepiado diante da televisão ao testemunhar mais um belo passe, um drible ou um gol - e nem precisava ser um dos olímpicos do Pet. Arrepiado ao ver as defesas magistrais do Bruno - e que seriedade que esse cara tem! - e os gols do Adriano, Imperador e artilheiro do Brasileirão.
Hoje, fiquei 90 minutos em transe. Vi o jogo com um nó na garganta, impressionado com o espetáculo que a torcida deu - em retribuição ao time que demonstrou, rodada após rodada, o desejo de dar grandes espetáculos. Torci, vibrei, sequei o Grêmio - que não entregou nada, felizmente! - e terminei com um sorriso na cara. E a certeza de que mesmo sem lembrar de quando descobri que nasci com um coração rubro-negro, o que importa é que uma vez Flamengo, sempre Flamengo!

E viva o Hexa!!!!!!!!!!!

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