quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Pra uma querida...

Com os olhos molhados por toda aquela dor, ela falava do fim. Do fim dos sonhos, do fim da rotina, do fim dos planos e das brigas. Dizia sobre aquele ponto final com o pesar de quem apostara, desde o primeiro instante, que seria para sempre; sem se dar conta de que, como disse o poeta, mesmo o pra sempre sempre acaba...
Ele ouviu tudo com tristeza. Tristeza por ver sofrendo uma pessoa tão especial, tão carinhosa e tão empenhada em fazer sempre o justo. Tristeza por saber bem como são difíceis e doloridas as separações. E, por fim, tristeza por ver lágrimas nos olhos de alguém por quem tinha tanto carinho.
Na falta do que dizer ou fazer, beijou-a carinhosamente na cabeça. Naquele beijo, de um jeito dele, disse que estaria ao lado dela. Que ela não precisaria se sentir só e que, sempre que fosse preciso, estaria perto só pra ouvir um desabafo. E, claro, torcendo sempre pra que a pior parte passasse logo...
Afinal, é para isso que servem os amigos, não é?

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