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domingo, 21 de outubro de 2007

Guerra pela informação nas noites de domingo

Revistas eletrônicas semanais da Globo e da Record utilizam a mesma fórmula, falam para o mesmo público e, muitas vezes, levam ao ar pautas idênticas...

Muito se tem falado sobre o fato de a Rede Record copiar a grade de programação da Rede Globo. Acho que ninguém, em sã consciência, pode negar que o modelo da Vênus Platinada foi parar na tela da TV do Bispo Macedo. E isso não é demérito algum: Sílvio Santos sempre colocou na tela do SBT cópias deslavadas dos programas estrangeiros (o maior exemplo, talvez, seja a Casa dos Artistas, que chegou a furar o orginal Big Brother). Sem falar em outro mestre da televisão, Chacrinha, que já dizia que "na TV nada se cria, tudo se copia".
No domingo da Record, há uma versão do Fantástico global. E ela vai ao ar antes. E, vez por outra, com pautas muito parecidas com as da "atração inspiradora". Ontem, o Fantástico tinha uma matéria sobre a operação policial na Favela da Coréia, na Zona Oeste do Rio. E seu clone, o Domingo Espetacular, também.
Na Globo, a matéria abriu o jornalístico comandado por Pedro Bial e Glória Maria. Na Record, Lorena Calábria, Janine Borba e Paulo Henrique Amorim encerraram o programa mostrando uma reportagem sobre o mesmo assunto. E foi o próprio Paulo Henrique o responsável pelo trabalho. Escolado, o jornalista veio ao Rio, entrevistou a mãe da criança morta durante o confronto entre os policiais e os traficantes e o secretário de segurança do estado. O resultado? Uma matéria forte, humana e que demonstrou o que todo o cidadão carioca já deve estar farto de saber: no ponto em que estamos, é quase utópico pensar numa solução para a questão da segurança pública sem pensar, também, em derramamento de sangue. Cabe, apenas, pressionar para que o sangue de inocentes não seja derramado.
Gol da Record e de seu Fantástico clonado!

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Que jeito?

Ontem, os telejornais exibiram imagens que mais pareciam saídas de um daqueles filmes policiais. Bandidos num morro, helicóptero policial no encalço deles e...tome bala! As cenas foram realmente fortes e mostraram o exato momento em que os dois criminosos foram mortos pela polícia. O texto da reportagem que assisti não deixou nem margem para dúvidas: "os dois foram mortos".
Hoje, ouvi gente reclamando da ação policial na Favela da Coréia. Gente dizendo que aquela foi uma execução sumária exibida em rede nacional. Gente criticando as operações coordenadas pela Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro.
Que as cenas eram fortes e violentas, ninguém discute. Que elas não fazem parte do mundo ideal de todos nós, idem. Agora, sempre que ouço essas críticas, fico me perguntando se essas mesmas vozes iriam se levantar caso os tais bandidos tivessem acertado e derrubado o helicóptero da polícia. Fico me perguntando se haveria essa mesma reação caso os corpos metralhados no morro fossem de policiais.
É óbvio que as operações são violentas, que oferecem riscos (altíssimos) aos moradores das comunidades dominadas pelo tráfico de drogas. E, repito, é óbvio que elas não fazem parte do mundo ideal de nenhum de nós. Mas, quando vejo críticas, não vejo sugestões. Não vejo alternativas - e deixo claro aqui que adoraria ter uma opção; uma crença qualquer que fosse de que as coisas poderiam ser resolvidas de outro modo, sem violência, sem riscos para os inocentes.
Mas eu não tenho essa alternativa. E ninguém parece ter...
E aí fica um discurso vazio que acaba, muitas vezes, servindo apenas para defender bandido...