quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Uma pergunta por diagnóstico...

Seis horas dentro de um hospital. Espera, preenche ficha, espera mais. Dor. Colhe sangue. Espera. Entrega pedido do ultrassom. Dor. Espera. Toma um café, come algo, vai ao banheiro. Espera. Dor. Chega a hora do exame. Gel gelado no pescoço, apreensão.
Um, dois, três...oito gânglios! Oito! De tamanhos diferentes. Susto. Que história é essa de carregar um cacho de uvas dentro do meu pescoço, caramba?
Volto ao consultório da médica e faço todas as perguntas cabíveis. Mas, apesar dos exames, ela não tem respostas. Diz que pode ser isso ou aquilo. Prescreve um remédio e me pede para observar um eventual agravamento dos sintomas. Ou seja: saio do hospital sabendo das consequências, mas sem saber o que causou a alteração no meu quadro clínico.
Eu não consigo entender isso. Com tantos exames, com tanta tecnologia, esse tipo de atendimento médico-hospitalar parece cada vez menos preciso. Saí do hospital com uma receita e uma dúvida. Devo encarar isso com naturalidade?
Não falo de um hospital público. Tenho plano de saúde. Sou, portanto, um privilegiado. E fico muito triste por me sentir assim por usufruir de um serviço tão mediocremente prestado.
Duvido que ninguém tenha uma história parecida pra contar...


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