domingo, 23 de setembro de 2007

Uma tarde na Bienal

Passei a tarde de ontem na Bienal. Bom papo com amigos, boas risadas, boas oportunidades de compra (comprei toda a coleção Terra Brasilis, do Eduardo Bueno, com 25% de desconto) e um debate interessante sobre o universo feminino e suas relações com a história no Café Literário. Fernanda Young, Mary Del Priore e o próprio Bueno eram alguns dos debatedores. O espaço, aliás, estava lotado! Tinha até gente de pé pra acompanhar a deliciosa conversa entre os escritores...
Programão!
Quase na hora de deixar o Riocentro, uma imensa fila de crianças, sentadas no chão ao lado de seus pais, tomava boa parte de um dos corredores do Pavilhão Verde. Era muita gente. Com dificuldade, venci o tumulto e entendi a razão de toda aquela aglomeração: Ziraldo estava autografando um de seus livros.
Fiquei feliz por ver o reconhecimento ao trabalho do autor e comentei que Ziraldo é uma espécie de popstar da literatura nacional. "É bacana ver um talento ser reconhecido dessa forma", eu dizia, quando ouvi duas moças conversando atrás de mim: "Quem é que tá autografando?", uma disse. "É o Ziraldo", respondeu a outra. E a primeira retrucou: "Deus me livre! Enfrentar uma fila dessas pra ver esse hômi!".
Pouco depois, encontrei um amigo que me relatou seu espanto ao ver o cerco que se fez ao carrinho que, momentos antes, transportava Karina Bacchi e Ticiane Pinheiro. "Era uma multidão correndo atrás delas, Murilo", dizia meu amigo. Depois, ao ouvir a história da conversa das moças nas redondezas da fila de autógrafos do Ziraldo, meu amigo disparou: "Um país tem os ídolos que merece!".
Dá pra não concordar?

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