quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Movimento sem fim...

Das estradas que já percorrera, aquela tinha sido a mais difícil. A mais tortuosa, a que dispunha do maior número de obstáculos, a que exigira mais esforço e determinação. Dura é toda estrada que se percorre sem saber o porquê. Dura é a caminhada em que, perdidos, tentamos descobrir para onde, como e porque ir. Duro é saber que a única alternativa é vencer e não dispor da mais vaga ideia sobre como cumprir essa meta.
Diante de uma trilha cheia de adversidades, nunca se sabe ao certo quão extensa ela será. Assim tinha dado o primeiro passo. E poucos pés antes do último, ainda se questionava sobre a finitude da percurso. E as dúvidas se fizeram presentes nos dias seguintes. E nos que se seguiram aos dias seguintes...
Até que um dia, também sem saber como e porque, sentiu que a jornada estava encerrada. Sentiu-se livre das amarras impostas pelas lembranças, pelas dores e pela saudade. E percebeu que os pés já estavam prontos para trilhar caminhos outros. Novos. Quem sabe, mais leves.
E caminhou!

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