sábado, 4 de setembro de 2010

O bêbado mala, o motel de subúrbio e eu, o global...

Ontem, eu e alguns amigos fomos a uma festa. Na porta do clube, batíamos aquele papo descontraído quando um sujeito se aproximou me dando um tapa no braço. Olhei, meio espantado, e avistei um homem de meia idade, camisa aberta e rosto transfigurado pelo álcool. Sim, amigos: era o típico bêbado inconveniente...
Não dei muita bola e não demorou até que ele escolhesse uma nova vítima entre as meninas que nos acompanhavam. E desapregou a dizer um monte de barbaridades que, só numa mente muito alcoolizada, poderiam parecer elogios:
- Que mulher gostosa! Ô, ô, gostosa! Isso é que é mulher!!!
Constrangida, a jovem fingia não ouvir os absurdos que o cara berrava. E aí ele chegou ao auge da falta de noção:
- Isso é mulher digna, daquelas que a gente tem que levar pra um motel...de subúrbio!!!
Juro que não entendi nada! Alguém realmente pode achar que esse tipo de cantada pode se revelar eficaz?
Depois o sujeito se voltou novamente pra mim. Gritou que era professor de Geografia e, de repente, apontou o dedo na minha direção e disse:
- Sou teu fã! Você é muito inteligente!
Fiquei tenso. Professor e "meu fã"...ele poderia realmente ser telespectador do Salto. Mas ele completou, virando-se para a multidão:
- Gente! Gente! Ele (eu) é artista! É global! É um globaaaaaaaaaal!!! E eu vou entrar na frente dele!
Pois é, amigos! A noite começou assim: com um beberrão pra lá de grogue querendo levar minha amiga pra um motel pé de chinelo e com fetiche em furar a fila de um global...que era eu!!!

PS.: Ele foi barrado pela segurança. E a noite foi ótima...

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