quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Da inveja...

Na mais escura das profundezas, no mais escondido dos cantos da mente, há o menor dos sentimentos humanos: a inveja! Perigosa e traiçoeira, é armadilha ajeitada pra sempre pegar o próprio caçador. Pequena e limitadora, agiganta-se dentro do peito do invejoso e, pouco a pouco, passa a dominá-lo, a amesquinhá-lo, a reduzí-lo e limitá-lo. Até que ele, quando percebe, já é um escravo desse sentimento tão torpe.
Há quem confunda inveja com ambição. Engano tolo, primário. A ambição é o que nos move, é o que nos impulsiona em direção à realização de nossos sonhos. Inveja tem quem não consegue definir as próprias ambições ou não consegue atingí-las, e, com isso, passa a desejar - e a se frustrar - com as conquistas alheias.
Inveja tem quem é menor que os próprios sonhos. Quem é infeliz com o cenário que a vida lhe oferece. Quem se lamenta mais do que se dispõe a produzir. Quem passa mais tempo sofrendo que buscando a cura para as próprias angústias. Quem se apega a verdades absolutas que nada mais fazem que aprisionar num mundo idealizado. Quem se acomoda com o que acha estar bom - ignorante de que o bom de hoje pode ser o ruim de amanhã.
Inveja tem quem não tem humildade o bastante para reconhecer as próprias dificuldades e, com isso, enfrentá-las. Inveja tem quem não cria. E sofre por tentar e, ainda assim, não conseguir copiar.
Que Deus proteja os invejosos. E que os liberte desse sentimento. Do contrário, jamais serão felizes...

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