terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Ball


Foi no meio do bloco que suas mãos se tocaram pela primeira vez. Pela primeira vez de um jeito especial, mais intenso. Um toque diferente de todos os outros, rápidos, que já haviam ensaiado. Ali, em meio à multidão de foliões e enquanto seus dedos se entrelaçavam, não trocaram uma única palavra, mas os sorrisos mútuos tinham muito a dizer.
"Eu estou aqui, com você. E estou feliz por isso".
"Nem no mais animado dos blocos, cantando o mais caloroso dos sambas, eu me sentiria tão feliz quanto agora, por segurar tua mão".
As marchinhas de outros carnavais eram cantadas por aquelas milhares de pessoas ao seu redor, mas, apesar do coro gigante, conseguiam ouvir as respirações um do outro; sentir as batidas de seus corações - mais ritmados que os surdos, tamborins e tantãs que davam o tom na algazarra carnavalesca. Batidas que se davam na mesma cadência, alimentadas pela vontade de que aquele samba a dois desse certo.
De cara, sabiam que a entrada na avenida tinha sido arrebatadora...

Um comentário:

  1. "Passa logo o cerol"???rs...
    Se eu não soubesse que você é uma mocinha pura e romântica, ia até pensar que mudou pro "bonde das cachorras"...rs! Linda frase, Lu! Vai virar post!
    Bjão e volte sempre, viu?

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